Naquela noite eu não quis jantar preferi continuar procurando uma maneira de abrir aquela passagem secreta, continuei lendo os livros até que finalmente notei um padrão, estava bem na minha cara eu só precisava notar. O padrão era o brasão dos Lanwford, ou seja o brasão da família que agora faço parte, posso estar enganada, mas faz sentido, está no final de todos os livros e em todo o castelo. Olho em volta e começo a procurar o brasão, foi quando notei um quadro, avia um garotinho em pé do lado de uma espada que tinha o brasão, olhei mas ao redor do quadro e foi aí que notei que a moldura do quadro também tinha o brasão, era bem discreto mais tinha. Primeiro eu analisei bem, pensei que era de empurrar mas eu tentei e nada aconteceu, então resolvi puxar, o brasão veio para frente, quando eu ia empurrar de volta a porta do quarto foi aberta, rapidamente tirei a mão e disfarcei fingindo só olhar.
___Que susto você me deu mulher, por que está aí parada? Pergunta Elliot entrando no quarto.
___Não tenho culpa, só estava olhando para o quadro, digo enquanto caminho até onde os livros estavam.
____Sou eu do lado da espada da minha família, disse Elliot.
___Interessante, digo.
___Apague as velas pois quero dormir, diz Elliot tirando a roupa e se deitando.
___Apague você, digo.
___ Tudo com você é difícil, que mulherzinha mais chata eu fui arrumar, não mostra nem um pouco de respeito por seu marido, já estou farto disso, já estou furioso não me provoque mais se não posso perde a cabeça, diz Elliot com a voz mais grossa do que de costume.
___Se quiser acorda inteiro outra vez é melhor não fala assim comigo de novo e sabe porque não tenho respeito por você? Por que respeito não se compra, se ganha e até agora você não fez por merecer, digo.
___Você se acha especial né Asha, só por que tem linhagem nobre, mas caso você não saiba você é apenas uma simples mulher, uma escória, sem um marido ou herdeiro você não é nada, diz Elliot alto e parecendo bastante furioso.
___Eu não me acho especial, tão pouco vou me abalar com suas palavras. Você acredita mesmo que isso vai me derrubar? Sabe quantas vezes fui humilhada e escutei essas mesmas palavras? Várias e várias vezes, já me acostumei, digo calmamente.
___Minha intenção não é te derrubar e simplesmente te lembra o que você é, um objeto descartável, diz Elliot ainda mais furioso.
___Terei um grande prazer em acabar com você, digo calmamente.
Elliot ainda estava enfurecido e enchendo o saco falando alto, tudo tem limites e eu já estava perdendo a paciência, arrumei os livros que eu estava lendo e apaguei algumas velas que estavam acesas deixando apenas as que estavam perto da cama, foi quando avistei a adaga de Elliot no chão, apeguei e atirei em sua direção, a adaga ficou a poucos centímetros de sua cabeça.
___Se não calar a boca a próximo será na sua cabeça, digo o mais alto que pude.
____Está tudo bem aí dentro? Pergunta o guarda do lado de fora.
___Sim, diz Elliot olhando para min.
Terminei de apagar as velas e deitei na cama, assim que puxei as cobertas Elliot se jogou para cima de mim, ele prendeu minhas mãos para cima, tentei me solta mas ele era mais forte, minhas tentativas de chutar ou gira e fica por cima dele foram em vão, seu corpo era mais pesado.
___Sai de cima de mim agora, digo.
___Agora quem está no controle sou eu, você gosta de ameaças, então aqui vai uma, fique esperta Asha, não é só você que tem truques, diz Elliot.
___Já entendi, agora sai de cima de mim, você está pelado, digo brava.
___Vai se acostumando querida, diz Elliot na ironia.
___Se você não quiser perde seu amiguinho aí é melhor sair de cima, digo tentando me debate.
___Cuidado com o que fala, você não está em posição de fazer ameaças, na verdade está em posição de outra coisa, diz Elliot sorrindo enquanto aproxima de meus lábios me beijando.
Após o breve beijo Elliot sai de cima de mim, viro para um lado e ele para o outro e assim acabamos dormindo. Durante a madrugada acordei, ainda estava tudo escuro, passei a mão pela mesinha ao meu lado onde tinha uma vela, caminhei até a lareira que ainda estava acesa para esquentar o quarto, pois as noite aqui no norte são frias, acendi a vela e fui até Elliot para ter certeza de que estava dormindo, fiquei olhando por um tempo para vê se ele se movia ou algo assim, mas nada aconteceu, então caminhei até o quadro e empurrei o brasão, o formato de porta na parede foi entrando para dentro silenciosamente, quando terminou de abrir eu e minha vela entramos, tinha um brasão do lado de dentro também, quando eu apertei fechou a passagem.
Fui iluminando o caminho com minha vela pois estava tudo escuro e lá dentro parecia ser apenas túneis, continuei andando até chega em uma bifurcação, um para frente e outro para esquerda, parei para decidir para qual direção segui. Depois de um tempo resolvi segui pelo caminho da esquerda, continuei pelo corredor até que encontrei uma trifurcação.
___Vou precisar mapear este lugar, pelo visto tem muitos túneis e divisões, facilmente alguém se perderia aqui, quando amanhecer eu volto mais preparada, falo.
Voltei pelo mesmo caminho que vim e abrir a passagem secreta pelo lado de dentro, olhei pelo quarto e Elliot ainda estava dormindo, fechei a passagem e fui até a janela, estava quase amanhecendo, então voltei para cama e tentei dormir um pouco, mas infelizmente eu estava muito agitada com minha descoberta que não conseguia dormir.
____Agora tenho que descobri como sair escondida do castelo pelas passagens, digo baixo para que Elliot não acorde.
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Uma Guerreira de Valáquia
FantasyLivro 1 Em Valáquia nós tempos medievais as mulheres não tinham valor e nem voz, era um mundo dominado por homens. Asha uma mulher odiada pelo pai que foi forçada a se casar com um desconhecido. Uma assassina manipuladora e inteligente que se...