Uma Guerreira de Valáquia

Capítulo 3

    Já se passaram 5 dias que estou presa nesse quarto, todos os dias sãos iguais, a mesma rotina chata e entediante de sempre. Sinto falta de caçar algum animal, de perseguir idiotas que merecem morrer, sinto falta da minha ama.

    O bom é que durante esses dias pude pensar cada vez mais na minha vingança e também acabei criando uma amizade com a  criada que sempre vem trazer as coisas para min, não costumo ter muitos amigos mais resolvi da uma chance a criada já que ela parece não ser tão inútil assim, o nome dela é Arabella e tem 20 anos.

___As costureiras não virão hoje? Pergunto a Arabella enquanto praticava alguns socos na parede.

___Não, elas já terminarão seu vestido, disse Arabella dobrando alguns lençóis.

___Que pena, estava quase convencendo uma delas a trazer uma adaga pra mim, disso.

___Ela nunca conseguiria, tudo que entra e sair desse quarto é revistado pelos guardas, o Lorde Edgard presa bastante pela sua segurança, disse Arabella sarcasticamente.

___Sim e claro minha segurança, digo.

___Logo mais sua futura sogra e sua futura cunhada virão buscá-la para o banho cerimonial da noiva, disse Arabella.

___Sério isso? Pergunto.

___Sim, aqui na Valáquia do norte ainda cultivamos essa tradição, disse Arabella.

___Espero que elas não venham com aqueles papos chatos sobre consuma o casamento, a ama já me disse tudo que preciso saber, digo.

___Provavelmente falarão disso, como sua mãe não está mais viva cabe a sua sogra te ensinar , disse Arabella terminando seu trabalho e se despedindo com um aceno de mãos.

     Caminhei até onde ficam as frutas e comi uma maçã, sinceramente já estou cansada de frutas, eu presido de carne, assim que eu puder vou ir pra floresta e caçar um coelho pra comer.

   Depois de algumas horas a porta do quarto foi totalmente aberta e de lá entraram duas pessoas, uma mulher mais velha e outra em sua juventude.

___Olá minha querida, viemos buscá-la, disse a mulher mais velha.

___Esperamos não ter atrapalhado, disse a mais jovem.

___Atrapalha o que? Eu estou trancada aqui a dias, o que eu estaria fazendo de importante, digo.

____Sou Celestia sua futura sogra e Lady da Valáquia do norte e está é minha filha Daria, disse a mulher mais velha.

___Prazer em conhece, disse a mais jovem me olhando com desde.

___Asha Drogoviste, digo meu nome.

___Sabemos quem você é, diz Daria.

___Vamos, disse a Lady Celestia já saindo do quarto acompanhada de sua filha.

  As segui até a área de banho das mulheres do castelo, os soldados que guardavam minha porta foram logo atrás, a cada lugar que passamos eu procurei observa bem para decora-los, onde tem mais guardas, onde seria um bom esconderijo, onde provavelmente teria alguma passagem secreta.

    Ao chegarmos a enorme banheira já estava cheia de leite e pétalas de rosas, começamos a tirar nossas roupas para entra, o leite estava morno, na temperatura certa, assim que sentei no fundo uma criada veio solta meus cabelos.

___Sua semelhança com sua mãe é impressionante, disse a Lady Celestia.

___Conheceu a minha mãe? Pergunto curiosa.

___Sim, a muito anos atrás quando fomos visitar a Valáquia do oeste, disse a Lady Celestia.

___Não a conheci mais minha ama me contava histórias sobre ela, digo.

___Ela era tão bela e delicada, cantava como os pássaros, com uma enorme formosura, disse a Lady Celestia.

     Mergulhei para que o leite percorresse todo meu corpo e cabelos, normalmente eu não curtia muito fica fazendo esses tratamentos de beleza, perde horas e horas na banheira. Assim que eu voltei a me senta na banheira o silêncio tomou conta do lugar e eu preferia assim. Depois de um tempo Daria começou uma conversa chata sobre borda e logo depois a Lady Celestia veio com o assunto de consumação do casamento, eu sempre respondia com respostas vagas e sempre que podia ficava em silêncio, conversa com as duas era esquisito, como se tomar banho com elas já não fosse né.

    Por fim aquela pequena tortura acabou, já era noite quando fui levada de volta para minha prisão que muitos chamam de quarto. Deitei na minha cama e fiquei pensando no que fazer em relação a tudo isso que está acontecendo, quando fui surpreendida por Arabella entrando com uma enorme bandeja com uma ave assada em cima.

___Estou sonhando ou isso é uma ave, digo sorrindo.

___Sua janta hoje será galinha azada, disse Arabella colocando a bandeja perto de min.

___Parece uma delícia, digo lambendo os lábios.

___Os cozinheiros do castelo capricharam, disse Arabella sorrindo.

___Já jantou? Perguntei.

___Ainda não, só depois do trabalho, disse Arabella.

___Pois sente aqui comigo e coma, digo.

___Sou só uma criada Asha, não posso fazer isso, disse Arabella.

___Deixe de formalidade e venha comer, digo a puxando para sentar ao meu lado.

   Arabella e eu comemos a galinha quase toda e depois bebemos um pouco de vinho, Arabella não queria mais claro que eu insisti. Depois de jantar ficamos conversando, foi quando uma ideia veio a minha mente.

___Me diga Arabella o que os homens mais prezam? Perguntei com uma pontada da chama da maldade dentro de mim.

___Eu acho que poder, disse Arabella.

___É com isso eles ganham o que? Pergunto fascinada com minha ideia.

___Honra, respeito, orgulho, não sei disser, mais por que essas perguntas agora? Pergunta Arabella curiosa.

___Agora você falou a palavra que eu queria ouvir, orgulho, digo.

___Você vai ter que explicar Asha por que eu não estou te entendendo, disse Arabella.

___Um homem de orgulho ferido facilmente e manipulado, ou seja, se tornar um peão no jogo, digo.

___Você vai ter que ser mais clara Asha por que ainda não entendi, disse Arabella.

___Deixe para lá, para seu bem é melhor que não entenda, digo.

___Está bem, disse Arabella se levantando e indo em bora.

Quando já estava sozinha pude comemorar minha grande estratégia.

___Querido Lorde Edgard o senhor me deu a faca e o queijo para derrotá-lo, só não sabe ainda, digo gargalhando alto.

___Cruzes, rindo desse jeito pareço uma bruxa das histórias que a ama contava para min, digo.