Cap. 2

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- Seu namorado? - Olhei para ele que agora finalmente estava sozinho.

- Ele? Não! - Disse rindo. - Herald é gay, eu acho, mas isso nunca entrou em questão durante nossas conversas então, não importa.

- Achei estranho mesmo um namorado falar que a namorada está flertando com outro. - Ele sorri e logo depois bebe todo o resto de sua bebida. - Você acha que ele também faria um suco para mim?

- Se pedir com jeito, acho que sim.

- Com licença, você me serviria um suco de limão?

- Claro. - Herald responde se virando e pegando uma jarra. - Prontinho.

- Então, Caityn. - Ele se embola um pouco pra falar meu nome. - Pelo seu sotaque você não parece ser daqui.

- Não mesmo, eu sou brasileira.

- Sério? Eu amo seu país.

- Eu também. - Digo orgulhosa.

- Bateu uma fome agora só de lembrar das coisas que eu já comi lá.

- Nem fala, eu já estava com fome, agora com você me lembrando... Definitivamente a comida é uma das coisas que eu mais sinto falta.

- Já que está com fome e eu também, não quer sair e comer alguma coisa?

- Não gosta de hambúrguer? Aqui tem...

- Talvez uma outra coisa.

- Tudo bem.

Pagamos o Herald e eu me despedi. Enquanto Harry ia na frente, eu olhei para trás e vi Herald rindo e fazendo um sinal do dedo indicador entrando na mão fechada, nojento, me paga.

- Então, como faremos? Nós dois estamos de carro. - Ele fala assim que saímos do bar.

- Vamos no meu, nada mais justo já que eu não bebi.

- Tudo bem.

Guio Harry até meu pequeno carro, não muito chique ou chamativo, mas extremamente confortável. Foi uma das minhas maiores conquistas morando aqui.

- Onde iremos? - Pergunta colocando o cinto.

- A essa hora creio que só acharemos fast foods abertos. Quando você disse que estava com saudade da comida brasileira eu pensei em irmos para minha casa, eu posso fazer algo. O que acha?

- Por mim tudo bem.

- Sabe... você aqui no meu carro, como sabe que eu não sou uma serial killer? - Digo seria depois de alguns minutos na estrada.

- Como sabe que eu não sou? - Ele responde mais sério ainda.

- Você não pode ser um serial killer, você já é o Harry Styles. - Harry sorri me acompanhando. - Falando nisso, você já leu as famosas fanfics que escrevem sobre você?

- Já vi algumas, nunca parei para ler mas sei que é um mundo muito vasto e que você pode me achar em várias versões como assassino, CEO, traficante...

- Sim. - Sorrio lembrando de algumas das histórias que já li.

- Mas e você?

- Eu...?

- Lê minhas fanfics?

- Leio sim, na verdade eu gosto muito. - Fico um pouco nervosa ao responder.

- As famosas hots também? - Incrédula, desvio o olhar do trânsito por alguns segundos.

- Talvez... - Respondo devagar arrancando uma gargalhada dele.

O resto do caminho foi muito tranquilo, nós ficamos em um silêncio confortável ouvindo músicas aleatórias que tocavam na rádio.

- Eu tenho que passar no supermercado pra comprar algumas coisas. Se importa?

- Não, mas sabe como é, Harry Styles... eu...

- Tem razão. - Falo rindo. - Se quiser ficar no carro, sem problema.

- E se eu usasse alguma coisa... - Ele olha para o banco de trás procurando algo. - Olha só, isso serve. - vejo-o pegando uma blusa de frio rosa que eu tinha deixado no carro.

- Tem capuz, é perfeita. - Disse rindo.

Parei o carro no estacionamento e descemos. Como estava um pouco tarde, o supermercado estava quase vazio, mas mesmo assim, Harry colocou o capuz e abaixou a cabeça. Era engraçado como a blusa ficava apertada nele.

[...]

- Pronto, agora só falta as massas. Você sabe em qual parte fica?

- Faz anos que não entro em um supermercado, então... eu realmente não sei.

- Vamos procurar. - Começamos a andar procurando em cada corredor, até encontrar. - Achei.

- Só vai precisa disso?

- Sim, é suficiente.

- Pode ir para o caixa, eu vou pegar alguma coisa para beber.

- Tudo bem. - Vou até o caixa como ele pediu e para minha sorte, não tinha fila então logo o caixa passou todas as compras.

- Deu 30 libras.

- Aqui. - Disse lhe entregando o dinheiro com um sorriso.

- Se quiser pode passar o telefone também, gata.

- Ah-h...

- Acho melhor não. - Harry disse me abraçando pelo ombro.

- Demorou. - Comento um pouco sem graça pela aproximação e pelo assédio do caixa.

- Eu estava indeciso. - Ele responde levantando a mão e mostrando uma garrafa de vinho.

- 50 libras, senhor. - O caixa fala terminando de passar a garrafa. Percebo ele mais quieto, menos sorridente que antes, talvez tenha se sentido intimidado. Se eu olhasse de fora, diria que Harry é meu namorado.

- Obrigado. - Fala ríspido pegando a garrafa e pagando em dinheiro.

- Meu deus, essa garrafa custou mais que toda a compra que eu fiz. - Comento já a caminho do estacionamento.

- Eu não olhei o preço, só peguei. O rótulo me chamou a atenção.

- Eu sou o contrário, pesquiso muito antes de pegar.

- Ou seja...pão dura!? - Fala sorrindo.

- Ei. - Disse dando um soco fraco nele.

Assim que entramos no carro, Harry tira a blusa de frio e suspira. Depois de uns 30 min chegamos no meu apartamento nada luxuoso mas aconchegante. Ele tinha a cozinha de frente para a sala e um corredor no lado direito que dava para um dos dois banheiros e uma área de serviço. Meu quarto ficava no final do mesmo.

- Lar doce lar. - Falo colocando as chaves na mesinha ao lado da porta, aproveito para retirar os meus sapatos e o casaco. - Seja bem-vindo.

- Obrigado.

- Então, vou te preparar uma lasanha, já comeu?

- Laçanha?

- Isso, lasanha. - Não consigo conter uma risada. - É uma massa plana com carne, queijo e molho.

- Nunca experimentei mas parece bom, eu gosto de massas.

- Ótimo, você vai me ajuda, ok?

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