Cap. 46

214 22 26
                                    

Não me viro. Não tenho coragem. Ouço seus passos atrás de mim se aproximando pouco a pouco. Ele parece andar na batida do meu coração. A cada passo que escuto, é um pulo no meu peito. Quando ele chega, está perto o suficiente para me tocar, mas não o faz. Ando um pouco para trás até encostar minhas costas em seu peito, e minha bunda na sua ereção. Harry abaixa o rosto e cheira meu cabelo. Ele puxa alguns fios para meu ombro esquerdo e beija a parte nua que sobra.

- Você não pode fazer isso comigo! - Sussurra. Recebo mais um beijo. Harry segura minha cintura, me puxando para mais perto. - Vim rápido antes que você tirasse a calcinha, eu quero tirá-la. - Suspiro.

Me viro para sua frente. Ele acaricia a maçã do meu rosto e me observa. Harry segura meu rosto com as duas mãos, elas são tão grandes, que cobrem minhas bochechas e ainda sobram dedos na minha nuca. Ele me beija e toma controle de toda a situação, virando meu rosto e beijando quando quer ou só me observando; gosto assim. Ele se solta de mim e se abaixa olhando meus olhos, não entendo muito bem até sentir suas mãos nas minhas coxas me dando impulso para cima. Sinto um aperto forte na minha bunda e gemo em sua boca.

- Nunca seremos amigos. - Sussurra e eu afasto meu rosto para olha-lo. - Porque eu não conseguiria ser apenas seu amigo.

Ele caminha comigo até a cama onde se senta com as pernas um pouco abertas como sempre fazia nas reuniões na casa de Niall; minha mente voa com o fetiche. Ele beija meu rosto depois meu queixo, e desce em direção ao meu pescoço. Penso que ele vai parar ali mas continua em direção aos meus seios expostos. Harry segura minhas costas e abocanha o bico do meu seio direito. Rebolo em seu colo e me pressiono para frente empurrando mais em sua boca. Ele solta um gemidos e sinto minha pele fina vibrar. Aperto com força seus ombros, e sinto cada músculo sob minhas mãos se retraírem. Meu corpo se sacode um pouco quando ele se levanta me segurando forte. Harry caminha até a frente da cama e me solta fazendo minhas costas batem contra o colchão com algum grau de agressividade. Ele me olha nos olhos ainda da beira. Abro a boca para respirar melhor quando vejo que pelo nariz já não é mais suficiente.

A pouca luz no quarto só deixa tudo mais excitante, é como se ainda estivéssemos no carro; a medida que ele se aproxima da cama, a luz do poste daqui da frente, bate em seu rosto, e meu Deus! Como é bom ver esse rosto.

Tudo, tudo me excita! O jeito que me tortura desabotoando lentamente a blusa, tudo porque sabe o quanto eu o quero; o jeito que caminha até cama agora só de cueca e engatinha por entre minhas pernas; o jeito que acaricia minhas coxas antes de se deitar sobre mim. Isso não é sobre carência sexual; sei que se mesmo em todo esse tempo longe dele eu tivesse mantido uma rotina sexual ativa e no final tudo acontecesse do jeito que aconteceu, iria ser tudo igual: o desejo, as circunstâncias, eu me sentiria da mesma forma. Não é sobre o sexo, é sobre ele.

Harry se deita um pouco sem colocar todo seu peso em cima de mim e tira alguns fios de cabelo grudados na minha testa. Ele me observa e sorri. Não sei se sorri para mim, ou para si mesmo, acho meigo de qualquer forma. Ele se ajoelha na cama e estica o braço até minha gaveta.

- Ainda guarda aqui? - Pergunta. Ofego concordando com a cabeça. Vejo ele pegando um pacote prateado de dentro e depois fechando a gaveta. - Aqui. - Fala ao me entregar. Fico entretida ao tentar abrir o pacote, tento rasgar de um lado depois do outro, é como se tivesse esquecido como se faz, no final não consigo. Quase não percebo que enquanto isso ganho beijos na barriga, perto da cintura. Ele também parece entretido olhando a renda na minha pele. - Você é tão... dourada. - Sussurra antes de beija a borda da minha calcinha. Paro imediatamente e observo ele se divertir com meu corpo. Minha guerra contra a embalagem pode esperar.

Com uma mão em cada lado do meu corpo, ele puxa minha calcinha para longe, devagar, me olhando. Harry deixa os dedos arrastarem na minha pele a medida que a calcinha desliza. Quando passa pelo meu último centímetro de pele, Harry segura minha perna esquerda e beija meu tornozelo. Ele me olha fundo e se aproxima, tão rápido quanto quando se afastou para retirar o último pano que cobria meu corpo.

Sobre nós H.S #REESCREVENDO# Onde histórias criam vida. Descubra agora