Cap. 8

410 52 42
                                    

Nada disso, o dia se passou muito devagar. Niall tinha muitas reuniões. Ele estava com planos de criar uma marca de roupas e eu estava ali para ajudá-lo, fazendo contratos, digitalizando, fazendo cópias. Só tive folga quando Elizabeth nos chamou.

- Sr. Niall, eu fiz um lanche para vocês. Posso servir na mesa?

- Claro. Obrigado, Elizabeth. Vamos Srta. Gonçalves?

- Sim. - Não sabia se era normal as assistentes comerem com os clientes, mas a ideia de fazer isso com Niall, me deixava feliz.

Nos levantamos e fomos até a sala de jantar que era no final do corredor. Niall me deu espaço para que eu entrasse e assim eu fiz. Fico maravilhada com o tamanho da sala, era enorme e bem aconchegante.

Tinha uma mesa grande no centro e a parede frontal era de vidro com uma porta também de vidro que dava para um pequeno jardim. No lado direito deduzi que fosse a cozinha. Tive certeza assim que vi Elizabeth saindo de lá com uma bandeja nas mãos. Nos sentamos e logo em seguida ela veio até nós.

- Aqui, Sr. Horan o seu preferido, bolo de baunilha. - Fala sorridente.

- Já falei para não me chamar de senhor, Elizabeth. Não sou nenhum velho. Isso também vale para você, Caityn sei que pareci descontente quando te vi, mas é que eu criei um laço com a Roberta e fui pego de surpresa, sinto muito. E como vamos passar um bom tempo juntos, quero criar laços com você também.

- Eu acho importante, e sinto muito pela Roberta. Imagino o quão boa funcionária ela seja.

- Sim. - Niall sorri antes de voltar a comer.

Depois dessa breve conversa, comemos em silêncio. Assim consigo apreciar bem a comida divina de Elizabeth.

- Você está há muito tempo na empresa? Nunca tinha escutado falar de você. - Niall novamente quebra o gelo.

- Na verdade, eu não sou assistente, trabalho na gestão. Mas como Roberta teve que sair, Joseph achou que eu era a pessoa mais qualificada.

- Tá explicado. Bom, vou volta para o escritório. O que falta fazer?

- Eu tenho que levar todos os contratos para a empresa, para arquivar caso algum dia você precise.

- Tudo bem. Até amanhã. - Niall levanta e se vira. - E Caityn, acho que Joseph tem razão, você é uma funcionária muito qualificada. - Fala já na porta.

- Obrigada, Sr. Horan.

- Só Niall, por favor. - Sorri simpático antes de sumir da minha vista.

Com um grande sorriso no rosto eu termino de comer, me levanto e vou pegar os contratos para o arquivo. Niall não estava na sala quando entrei então arrumo minhas coisa e saio de sua casa.

Chego em casa por volta das 9h, tinha que me arrumar para sair com Harry. A primeira coisa que faço é ir para o banheiro.

A única coisa que se ouvia no banheiro, era o som da gilete batendo contra o azulejo, mas dentro da minha cabeça meus pensamentos iam a mil. Pensava no quanto eu era sortuda por tudo isso está acontecendo, mas também pensava em como eu não queria endeusar o Harry a ponto de que se ele me magoasse, eu o perdoasse porque afinal "ele é Harry Styles". Quando saio, enrolo meu cabelo na toalha e vou procurar uma roupa decente.

O pior de tudo é que Harry não disse para onde íamos então eu não sei qual roupa usar. Tenho medo de pegar uma roupa que seja de mais ou uma de menos. E nada de "vista o que te deixa confortável" confortável para mim é moletom e jeans. Acabo pegando um vestido azul escuro apertado da cintura para cima, fechado até o pescoço, e com um decote V nas costas. Decido deixar meu cabelo secando ao natural. De maquiagem só rímel. Seria patético beijar Harry e deixar ele todo sujo de batom. O relógio marca 9:57h quando fico pronta. Passo meu perfume e me sento na sala esperando por ele.

Olho no relógio e já são 10:40h.

- Quer saber? desisto! - Eu poderia facilmente viver com a ideia de ter levado um fora de Harry. Pelo menos eu beijei.

Quando começo a descer o zíper do meu vestido, escuto batidas na porta. Olho pelo olho mágico e perco o fôlego. Lá estava ele com uma camisa branca e calça preta.

- Oi - Cumprimento ao abrir.

- Olá, me desculpa a demora. Eu teria chegado antes.

- Tudo bem, nunca duvidei que viesse. - Falo tentando subir o zíper sorrateiramente de volta, o que eu consigo. Vou até o sofá e calço sapatilhas claras.

- Vamos? - Falo passando por ele.

- Claro. Você está linda.

- Ah, obrigada. - Agradeço enquanto andamos pelo corredor. - Achei que britânicos fossem pontuais. - Comento descontraída já no elevador.

- Quase sempre. - Solta uma risada gostosa e eu o acompanho.

Descemos e entramos em seu carro estacionado na rua. Não deixo de reparar no quão bonito é. Provavelmente custou mais que a minha casa mobiliada.

- Então, para onde vamos? - Me atrevo a perguntar.

- Pensei em não te falar, fazer uma surpresa, mas eu não aguento. Vamos para minha casa. Da última vez fomos para sua e você cozinhou para mim, hoje eu quero te retribuir e cozinhar para você.

- Céus! tenho certeza que isso será incrível.

- Bom, tomara. Fiz muitas pesquisas. - Ele sorri e me olha por alguns segundos antes de voltar a atenção para o trânsito. E era aquele sorriso onde as covinhas ficam extremamente visíveis.

- Você é tão bonito. - Deixo escapar.

- O quê? - Pergunta me olhando novamente.

- O-o que? A-an eu não... não sei, eu só... pensei alto.

- E no que estava pensando? - Pergunta divertindo. Acho que ele percebeu que eu gaguejo quando fico nervosa.

- Em nada. - Respondo aumentado rapidamente o volume do rádio e olhando para a janela. Espero que ele não insista nessa conversa. Depois de alguns minutos o carro diminui a velocidade e começa a entrar em um portão, deduzo ser um condomínio.

Harry começa a andar pelas ruas do lugar e eu fico encantada. Me seguro para não ficar igual cachorro quando anda de carro. As casas tinham o mesmo padrão, só mudava uma coisa ou outra como cor, janelas. Eram lindas.

- Chegamos. - Anuncia parando o carro em um tipo de garagem aberta ao lado da casa. Ele sai e eu faço o mesmo.

Harry ativa o alarme do carro e enfia a mão no bolso para pegar as chaves da casa, eu acompanho tudo com o olhar. Ele anda até a porta da frente e eu o sigo. Por esse ângulo não dava para repara bem na casa, mas uma coisa é notável, é muito menor do que eu imaginei que fosse.

Sobre nós H.S #REESCREVENDO# Onde histórias criam vida. Descubra agora