CAPITULO 42

246 28 0
                                    


Bella.

Eu trupiquei em uma pedra, e doeu meu dedinho do pé, minha vontade era de estapear aquele barbudo, Infernal... ele estava com pressa não sei porque, já é noite, certamente vai em alguma casa do pecado.
O quartinho era escuro pois não tinha janela entrava apenas brechas da luz do luar, o que me faz pensar que preciso fugir daqui na época de chuva ou frio essas paredes de nada vão adiantar.
Fiz minha mala de travesseiro e peguei um vestido novo no plástico para não sujar, montando um lugar para dormir, quem sabe eu posso vende-lo Já é um começo. Me acomodei e comecei a planejar e sonhar acordada, Miguel é lindo, o problema é o seu olhar sombrio ou quando abre aquela boca arrogante que só sai merda e ofensas. Se Miguel fosse o humilde, gentil, poderíamos nos dar tão bem, sua boca macia, seu hálito quente, suas mãos grandes em minha cintura, a memória se mantém viva posso sentir o frio gostoso no estomago, não sei quando dormir com as lembraças do baile, mas acordei com a luz do sol em meu rosto, me levantei guardei meu vestido na mala fiz minha higiene na medida do possível para quem já foi presa por um monstro, Miguel é fixinha.
Depois que organizei minhas poucas coisas na mala lavei o rosto com balde que havia no canto, e penteei meus cabelos fiz um coque firme e sentei no vaso à espera de alguém para abrir a porta. Analisei meu novo quarto,
" depois de limpo isso vai ficar tão ruim" Esconde a minha mala com os poucos pertences e o dinheiro que tinha arrecadado quando vendia meus pães e bolos. pela fresta eu percebi que estava tarde, talvez umas 9 horas ou 10 horas da manhã, escutei a porta sendo destrancada, imaginei que fosse Miguel para me apresentar a madame mas era um homem forte meio gordo e barbudo.

***- Eu sou o segurança, me chame de Capataz, vamos a senhora te aguarda.

Eu o segui até a mansão, na sala de estar estava uma mulher muito magra com vestido vermelho extremamente vulgar, seu seios pareciam que iria saltar a qualquer momento, seus cabelos estavam presos em um coque frouxo com alguns fios soltos dando um ar de sensualidade, seus olhos eram negros como o 'trovão' (o cavalo de Miguel)

@@- Oras vejamos o que temos aqui, uma aborrecente, Espero que não seja burra!, me chame de senhorita Greta, ou Madame Greta, estou aqui para inspecionar o seu serviço, faça o que eu mando e como eu mando e não terá problema comigo, irás aprender muito com a minha pessoa, agora vamos seu serviço deve estar atrasado pela hora,  antes de Miguel chegar esse casarão deve estar impecável.
Eu apenas acenei com a cabeça, com vergonha por ela estar vestida de forma tão reveladora na frente do capataz.
Greta- Amanhã no almoço quero carne de cordeiro, Marco irá matar o animal você limpio e assa com batatas, todas as manhãs quero pão quentinho para o café, e comida fresca no almoço e jantar, pela poucas horas que cheguei aqui, ja percebi que esta casa está imunda,cheia de poeira e terra pra todos lados, quero que tire o pó e lave todos os quartos, passe cera no chão, quando que terminar deixarei o restante do serviço para amanhã, então ande de pressa e não atrase com o almoço que deve ser servido meio-dia.

Eu estava horrorizada são tantos quartos que nunca contei, preparar o almoço e servi, limpar a cozinha, preparar o pão da tarde, em cerar todos os quartos e fazer a janta antes das 18:00 horas é quase impossível.
Mais que depressa corri para cozinha para ver o que havia de fácil preparo, depois que soube o que eu faria comecei buscando água e subindo as escadas para lavar os quartos, começando do lado direito para o esquerdo, que era um corredor sem fim. "Não sei para que uma casa tão grande para apenas três pessoas morar, 4 comigo, mas não por muito tempo.
Consegui lavar o lado direito da casa apenas os quartos, deixei que eu piso secasse sozinho e corri para cozinha pois já era 10:50 horas . Fiz um arroz fresquinho branco, descongelei o feijão que dona Graça via cozido ontem, refoguei o frango, e tirei pó, só dos móveis da cozinha enquanto cozinhava a comida. 11:58 A comida estava pronta faltava apenas salada e montar a mesa, corri até a horta de sr. José, colhi algumas folhas de alface, estava lavando elas e pondo na bacia quando ouvi o barulho de salto entrando pela cozinha. Não sei como aconteceu pois foi rápido, mas senti uma mão pesada em meu rosto que certamente ficou a marca de sua mãos com os anéis.

Greta- Sua incompetente o almoço não está servido? por causa disso não irá almoçar ! aprenda a cumprir com seus horários, vamos ande de pressa minha alimentação é rigorosamente cumprida no horário certo,  espero que tenha feita meu suco de laranja.
- Eu não sabia do suco senhora, você não me falou que queria tomar.

Disse com os olhos marejados em lagrimas não derramadas, e o rosto queimando não apenas do tapa mas de ódio, eu nasci livre, eu sou livre, e não aceito ser escrava de ninguém, eu preciso fugir daqui.

Greta- Marco querido, leve a incompetente até o pé de laranjeira e deixe que ela colha para preparar o nosso suco.

E assim o Capataz gorducho me acompanhou até o pé de laranjeira, as maduras estavam no alto mas não dava para subir por causa dos espinhos Marcos apenas me ordenou para que apanhasse as laranjas, subir sozinha no pé, o que me acasionou alguns arranhoes feios, estava de vestido e percebi os olhos de malícia do sr Marco, por um momento um frio na espinha passou por mim, eu estava sozinha no meio do nada com homem grande e bruto, contando apenas com a sorte, mas ele nada fez apenas me olhava estranho, o tempo todo, me levou de volta a cozinha, preparei o suco com os olhos atentos da madame Greta "nome de mulher da vida, será que é uma das amantes de Miguel ? Achei que ele teria bom gosto".

Não esqueçam de votar ⭐ é muito importante , isso me anima a escrever mais vezes, o comentarios podem me ajudar até mesmo mudar o ruma da historia. Pois a opinião dos leitores contam muito.

O SEGREDO DA COLINA Onde histórias criam vida. Descubra agora