CAPITULO 22

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Bela.

Não sei quando, mas eu cochilei, acordei ainda escuro, não se ouvia nada. Me despedi da lua cheia,e esperei pacientemente pelo sol da Manhã. Me levantei fiz minha higiene matinal,me troquei e me deitei de novo, eu estava exausta, meu corpo não desligava parece que a qualquer momento eu ouviria o grito do sonho, como se tudo fosse real. Por um momento me perdi em pensamentos e só voltei com susto, uma batida na porta, como se minha alma voltasse para o corpo demorei para me levantar e atender a porta. Graça estava estranha me chamou para o desjejum onde só estava o casal de senhores e eu na mesa, o silêncio reinava e pude perceber que o clima estava estranho, percebendo o meu estado de uma noite mal dormida dona Graça se pronunciou.

Graça- Querida vejo que não dormiu bem hoje você pode limpar só os quarto irei te dispensar mais cedo hoje.

É claro que eu não neguei estava exausta, e o que se passava em minha mente era "Que tipo de bicho Miguel caçava?" "será que ouvi mesmo um grito ou ainda fazia parte do meu pesadelo"?
Eu limpava os quartos no automático, tudo que eu queria era poder fechar meus olhos e mergulhar no mundo dos sonhos, mas toda vez que eu pensava em um cochilo minha mente lembrava do grito horripilante e do Choro daquela criança.
O tempo foi se passando, adentrei em um quarto diferente de todos os outros, a cama era digno de uma princesa com direito até de mosquiteiros, havia uma sacada com uma vista linda para o caminho da Colina, imagino como seria o pôr do sol ali. O estranho é que os móveis não estavam cobertos por lençóis brancos, a cama pude perceber pelo tom amarelado que há muito tempo não era usada, ao lado esquerdo havia um berço com grades e os pés como cadeira de balanço, mas não havia roupas de cama nele, 'o que me leva a pensar se algum dia foi usado'.
Em uma das portas era o banheiro, abrir a janela para ventilaram, na outra porta para o closet,  havia muitos vestidos lindos dignos de uma Condessa ou princesa sapatos que nunca imaginei ver, voltei ao quarto olhando em volta me perguntando se deveria limpar ou deixar exatamente como está.
Apesar de estar empoeirado não era um quarto guardado como os outros, preferi me retirar e perguntar a Graça a história dele, talvez a esposa e o filho estejam apenas viajando... "Apesar que nunca ouvi falar de patroa", sair do quarto fechando a porta com cuidado para não fazer barulho, mas eu ouvi o barulho de passos e a voz de Miguel resmungando algo incompreensível. Por medo de estar no lugar errado peguei o meu balde e corri para o próximo quarto destrancado, que na verdade era apenas um cômodo de dispensa minúsculo, entrei nele e não fechei a porta apenas encostei para ficar de olho em Miguel ou ouvir algo.
Eu não tinha o visto desde ontem de manhã, e hoje já está entardecendo, onde será que ele esteve?  o vi olhando a maçaneta do quarto misterioso, depois de perdido um tempo entrou, avaliou em pé olhando tudo e caminhou para dentro saindo das minhas vistas, esse deveria ser um momento de sair daquele cubículo e voltar para cozinha que era onde eu passava maior tempo. Mas já dizia o provérbio "é melhor esperar do que remediar" "em terra de cego quem tem olho é rei"... Meu Deus falei como Gleice e ela nem tá aqui, me despertei ouvindo um grito de fúria que me arrepiou até as sobrancelhas, vi ele saindo do quarto e batendo à porta com força, mas que depressa eu deveria sair dali.
Ao chegar na cozinha com a respiração ofegante,minha visão foi agraciada com Miguel de costa pra mim, tentando se controlar, pois parecia que a qualquer momento ele atacaria dona Graça, e ela de olhos arregalados o olhando. Seu José me levou de volta ao meu quarto sem que nenhum dos dois me visse e disse:

Jose- Querida não saia daqui até que gracilda venha lhe falar, por favor.

Apenas acenei com a cabeça com mil e uma coisas passando por ela, o que será que está acontecendo ,será que a culpa foi minha ?Ah mas isso é óbvio.
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