Cap. 44

199 27 38
                                    

Harry volta a me beijar, forte e desejoso. Sua boca se move tão rápida na minha que quase não consigo acompanhar. Com as mãos ainda na minha bunda ele se move regredindo para o elástico da minha calcinha. Harry a puxa para fora com uma certa pressa, com o movimento, meu vestido se levanta até o meio das minhas coxas. Eu me seguro em seu ombro e levanto um pouco o quadril para facilitar a passagem do pano. Quando a calcinha já está quase fora do meu corpo, eu começo a desfivelar o cinto de couro de Harry, até sentir sua mão direita segurando a minha.

- O que foi? - Pergunto.

- Eu não tenho camisinha.

- E desde quando isso é um problema? - Sorrio maliciosa beijando seu pescoço, ouço ele gemendo baixinho. Com a vontade batendo tão forte quanto meu pulso, não quero parar agora. Subo e beijo seus lábios ainda quentes e molhados. Harry suspira e sorri na minha boca, mas não me retribui com um beijo ardente; o que eu estava esperando.

- Me desculpe. - Sussurra na minha boca antes de se afastar. Sem me dá a mínima chance de protestar ou tentar argumentar, Harry segura novamente os dois lados da minha calcinha, a puxando para o lado contrário ao anterior. Levanto novamente o quadril e ele me veste. Harry puxa meu vestido para baixo e me olha; eu mantenho meus braços em volta do seu pescoço. Vejo uma chama intensa quando olho em seus olhos, uma chama de desejo e paixão; mas parece que não ter camisinha é um motivo bom o suficiente para não transar bem aqui e agora.

- É como se tivéssemos acabado de transar, e agora estamos descansando. - Ele sorri abraçando minha cintura. Comento vendo a rapidez que sua caixa torácica abaixa e levanta, mostrando o quando Harry tem a respiração forte e acelerada; eu não me estou muito diferente disso.

- Eu não tenho andado com camisinha ultimamente. Há muito tempo não transo...

- Eu também não!

Ele sorri, parece satisfeito com a minha resposta. Harry acaricia minha bochecha direita com as costas dos dedos e ajeita meu cabelos. - Vem para casa comigo? - Pede. Eu o beijo novamente sorrindo. - Vem! - Ele me segura mais forte, me puxando para o chão. Quando fico de pé, recebo um beijo no topo da cabeça antes de andar até a porta, eu saio e logo depois ele vem atrás.

Nos separamos quando entramos no meio do bar; Harry foi para o balcão e eu fui procurar Niall, logo o achei sentado em uma mesa comendo com Herald, Brad e Kendra, todos reunidos.

- Meu Deus! O que houve com seu cabelo? - Brad pergunta assim que chego perto.

- Apenas soltei. - Todos me olham desconfiados, por um momento penso até que eles sabem o que aconteceu no banheiro. Quase me jogo no chão implorando para não ser repreendida, mas me recomponho tomando ciência de que isso é impossível uma vez que só eu e Harry estávamos lá. - O que está comendo? - Em uma tentativa de mudar o assunto, pergunto a Niall enquanto me sento ao seu lado e todos voltam ao normal.

- Fritas!

- Hmm. - Começo a comer no prato de Niall enquanto presto atenção em uma história aleatória que Herald conta sobre como quebrou o braço de um cara uma vez. Volta e meia olho para trás quando sinto um olhar queimando em mim; encontro Harry encostado tomando um líquido não alcoólico (ele já me disse que está de carro), olhando na minha direção, as vezes ele sorri, as vezes só me olha. Mas consigo ver o volume ainda ativo na sua calça. O volume que eu causei.

[...]

Já no final da festa, não restam muitas pessoas presentes. Mas eu, continuo aqui, quero aproveitar cada segundo dessa festa de noivado. Não é como se eu fosse festeira demais e quisesse aproveitar a festa ao máximo pela farra e bebedeira; quero estar aqui, com e para, meus amigos.

- Oi, você está de carro? - Harry me pergunta chegando por trás quando estou finalmente sozinha no balcão. Alguma coisa está diferente, ele me toca na cintura; mas não é só como uma forma de chamar minha atenção, é uma forma de mostrar intimidade, ele mostra que não tem mais medo ou receio de me tocar, de chegar perto. A maioria dos convidados já foram embora e o palco está sendo desmontado, com isso achei que ele também já teria ido, mas não; acho que ele ficou até agora me esperando.

- Ah! Não. Eu vim com Niall. - Respondo em alerta.

- Quer que eu te deixe em casa? - Faz algumas horas desde o acontecido no banheiro, pensei muito desde então e algumas incertezas me rondam, não quero sofrer de novo pela mesma pessoa! Isso é fato, principalmente se for porquê um desejo passageiro estava falando mais alto na minha cabeça. Não tenho certeza se quero consumar aquilo, principalmente se o desejo passageiro dominante for o dele. Meu lema agora é: na duvida, não faça. Ainda não esqueci tudo que aconteceu, só amoleci quando senti de novo a boca dele, o toque, o cheiro tão perto; não é como se eu fosse perdoar, esquecer e tudo bem daqui para frente! Eu só... amoleci. Meus músculos guardaram a lembrança de quando me aproximar e beija-lo era corriqueiro, então, quando o vi tão perto a memória foi ativada.

- Eu-u... an... não sei... eu.. - Gaguejo e passo a odiar o som da minha voz.

- Só vou te levar para casa, Caityn! Nada de mais. - Ele explica. O tom de voz, seu olhar, faz eu me senti ridícula. Eu sei que ele nunca faria nada comigo que eu não quisesse ou pedisse. Não preciso ter medo quanto a isso. O difícil é eu não pedir.

- Ah... tudo bem. Me espere lá fora. - Harry concorda se virando. Procuro por Niall para avisar minha ida, e o encontro perto do banheiro atracado com uma morena. O que esse banheiro tem que atrai pessoas para o amasso?! Resolvo não interferir, se Niall perguntar o porque de não ter me despedido, tenho um motivo plausível. Me despeço de Brad e Herald e os parabenizo novamente pelo noivado; eles me agradecem de novo por "essa noite mais que especial", segundo Brad, e eu digo apenas um "fico feliz que tenham gostado".

- Oi. - Chamo atenção de Harry ao chegar perto. O frio se intensifica na minha pele fazendo os pelos do me corpo se atiçarem. O vento assopra gelado cortando meus braços como pequenas agulhas me fazendo abraçar meus cotovelos em uma tentativa falha de me esquentar. Lá dentro não dava para ter a menor noção do frio que está fazendo.

- Não trouxe casaco? - Pergunta vestindo seu casaco preto e grosso que se estende até o joelho. Como eu queria ter trago um.

- Não achei quer fosse fazer tanto frio!

- Brasileiros... - Harry balança a cabeça sorrindo divertido enquanto se aproxima. - Toma o meu. - Ele retira o casaco em um movimento acima da cabeça. Ele chega bem perto de mim, e me cobre. Minha cabeça fica na altura de seu peito e daqui eu consigo sentir o calor emanando de seu corpo. Quando estou coberta, sinto como se estivesse sendo abraçada pelos deuses. Em outras circunstâncias eu protestaria dizendo que a consequência é minha por não ter trago, mas neste frio eu congelaria em 10 minutos, e também, Harry está de terno.

- Não vai sentir frio? - Pergunto por educação.

- Não tanto quanto você sentiria... vem! - Ele gentilmente passa o braço no meu ombro me abraçando até chegarmos no carro. Em nenhum momento penso em me afastar; me sinto bem e aquecida em seus braços.

Sobre nós H.S #REESCREVENDO# Onde histórias criam vida. Descubra agora