Uma Guerreira de Valáquia

Capítulo 12

Alguns dias depois......

    Para você que pensa que alguma coisa mudou nesses dias está bastante enganado, tudo continua igual, Elliot e eu continuamos brigando e nos ameaçando, o castelo continua chato e entediante. E para piorar ainda não descobri nada sobre Arabella, estou sempre vigiando ela e nada acontece, nenhuma pista do que está acontecendo.
     Como sempre acordei cedo naquela manhã para tomar o dejejum, como de costume Elliot já avia acordado e saído do quarto, escolhi um vestido para usar e prendi meus cabelos, quando eu estava quase saindo do quarto percebo um colar em cima da cama, me aproximo e pego ele, é um colar de diamantes vermelho como meu cabelo, com todo o cuidado que eu não tenho abro o fecho e coloco o belo colar em meu pescoço.

___Bom dia minha querida Asha, diz a Lady Celestia toda animada quando me vê entrando no grande salão.

___Bom dia para todos, digo.

___Mais que belo colar cunhada, qual dos seus amantes que te deu? Pergunta Daria venenosa como sempre.

___Cale a boca Daria ou eu calarei para você, disse o Lorde Gregory com a voz sonolenta.

___Belo colar, diz Elliot sem tirar os olhos do prato de comida a sua frente.

___Obrigada, também achei encantador, falo e logo me preparo para o próximo surto de ciúmes que viria logo a seguir.

___Achei que combinaria com você, diz Elliot e logo depois devora um enorme pedaço de pão.

___Então foi você que me deu? Perguntou surpresa.

___Sim, esperava ser de quem? Pergunta Elliot olhando para min com um olhar brincalhão.

        Com toda certeza ele está armando alguma coisa. Preferi não responder à pergunta e atacar toda aquela comida, durante o dejejum todo Daria não falou nenhuma palavra sequer, mas em compensação ela me olhava mortalmente, chegava a dar agonia, se aquela garota tivesse poderes de bruxaria eu já estaria morta. Após o dejejum fui para o quarto, pelas minhas contas já deu tempo suficiente para meu mensageiro ir e volta da valáquia do Oeste, hoje à noite irei visitá-lo, mais para isso vou precisar me preparar.

      Depois do almoço entrei por uma passagem secreta e fui até a sala onde guardam todas as moedas, peguei só o que avia prometido ao mensageiro, deixei guardado junto com a capa na sala secreta, para adiantar deixei minha espada lá, dessa vez vou armada caso o homem não cumpra com a parte dele e seja uma armadilha. Se tudo der certo em alguns dias minha vingança terá iniciado. E será o início de muitas outras mortes, farei isso pela minha ama.
    Ao cair da madrugada levanto sorrateiramente da cama, confirmo se Elliot está dormindo e vou até seu armário, faço como da última vez, sem esquecer de prende meus cabelos para que não corra nenhum risco de aparecer, vou até sala secreta e visto a capa, tomo os devidos cuidados de esconde bem meu rosto, com o saco de moedas em mãos e minha espada presa a cintura, vou ao encontro do mensageiro. Ao sair pela escura passagem caminho até onde eu tinha encontrado o homem, a rua estava desértica, encontrei a carroça parada em frente a uma casa e resolvi bater na porta na esperança de ser a casa do homem, após alguns toques na porta ela foi aberta e de lá saiu  o mensageiro e uma mulher.

___Volte a dormir querida, cuidarei disso, diz o homem saindo e fechando a porta atrás de si.

___Vejo que já voltou, espero que esteja com minha resposta, digo com a voz o mais grossa possível.

___Mostre-me suas mãos Senhor, diz o mensageiro olhando para min desconfiado.

___Esperto, digo mostrando o anel em meus dedos.

___Aqui está sua carta senhor, diz o mensageiro tirando a carta escondida em sua roupa.

___Muito bem, aqui está seu pagamento, falo enquanto entrego as moedas.

___Meu senhor, o homem que me entregou está mensagem  mandou lê disse que pode contar com ele, diz o mensageiro.

___Excelente, em alguns dias voltarei a precisa de você mensageiro, digo.

___Estou as suas ordens, meu senhor, diz o mensageiro com um sorriso ganancioso nos lábios.

___Tenha uma boa noite e não se esqueça que se me trair matarei a sua família e você, falo enquanto mostro a espada em minha cintura.

      Ao voltar para o castelo fui pelo caminho que dava para a sala secreta, onde pude ler a carta de resposta, só espero que meu pedido tenha sido atendido.

              CARTA...

   Minha querida e odiada amiga, fico muitíssimo feliz em recebe notícias suas. Patético a situação que se encontra no momento, uma guerreira das sombras vivendo sobre a clareza da nobreza. Se eu mesmo não tivesse a visto amarada como um animal sobre o lombo do cavalo jamais acreditaria. Por mas que eu odeie um pouco você, me vejo na obrigação de ajudá-la nessa doce vingança.

    Confesso que o fato de estar devendo a minha vida a você pesou um pouco na decisão. Minha cara fantasminha no verso da carta estão os nomes dos 5 soldados que foram responsáveis pela morte da adorável ama como você me pediu. Ajudo de bom grado a vingar a triste morte da adorável ama, ela sempre foi gentil e muito boa para min, mesmo eu sendo um fora da lei desprezível. Hoje cumpro a minha promessa de ajuda-la, a noite chegou para você e desta vez estou aqui para ampara-la assim como você fez por min. Achei justo que agora saiba o meu verdadeiro nome já que agora descobri o seu Asha.
                      Adrian...... O tormenta.

___Então finalmente o mistério foi revelado o nome do tormenta era Adrian, digo rindo.

___Com esses nomes em mãos já posso começa minha vingança, falo rindo cada vez mais alto.

     Ao amanhece eu estava extremamente feliz mesmo que cansada, durante o dejejum estava tão sorridente que até estranharam, Daria como sempre não perdeu a oportunidade de me alfineta, mas hoje eu estava tão radiante que nem mesmo isto me tirou do sério. Após o dejejum fui para a biblioteca, decidi que já estava na hora de descobrir os mistérios que o livro vermelho continha. Usei a mesma estratégia da última vez para poder ler ele sem que ninguém me descobrisse. O livro vermelho falava do jardim, o grande mistério do labirinto. Após ler algumas páginas eu pude entender por que nenhum homem conseguia chega ao seu fim.

    O labirinto não avia um real fim, nunca existiu um caminho que levasse do começo ao fim dele, ele foi criado dessa forma, um secreto que ninguém conhecia e o motivo de alguns homens morrem lá dentro e porque tem diversas armadilhas escondidas. A única forma de não se perde e permanecer vivo lá dentro está nesse livro. O livro está incompleto, avia várias páginas em branco, mas no final da última página escrita falava sobre uma tribo de bruxas que viviam na floresta nos limites do castelo, bem depois do labirinto. Depois de tantos anos já devem estar todas mortas, penso. Como já avia terminado de ler o livro vermelho o guardei de volta ao lado do livro dourado, ao sair da biblioteca esbarro com Daria.

___Seus olhos ainda vão cair de tanto ler querida, diz Daria sarcástica como sempre.

___Bem que você gostaria que isso acontecesse né, digo.

___Você pode até enganar a todos nesse castelo, mas não me engana, diz Daria.

___Diga o que quiser Daria suas baboseiras não me atingem, digo.

___Estou torcendo para o dia em que todos conheçam sua verdadeira face chegue logo, adorarei incentiva o meu irmão a acabar com você, diz Daria sorrindo.

___Daria sou mais velha que você então escute meu concelho, não me provoque, para eu acabar com você é só 5 segundo, digo e logo me afasto dela para não acabar perdendo a paciência e acabar matando ela.