Capítulo LII

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— Onde está a Mebuki? — Perguntou Kizashi depois de um tempo, falava com dificuldade

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— Onde está a Mebuki? — Perguntou Kizashi depois de um tempo, falava com dificuldade.

Sakura que estava infundindo chakra em seu tórax para ajudá-lo a respirar melhor, olhou para Kizashi. Temia dizer ao pai o estado de tristeza ao qual ela se encontrava, o homem parecia alheio a tudo o que estava acontecendo com ele mesmo. A Haruno desejou não ter que passar por aquilo.

A ninja médica fechou os olhos e respirou fundo.

— Acredito que ela esteja lá embaixo. — disse em tom baixo.

De repente, Kizashi piscou como estivesse se dando conta de algo. O homem encarou a filha.

— Você poderia chamá-la, querida?

Sakura mordeu os lábios e assentiu resignada.

Todavia, quando a Haruno virou-se para sair do quarto e atender o pedido do seu pai, se deparou com Mebuki parada na porta. A mulher estava abraçada ao próprio corpo e fitava Kizashi fixamente. Sakura não sabia a quanto tempo ela estava lá, mas por sua expressão, já vinha observando o seu marido por algum tempo.

Quando a viu, Kizashi sorriu. Sakura observou o brilho triste em seus olhos e desejou não ter que os ver. Nunca foi segredo para a Haruno a intensidade do sentimento que seus pais sentiam um pelo outro, e ver aquela tristeza toda nos olhos de ambos era, de alguma forma, devastador para ela.

— Sakura… — falou a mais velha com a voz entre cortada — Você poderia deixar o seu pai e eu, a sós?

— Claro. — disse condescendente.

Em silêncio, Sakura saiu do quarto e fechou a porta devagar.

Mebuki se aproximou da cama.

— Você não pode me deixar sozinha. — Mebuki disse assim que ouviu os passos de Sakura pelo corredor. Ela provavelmente estava descendo as escadas agora.

Kizashi abaixou a cabeça.

— Mebuki… — falou com a voz embargada — Não torne as coisas mais difíceis do que já são. Eu não quero ir, mas temo que não haja jeito mais.

Lágrimas escorreram do rosto da mulher.

— Eu não quero viver em um mundo sem você.

O Haruno não resistiu, também acabou chorando. Não queria encarar a esposa.

— Mas deve… — limpou a lágrima que escorriam contra a sua vontade — Pela Sakura. Por mim.

Soltando um soluço alto, Mebuki sentou na cama e levou as duas mãos até o rosto, chorando copiosamente. Hesitante, o homem levou uma mão até seu ombro e apertou, como quem queria deixar claro que ainda estava lá. Porém, a mulher continuou chorando. Esquecendo de sua presença.

— Eu não consigo ser mãe dela. — olhou para o marido — E por Kami… Sei que pagarei por cada um das coisas terríveis que fiz. — soluçou — Então não me peça para ser forte por ela. Não me peça para ser mãe agora… Eu não consigo.

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