♠ Capitulo 37 ♠

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Lauren POV

Acordei com imensas dores de cabeça, o que me fez fechar os olhos e levar a mão à testa gemendo de dor.

XX: Está tudo bem, é normal ter essas dores. – Ouvi uma voz grave e depois de a dor acalmar um pouco abri os olhos vendo um rapaz extremamente elegante, alto e moreno com olhos azuis, era realmente atraente. A minha boca abria-se e fechava mas nenhum som era projetado ou até mesmo palavras.

XX: O meu nome é Wen. – Sorriu-me. – Mas pode tratar-me por Dr. Jackson.

Eu: é você que está a tratar de mim?

Dr. Jackson: Sim, sou eu. – Olhou para as máquinas a que estava ligada. – Bem parece que está tudo normal consigo, apenas preciso de lhe fazer umas perguntas. – Falou e eu assenti. – Lembra-se do que aconteceu?

Eu: Mais ou menos. – Tentei lembrar-me e várias imagens vieram-me à cabeça. – Lembro-me que estava a sair de um edifício grande, não muito alto e que entrei no carro começando a conduzir, mas depois tudo ficou preto e só me lembro de acordar aqui. – Uma leve dor começou a atingir-me na cabeça e parecia que esta ia explodir.

Dr. Jackson: É normal que não se lembre bem, deu uma grande pancada no volante do seu carro. – Olhei-o assustada. – Mas não se preocupe que, o resultado dos exames que lhe fizemos não apresentou qualquer tipo de danos graves. – Suspirei de alívio. – Sabe o seu nome todo e quantos anos tem?

Eu: Chamo-me Lauren Marie Roberts e tenho 23 anos.

Dr. Jackson: Sabe o nome da sua mãe e do seu pai?

Eu: O meu pai está morto e sei que se chamava George e a minha mãe é Anne, e sei também que tenho uma irmã, a Jade. – O médico sorriu-me.

Dr. Jackson: Sabe onde vive?

Eu: Sim, vivo perto de uma mercearia e é um bairro muito movimentado.

Dr. Jackson: Sabe onde fica? – Assenti. – E sabe se tem namorado? Filhos? – Quando ele disse isto uma luz apoderou-se da minha visão mas não se via nada, apenas branco.

Eu: Não, acho que não. – Tentei lembrar-me de algo que pudesse afirmar a pergunta que o médico me fez mas nada me vinha à cabeça o que fez com que esta começasse a latejar devido ao esforço que estava a fazer. Vi o Dr. Jackson a escrever qualquer coisa na sua folha e depois olhou para mim sorrindo.

Dr. Jackson: Eu não a incomodo mais, tente descansar para ver se recupera mais rápido. – Assenti e sorri também. – Com licença. – Dito isto saiu do quarto e eu fechei os olhos novamente tentando voltar a adormecer.

Austin POV

Acordei com alguém a abanar-me e assim que esfreguei os olhos e a minha visão ficou nítida, reparei que estava todo dobrado e com a cabeça em cima da cama da Mel enquanto esta se encontra a dormir. Já se passaram cinco dias e eu ainda continuo aqui à espera que a minha filha recupere do trauma e a minha namorada acorde, será pedir muito?

XX: Bom dia Mr. Mahone. – Levantei-me da cadeira onde estava sentado anteriormente e ajeitei o cabelo pois devia de estar todo despenteado.

Eu: Bom dia doutor. – Demos um aperto de mão. – Já tem novidades da Lauren? – Ele assentiu.

Dr. Jackson: A Lauren teve uma ligeira amnésia, mas acredito que com o tempo ela recupere totalmente a memória.

Eu: Mas ela não se lembra de nada?

Dr. Jackson: Ela lembra-se da família, de onde vive, do seu nome e idade. Estas foram algumas das perguntas que eu lhe fiz e ela acertou na resposta.

Eu: E as outras?

Dr. Jackson: Eu preguntei-lhe se ela sabia se tinha namorado ou filhos e esta disse que achava que não.

Eu: E você não lhe disse que ela tinha um namorado e uma filha? E que também perdeu dois bebés por causa do acidente?

Dr. Jackson: Eu não lhe disse nada porque a Mrs. Roberts tinha acabado de acordar, não convém forçar o doente, tem de ser ele a lembrar-se das coisas.

Eu: Você não pode fazer isso! – Tentei não gritar porque a minha filha estava a dormir. – Ela tem o direito de saber que tem uma filha e um namorado que a amam mais que tudo, não nos pode tirá-la assim.

Dr. Jackson: Eu não estou a tirar ninguém de ninguém, apenas acho que ainda não é a altura ideal para a fazermos relembrar disso, deixe passar mais um tempo e veremos o que acontece. – Respirei fundo para me tentar acalmar, talvez ele tenha razão, se calhar é mesmo melhor esperar mais um tempo e não forçar nada.

Eu: tudo bem, mas assim que tiver novidades por favor avise-me.

Dr. Jackson: Eu irei, não se preocupe.

Eu: Posso ir vê-la?

Dr. Jackson: Lamento mas não posso correr o risco de a Mrs. Roberts ficar desconfortável a ver um homem desconhecido no seu quarto e depois terei de lhe explicar tudo o que, como disse antes, não é o mais aconselhável fazer, pelo menos por enquanto.

Eu: Claro, desculpe.

Dr. Jackson: Como tem estado a criança? – Apontou para a minha filha que ainda se encontrava a dormir muito serenamente.

Eu: Tem estado bem, as enfermeiras têm vindo muito aqui para observá-la e dizem que está tudo normal.

Dr. Jackson: E o acompanhamento do psicólogo, como tem corrido?

Eu: Eu penso que bem, pelo menos ainda não me vieram dizer o contrário.

Dr. Jackson: E ela vai de livre vontade ou tem quase que a obrigar?

Eu: No inicio ela ainda hesitava um pouco porque não sabia bem como é que as coisas funcionavam mas, ao fim de duas sessões já vai sem qualquer tipo de problema e diz que o médico é muito simpático.

Dr. Jackson: Ainda bem que assim é, normalmente as crianças não gostam de ir ao psicólogo porque dizem que é para malucos, mas o que não entendem é que ele serve de apoio.

Eu: É verdade mas felizmente que a Melodie está a ir bem.

Dr. Jackson: Se continuar assim acho que não vai ficar aqui por muito mais tempo.

Eu: Ainda bem, não gosto nada de a ver neste local, sem ofensa. – Ele riu-se ligeiramente.

Dr. Jackson: Não tem problema, eu percebo-o. – Meio que sorri para o homem. – Agora tenho de ir tratar de outros doentes por isso, com licença.

Eu: Obrigado, por estar a fazer isto pela minha namorada. – O homem sorriu-me.

Dr. Jackson: É o meu trabalho. – Abriu a porta e depois saiu.

♠ I Wanna Go Back To You (IBWY Sequel) ♠Onde histórias criam vida. Descubra agora