CAPITULO 56

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Bella

Acompanhei Miguel até a porta dos fundos, não poderia sair da loja e deixar uma Gabriel com coração sangrando por medo de partir, conversaria com Miguel ali mesmo e torceria para ele não fazer escândalo.
- É o seguinte Miguel, eu tenho uma vida agora, uma criança que depende de mim, eu tenho uma casa não preciso de suas migalhas, agradeço por ter me ajudado mas não suportaria passar de novo pelas humilhações, ainda me lembro quando me chamou de gata sarnenta.
Miguel- Não seja hipócrita acho que eu quero alguma coisa com você, ainda mais agora com pirralho nas suas costas, eu apenas vim lhe buscar por consideração a dona Graça, e você por ser tão boa assim sim devia ir sem que eu a obrigasse, mas se precisar eu mesmo chamo os guardas e digo que é uma escrava fujona, voltará para mim realmente sendo humilhada, então peço que não me faça perder tempo e vamos embora agora.!
- Você nao tem coraçao? Gabriel precisa de mim. Ele ira comigo. E depois vamos embora.
Miguel- Eu não gosto de crianças, elas choram e fazem barulhos e bagunça, Graça precisa de silêncio e tranquilidade, uma criança irá atrapalhar o seu trabalho ela não é sua, deixe aonde encontrou e vamos embora.
- Oras seu...
Quando dei por mim já o tinha atingido a face Miguel, poderia não ter sido gerado em meu ventre mas em meu coração ele foi, daria a minha vida por aquele menino, assim como estou enfrentando Miguel, nunca imaginei que teria tamanha coragem, mas quando dei por mim já havia o acertado antes de Miguel levantar a mão para me acertar ouvimos um grito.
Gabriel- NÃOOO....
Gabriel entrou na minha frente como se pudesse me proteger, uma criança que já sofreu tanto por sua pouca idade tentava proteger a única coisa que que era importante, ali meu coração se desmanchou.
Miguel- Leve este pirralho, mas não o quero no meu caminho, vamos depressa pegar suas roupas e vamos embora AGORA.
Me despedir de Dona Lurdes, que entregou-me uma sacola de roupa que ela havia preparado para Gabriel como presente. Passei o endereço do castelo para quê trocassemos cartas, após a despedida vamos para o quarto onde aluguei, arrumamos nossas coisas mas que depressa, e entreguei a chave ao senhor mal-humorado que me ajudou quando precisei,. Voltei para o lugar onde eu Prometi a mim mesmo nunca mais pisar os pés, e agora acompanhado de uma criança.
O caminho foi todo silencioso em um clima pesado, mas Gabriel mesmo em silêncio fazia me sentir bem, eu coloquei meu colo e uma manta fina para nos proteger do sol. Paramos apenas uma vez para fazermos nossas necessidades Miguel não era como o senhor José, então não demoramos para chegar no castelo que estava muito diferente o mato já tomava conta do lugar, parecia um castelo mal-assombrado, assim que passei pela porta o cheiro de comida azeda parecia de algum animal morto, Gabriel estava calado de mão dadas comigo olhando tudo ao redor com curiosidade.
- Onde irei dormir? preciso guardar minhas coisas.
Miguel- Arrume um quarto para você e outro para o pirralho.
Miguel saiu sem me dar a chance de perguntar por Graça ou sr José, um pavor já estava muito tomando subindo as escadas com dificuldade para levar a minha mala e de Gabriel, procurei pelo quarto onde dormir a última vez ainda havia roupas minhas lá, o quarto estava intacto a não ser pela sujeira do tempo. Deixei as coisas de Gabriel também e descemos juntos para lhe apresentar a vovó Gracilda.
Procurei em seu quarto, encontrei José e Miguel de cabeça baixa ao lado da cama da mulher mais forte que eu conheci, me aproximei da cama com Gabriel e disse:
- Olá dona Graça, espero que esteja melhor, o seu menino me trouxe para vê-la.
Graça me olhou e sorriu olhou para Miguel com a sobrancelha arqueada certamente pensando a maneira que Miguel me trouxe de volta,... Só então seus olhos encontraram Gabriel ao meu lado e sorriu, o mesmo ainda olhava de forma interrogativa.
Graça-  O menino sem nome.
Disse com dificudade.
- Ele se chama Gabriel, é meu filho. Agora Gabriel lhe apresento vó Graça ela cuidou de mim quando eu estive aqui pode confiar nela.
Gabriel nada disse, percebi o olhar estranho de Miguel sobre o menino ,e isso ou talvez esteja o deixando ainda mais tímido. Graça também olhava de forma estranha o clima estava tenso então José coçou a garganta.
Jose- Vamos ao afazeres ,que tal deixar Gabriel comigo Bella para cuidar de Graça e arrumar o jantar, cuidarei deste garoto não se preocupe, estarei no jardim.
- Querido o vô José é bonzinho, o obedeça, pode correr pelo quintal mas não vai muito longe, o vô vai mostrar  os animais da fazenda e quem sabe lhe dar a uma caneca de leite morno,( o vi sorrir pela primeira vez no dia depois da visita de Miguel ) depois irei chamá-lo para almoçarmos todos juntos como uma família, tá bom.? (sussurrei em seu ouvido ) -Não quero que fique sozinho com tio Miguel tá.?
O almoço de hoje iria atrasar havia muita coisa se fazer em um castelo abandonado, e o dia percorreu bem.
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