Capítulo XXXVI

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A noite prometia ser fria; Sakura retirava essa conclusão devido ao vento gelado que entrava por sua janela aberta

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A noite prometia ser fria; Sakura retirava essa conclusão devido ao vento gelado que entrava por sua janela aberta. A Haruno estava sentada no balcão de sua cozinha, enquanto observava algumas flores queimarem na pia. Aquelas não eram flores comuns, isso porque essas haviam sido enviadas por seu pai.

Sakura não queimava flores comuns.
Ela sempre dava para a primeira pessoa que visse na rua, ou no pior dos casos, simplesmente as jogava no lixo.
Porém, aquelas não

Não que Sakura desdenhasse das flores dadas por seu pai, mas ela o conhecia o suficiente para saber que aquele tipo de presente vindo de Kizashi, nunca era de graça ou por simples prazer de a agradar. Se a Haruno fosse uma mulher supersticiosa, poderia até acreditar que aquele buquê de rosas estava vindo repleto de sentimentos ruins e más intenções. A médica abaixou a cabeça e sorriu, balançando a mesma e levando as mãos até as têmporas, onde massageou suspirando com pesar.

Em um único impulso, a Haruno desceu do balcão e apagou o fogo com a jarra de água que tinha ao seu lado. Sakura estava com uma calça preta e um batom vermelho. Após ter chegado em casa naquela manhã, exausta devido o duro plantão ao qual enfrentou na noite passada, a médica acabou dormindo o dia inteiro para recuperar as forças, e agora, estava arrumada para sair.

Sakura não havia planejado nada, e nem sabia para aonde iria. Apenas tinha certeza que não queria ficar ali, trancada naquele apartamento silencioso enquanto pensava no que não devia. A Haruno ainda estava espantada com o que houve naquela manhã, ela havia estado à poucos metros do Kakashi com outra mulher, e sentido ciúmes por vê-lo ao lado de outra, sendo que, os dois nem se pertenciam de verdade.

E mesmo sendo algo bastante confuso para a ninja médica, aquilo não deixava de ser irônico. Ela havia passado muito tempo querendo sentir, e agora estava se corroendo de ciúmes de Kakashi, que por algum motivo, havia sido o único homem que fez seu coração bater forte desde a sua triste história com Sasuke Uchiha. Era algo tão repentino, que para Sakura, chegava a ser assustador.

****

Sakura estava certa quando previu que a noite seria mais fria do que o normal. A Haruno agora andava pelas ruas de Konoha, com os braços cruzados, tremendo de frio. Talvez sair em uma noite tão fria quanto aquela fosse um erro, e a rosada estava reconsiderando a ideia de voltar para casa.

Todavia, ao virar uma esquina, Sakura se deparou com Karin e Tenten à poucos metros sentadas a uma mesa de bar, em um estabelecimento um pouco afastado dos que ela costumava frequentar e que ela nunca esteve antes. As outras duas Kunoichis riam descontraídas, coradas, aparentando estarem já sobre o efeito de bebida alcoólica.

Sakura se aproximou da mesa, atraindo a atenção de Karin, e logo depois Tenten que sorriu com simpatia.

— Sakura! Quanta coincidência. — a morena sorriu — O que faz por aqui? — estava mais alegre que o normal.

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