CAPÍTULO 15

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Bella

...homens correndo ao meu encontro e nem sinal de Gleice.

Olhei no arbusto e não havia nada, minha sacola de roupa havia sumido, corri desesperada em mata fechada meus braços arranhavam com os galhos eu não via nada, nenhuma trilha ou algo que me indicasse o caminho a uma videira, nem sei que árvore é essa.
Quando parei para tomar fôlego e olhar ao redor de vi perdida meus braços com filetes de sangue, ouvi homens gritando meu nome de longe, o mato estava alto de repente lembrei-me e poderia ter cobras fui mais adiante caminhando e olhando ao redor para ver se via algum sinal de Gleice meu cabelo estava desgrenhado, meu vestido sujo, algo chamou minha atenção um barulho de cavalo no mesmo instante lembrei-me do meu sonho e um pavor me tomou.

Tudo bem, no meu sonho eu corria desesperada e um homem me achava e ameaçava e eu sempre acordava, é preciso manter a calma e pensar, bom eu tenho dinheiro em meu sutiã, isso é bom ou não?! posso ser assaltado! Ai isso é o de menos um monstro pode me  achar.
Minha cabeça eu estava enlouquecendo fui despertada da minha paranoia quando ouvir galhos se quebrando muito perto, e um cavalo relinchando, eu não tinha onde me esconder não me jogaria em uma moita de mato onde poderia ter sabe-se lá  que tipo de animal, me encostei na árvore sentei, abracei as pernas e fiquei quietinha já não ouvia mais meu nome, mesmo que de longe apenas o barulho de cavalos abaixei a cabeça e orei. "Senhor não me deixa morrer agora."

O sol estava se pondo, a presença estava perto não ousei levantar a cabeça, mas eu sabia que ele estava me vendo, o cavalo relinchou o que me fez pular de susto, senti ele descendo do cavalo e me encolhi querendo que fosse apenas mais um pesadelo, que acordaria a qualquer momento mas dessa vez parecia muito real pois conforme a brisa soprava os arranhões ardiam meu corpo arrepiava na mata parecia ainda mais frio do que realmente era, ouvir um arranhado na garganta, levantei dos meus olhos mas ele estava contra a pouca luz com uma capa que cobria seu rosto não sei se era o medo mas o rosto parecia de cera.
Clamei pela minha vida.

- Por favor não me mate!!
***- A senhorita está em terras proibidas.

Eu não enfrentei tudo para morrer agora, desobedecesse papai, enfrentei os meus demônios enfrentado a colina, então NÃO, dessa vez serei diferente, um plano rápido, fingir desmaio.

***- A senhorita acha que sou trouxa ? sei que não desmaiou, por sua causa a homens em terras proibidas e não gosto de intruso.
Silêncio...
***- Já que quer tanto dormir te ajudarei.

Em questão de segundos senti seus braços me agarrado o cheiro estranho invadir e não me lembro de mais nada.

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***???
Meu fiel amigo tinha algo para fazer hoje na cidade me avisou que provavelmente homens estranhos estariam nas redondezas. Não foi difícil espantar, mas uma sombra branca que se movia em meio à mata me chamou a nossa atenção, sim nossa, o trovão, meu fiel companheiro o que mais me intrigava era... que animal grande e branco poderia ser?  eu nunca vi por um aqui.
Com cautela foi chegando perto e armado caso o tal animal me atacasse mas para minha surpresa era uma mulher uma noiva agachada seu cabelo estava horrível seu vestido sujo quando decido Trovão ela disse, de cabeça baixa:

- Por favor não me mate.
***- A senhorita está em terras proibidas.

Acredito que minha voz autoritária a assustou a bixinha teve a Audácia de tentar me enganar, o que me deixou ainda mais puto.
- A senhorita acha que sou trouxa? sei que não desmaiou, por sua causa a homens em terras proibidas e não gosto de intrusos.

Aproveitei o momento de stress e a desmaiei de verdade, a levei para minha fortaleza, no momento não estava pensando com a cabeça de cima. A vendo agora desmaiada, tão vulnerável em meus braços, pude  reparar melhor em suas vestes, seu vestido de noiva era simples, deveria ser muito pobre, o que será que aconteceu com ela? será que deu tempo dela se casar? eu deveria deixá-la na beira da Colina afinal ela não viu meu rosto, o fato de deixar ela viva já é o suficiente, mas ela era muito linda para simplesmente  jogar_lá na estrada.

Ela será a minha prisioneira,talvez uma escrava, ou talvez a faça de exemplo dizendo que a justiça chega a todos tanto homens quanto mulheres.
Ah coloquei atravessada em Trovão e galopei de volta a minha fortaleza, certamente quando acordar estará com dores nas costas isso é problema dela.

Chegando por perto ela parecia querer acordar, devo andar depressa antes que me arrependa do plano, e a Mate.

A levei para prisão, coloquei uma cela que perto das outras era mais limpa, na cela não havia janela, tinha apenas uma coberta mofada, correntes penduradas, a deixei tranquilo fui para casa pensar em no que fazer com meu novo passatempo, até que escutei os seus gritos Ela deve ter acordado é hora da visita..

O SEGREDO DA COLINA Onde histórias criam vida. Descubra agora