♠ Capitulo 17 ♠

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Lauren POV

Passou-se um mês, um mês inteirinho e eu nunca mais olhei para a cara do rapaz de olhos verdes. Porquê? Não sei, ele nunca mais me apareceu aqui no escritório e sempre que vou buscar a Melodie ele já não está o que eu agradeço porque quanto menos olhar para a sua cara melhor. Em relação ao Zach bem posso dizer que na semana a seguir ao conflito que houve no meu escritório ele falou comigo e pediu-me desculpas dizendo que o que fez não devia de ter feito e que queria voltar ao que éramos. Eu desculpei-o e neste momento estamos mais próximos que nunca, não digo que namoramos mas, quem sabe se não estamos próximo disso?

Eu: Estou? – Atendi o meu telemóvel que me despertou dos meus pensamentos.

XX: Lauren? É a Juliette. – O meu coração acelerou, ela nunca liga para mim, por que razão o iria fazer agora?

Eu: Olá Juliette, tudo bem? – Tentei ficar o mais calma possível.

Juliette: Bem, eu lamento o que vou dizer mas-

Eu: O que se passa? Aconteceu alguma coisa com a Melodie? – Eu não aguentei mais, tinha de perguntar.

Juliette: Lamento Lauren, mas a Melodie está no hospital. – Neste momento vi a minha vida a passar à frente dos meus olhos. – Ela caiu e bateu com a cabeça, pelos vistos foi um impacto forte pois ela ficou inconsciente e tivemos de chamar logo a ambulância, foi direta para o hospital onde estou eu neste momento à espera de notícias.

Eu: Eu vou já para aí. –  Sem deixar que falasse mais alguma coisa liguei à minha mãe e contei-lhe tudo e ela também disse que ia para o hospital juntamente com Jade. Saí rapidamente do meu escritório. – Claire se por acaso alguém perguntar por mim diz que tive de sair, que é uma emergência, e pede para me ligarem apenas se for por causa do mundo estar a acabar.

Claire: Mas aconteceu alguma coisa?

Eu: A minha filha está no hospital e eu tenho de ir para lá agora.

Claire: Claro, eu digo isso caso alguém perguntar por ti. – Sorriu-me.

Eu: Obrigada.

Claire: As melhoras para a Mel. – Sorri-lhe e saí o mais rápido que consegui, e conduzi em direção ao hospital. Para arranjar lugar foi muito complicado e eu estava a ver que tinha de estacionar em cima de algum dos carros mas finalmente encontrei um e fui a correr, literalmente, para dentro do edifício a que dão o nome de hospital e encontrei a minha mãe mais a minha irmã, sentadas na sala de espera.

Eu: O que aconteceu à minha bebé? – A minha mãe abraçou-me rapidamente e eu comecei a chorar. – Eu não posso perdê-la mãe.

Mãe: Tu não a vais perder, meu amor. – Começou a fazer festas nas minhas costas.

Eu: Ela é coisa mais preciosa que eu tenho.

Mãe: Está tudo bem amor, a Mel vai acordar e depois vão as duas para casa. – Finalmente eu e a Melodie temos uma casa só para nós, assim já não incomodamos a minha mãe a minha irmã com um bebé a caminho. É muito pequenina, porque não há dinheiro para mais, mas o suficiente para as duas.

Jade: Está tudo bem mana. – Abraçou-me também. – Ela está bem, acredita. – Larguei-me delas e limpei as lágrimas. – Vou à casa de banho, já volto. – Eu e a minha mãe assentimos e esta começou a ir em direção à casa de banho.

Eu: Posso vê-la? – Perguntei à minha mãe.

Mãe: Não sei, mas acho que sim. – Levantei-me e fui até a uma secretária.

Eu: Desculpe, eu gostava de saber se posso ir visitar um doente.

Secretária: Nome do doente?

Eu: Melodie, Melodie Roberts.

Secretária: Quarto número 532, vai por este corredor, - Apontou para o corredor em frente. – E é um dos quartos do lado direito, basta procurar o número.

Eu: Obrigada. – Tentei sorrir à mulher e comecei a correr feita louca à procura do quarto da minha pequena. Assim que o encontrei parei em frente a este e respirei fundo entrando logo de seguida e reparando numa criança inocente e com a cabeça com ligaduras e ligada a máquinas, uma delas com o barulho do seu coração. Mais lágrimas escorreram pela minha cara mas eu tentei ao máximo parar de chorar pois eu sei que quando se está inconsciente as pessoas sentem o que as que estão ao seu lado fazem ou estão a sentir também. Cheguei-me perto dela e agarrei na sua mãozinha frágil respirando fundo pois eu não podia chorar. – Olá bebé. – Limpei as lágrimas que ateimavam em cair. – O que é que se passou amor? Porque não acordas? – Fiz pequenas festas na sua mão. – Tens de acordar princesa, nós precisamos de ti aqui, ao pé de nós, eu preciso de ti ao pé de mim. – Funguei e pestanejei várias vezes para não chorar. – Por favor acorda bebé, tens de ser forte e voltar para nós. – Deitei a cabeça junto da sua mão. – Eu amo-te tando filha.

Austin POV

Cheguei ao hospital o mais rápido que consegui e encontrei logo Jade.

Eu: Como é que ela está?

Jade: Péssima, está muito mal e tu tens de a ajudar.

Eu: Ela odeia-me, já não me pode ver à frente.

Jade: Tu não podes é desistir Austin, agora vai ter com ela e apoia, ela precisa de ti mais que nunca.

Eu: Onde é que ela está?

Jade: Quarto 532, neste corredor, - Apontou para o corredor ao nosso lado, e é um dos quartos à direita. – Assenti e fui a correr, literalmente até ao quarto 532. Assim que lá cheguei estava Lauren agarrada à mão da nossa filha e sentada na sua beira mirando-a mas quando ouviu a porta do quarto a abrir virou-se deparando-se comigo.

Lauren: O que é que fazes aqui? – Levantou-se e eu aproximei-me da cama da minha pequena, mas fui impedido por a mãe dela.

Eu: Vim ver a minha filha.

Lauren: Ela não é tu filha Austin. – Falou rude.

Eu: Que eu saiba também ajudei a fazê-la.

Lauren: Mas tu sabes que o pai não é aquele que ajuda a fazer mas sim a educar, e tu não podes abandonar-nos por cinco anos e depois voltar dizendo que ainda me amas e que estás arrependido e no dia a seguir já desapareces por um mês e deixas-nos para trás novamente. – Falou chateada. – Eu pensei que estivesses realmente importado com a tua filha Austin, mas a verdade é que não passou de mais um teatro teu, não é?

Eu: Eu não faço teatro. – Eu já me estava a passar com esta conversa. – E eu estive a tratar de uns assuntos.

Lauren: Eu não quero saber das tuas cenas para nada, agora sai daqui e desaparece de uma vez por todas.

Eu: Eu não vou sair daqui sem estar com a Mel, também tenho esse direito.

Lauren: Já não.

Eu: Desculpa? Que eu saiba eu sou o pai, se não nos tivéssemos envolvido tu nunca tinhas tido essa criança. – Deu-me uma chapada.

Lauren: Tu és nojento.

XX: Mamã? – Olhei para a cama e vi a minha pequena acordada.

Lauren: Diz meu amor, estou aqui. – Foi em direção a ela.

Melodie: Mamã é verdade o que estavam a dizer? O Austin é o meu papá? – Engoli seco.

♠ I Wanna Go Back To You (IBWY Sequel) ♠Onde histórias criam vida. Descubra agora