♠ I Wanna Go Back To You (IBWY Sequel) ♠

♠ Capitulo 38 ♠

Austin POV

Eu: E pronto, estás despachadinha. — Disse ao mesmo tempo que ajeitava a sua camisola e um pouco do seu cabelo.

Melodie: Papá?

Eu: Diz amor.

Melodie: Posso ir ver a mamã? — Fiquei a olhar para ela durante um tempo. Passaram-se dois dias e ainda não me vieram dar mais novidades acerca da Lauren, não me disseram se ela tinha recuperado a memória ou não, nem sequer falaram se os ferimentos que ela tinha já estavam curados, nada. Eu não sei se já a pudemos ir ver e cada vez que eu perguntava a uma enfermeira que vinha ver da Mel elas diziam que não sabiam e que iam perguntar ao médico, mas depois quando voltavam não traziam notícias nenhumas. Se ele voltou aqui ao quarto? Não, não voltou e quando ia perguntar por ele, elas diziam que ele foi transferido para outro hospital, mas isso faz sentido algum? Quando perguntava pela Lauren elas diziam que não podiam dar informações porque não era da família, e por mais que dissesse que era namorado e que tínhamos uma filha que a queria ver as rececionistas continuavam a negar e por isso nunca mais tive notícias sobre a minha menina.

Eu: Eu não sei amor, vou perguntar às enfermeiras mas se calhar a mamã ainda está a dormir, ainda é um pouco cedo. — Finalmente chegou o dia em que vou sair daqui, a Melodie teve alta ontem há noite mas, como já era tarde, deixei-a dormir e vamos embora hoje de manhã.

Melodie: Mas eu quero vê-la. — Implorou.

Eu: Está bem vou ver o que posso fazer. — Nisto ouve-se a porta a abrir e uma enfermeira a entrar. Ela tem vindo visitar muitas vezes a Melodie tanto que já se tratam como se conhecessem há anos. Ela é muito simpática e talvez saiba alguma coisa sobre a Lauren.

Valery (Enfermeira): Bom dia. — Sorriu-nos.

Melodie: Bom dia.

Eu: Bom dia.

Valery: Como está a nossa princesa? — Baixou-se de modo a ficar da mesma altura que a minha filha.

Melodie: Estou bem, e finalmente que vou para casa.

Valery: E dormiste bem? — Mel assentiu. — Ainda bem princesa posso só ouvir o teu coração? — A criança assentiu novamente e esta pegou nela ao colo sentando-a na cama, e depois de lhe retirar a camisola e colocar o estetoscópio como deve de ser começou a auscultá-la. — Está tudo, podes voltar a vestir a camisola. — Sorriu e como vi que a minha filha estava um pouco atrapalhada decidi ajudá-la. — Nós depois mandamos uma carta para vir a uma consulta daqui a um tempo. — Assenti e voltei a pôr Mel no chão.

Eu: Posso perguntar-lhe uma coisa? — A rapariga não muito velha nem muito nova, mais ou menos da minha idade assentiu. — Eu gostava de saber como está a minha namorada, mas ninguém me consegue dar informações, será que me podia ajudar?

Valery: Bem, a Mrs. Roberts teve alta.

Eu: A sério?

Valery: Sim, acho que saiu ontem a meio da tarde. — Encolheu os ombros. — Pensei que soubesse.

Eu: Não, por mais que perguntasse ninguém me dizia nada e eu já estava a começar a passar-me, estava mesmo preocupado. — Suspirei de alivio. — Mas obrigada pela informação.

Valery: De nada. — Sorriu-nos. — Vemo-nos quando ela vier à consulta, então. — Beijou a bochecha da Melodie e deu-me um aperto de mão. — Tenham um resto de bom dia. — Depois de nos sorrir saiu do quarto mas deixando a porta aberta por onde passámos segundos depois em direção à saída daquele edifício a que dão o nome de hospital.

Melodie: A mamã já está melhor? — Perguntou depois de arrancar com o carro.

Eu: Sim amor, por isso é que já saiu.

Melodie: E onde é que ela está agora?

Eu: Provavelmente em casa da avó, tenho a certeza que não queria ficar sozinha em casa.

Melodie: Então porque não me veio visitar?

Eu: Mel a mãe precisa de descansar, não pode fazer esforços nem andar sempre no hospital.

Melodie: Podemos ir vê-la?

Eu: Vou ligar à avó para saber, mas tem de ser mais logo porque elas agora devem de estar a dormir. — Dois minutos depois parei em frente à nossa casa e fui tirar Melodie do carro indo até à porta de entrada onde coloquei a chave e rodei a mesma de modo a abri-la. Entrámos e fomos até à sala onde coloquei a minha filha a ver desenhos animados enquanto eu fui ao seu quarto guardar alguma roupa que tínhamos levado para o hospital e de seguida dirigi-me ao meu onde olhei para a cama de casal no centro. Esta encontrava-se perfeitamente arranjada, sinal de que ninguém dormira lá nesta última semana. Sentei-me do lado que a minha namorada costuma deitar-se e passei a mão pelo lençol, sinto tanto a sua falta, onde é que ela estará? Peguei no telemóvel e decidi ligar para a Jade que quatro toques depois atendeu.

Jade: Sim?

Eu: Jade? Ainda bem que atendestes!

Jade: Olá Austin, aconteceu alguma coisa?

Eu: Bem, disseram-me que a Lauren teve alta ontem, porque não me disseste nada?

Jade: O médico disse para a afastarmos durante um tempo, por isso viemos passar uns dias fora.

Eu: E porque não me avisaste? Eu sou o seu namorado tenho o direito de saber como ela está ou onde está.

Jade: Ele disse que por enquanto era melhor ela estar apenas com quem se lembra e não forçar a nada.

Eu: Mas como é que querem que ela se lembre de nós se a estão a afastar? Ela tem de voltar para a sua vida normal, e isso é connosco!

Jade: Austin compreende que ela não se vai sentir bem a partilhar a mesma casa que um desconhecido que diz ser seu namorado.

Eu: Mas é verdade!

Jade: Eu percebo. — Suspirei. — Mas é melhor assim, deixa-a estar afastada durante um tempo, e lentamente vais-te aproximando dela para que esta se lembre.

Eu: Sim, tens razão. Mas podes dizer onde estão, por favor?

Jade: Estamos em Detroit.

Eu: O quê? Tão longe?  

Jade: Viemos visitar uma tia nossa.

Eu: E quando voltam?

Jade: Austin...

Eu: Só quero saber, acho que tenho esse direito não?

Jade: Daqui a dois dias, mais ou menos.

Eu: A Mel está só a perguntar pela mãe, o que devo fazer?

Jade: Diz que fomos de férias mas assim que voltarmos elas podem estar juntas.

Eu: Eu acho que isso não vai resultar, ela é uma menina inteligente e já percebeu que algo não está certo.

Jade: Vais ver que a Lauren recupera rápido, não a podes é pressionar, deixa as coisas irem.

Eu: Eu sei. — Suspirei. — Mas obrigado Jade, estou mais descansado agora.

Jade: De nada, vá beijinhos, liga amanhã se quiseres e eu digo-te como ela está.

Eu: Está bem, ligarei.

Jade: Adeus.

Eu: Adeus, cuida dela por mim.

Jade: Vou fazer isso, não te preocupes.

Eu: Até amanhã. — E desligou.