História Mal Contada

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Dia 10/02

10:00

Já haviam se passado alguns dias desde que aquele turbilhão de coisas aconteceram com a perolada.
Por incrível que pareça, tudo estava caminhando bem. Não estavam tendo brigas que pudessem tirar a Hyuuga do sério depois que a notícia das coisas que Madara fizera se espalhou pelos detentos.
A maioria dos homens não tinham nada contra Hinata. Sempre viam que as coisas pareciam girar em torno dela, mas a mulher sempre acabava se machucando.
Sempre que podia, ela evitava conversar com pessoas aleatórias para que não acabasse se metendo em mais confusões.
A ferida próxima ao ombro dela já estava cicatrizando graças aos cuidados que recebeu de Kakashi, que pouco se importava com a regra de não poder receber a visita da Hyuuga na enfermaria.

Hinata: Pain-san...– a Hyuuga estava deitada na sua cama enquanto seguia os conselhos do médico para repousar.

Para a infelicidade de Hinata, Minato não havia conseguido mudar de cela graças a insistência de Sakata. Mesmo assim, o Namikaze não desistira de continuar tentando transferi-la.
Durante aquele curto tempo, Hinata começou a trocar curtas conversas com Pain, que já havia se acostumado com a presença daquela mulher em seu dia a dia.

Pain: O que foi?– estava deitado na cama de cima.

Hinata: Por que você não pede para trocar de cela? Assim Obito-kun pode vir no seu lugar.– o ruivo soltou uma risada.

Pain: Você acha mesmo que Obito consegue lhe  proteger de Sasuke?

Hinata: Garanto que ele me protegeria melhor que você.– novamente o ouviu rir.

Pain: Acho que você não sabe bem o que bota pra fora dessa sua boca.– se sentou e alongou os braços em seguida.

Hinata: Onde vai?

Pain: Para algum lugar.– começou a descer as escadas.

Hinata: É melhor.– deu aos ombros.

Pain: Cheguei.– falou enquanto se sentava ao lado dela.

Hinata: O-O quê?– bufou.

Pain: Não gosto de falar sem manter um contato visual contigo.– ela revirou os olhos.

Hinata: Se Tobirama-san lhe ver tão perto de mim...– não sabia ao certo o que dizer para afasta-lo, nada amedrontava aquele homem tão vazio.

Pain: Eu não tenho medo de ninguém, garota.– continuou no mesmo lugar.

Hinata: Você nunca deve ter visto ele bravo.– desafiou.

Pain: E eu? Já me viu bravo?– ela negou com a cabeça– É provável que ele tenha medo de mim.

Hinata: Eu pagaria para lhe ver levando uma surra.– riu.

Pain: Quanto ódio de uma pessoa que salvou vocês dois.– começou a tirar a camiseta.

Hinata: O-O que você pensa que está fazendo?!– arregalou os olhos.

Pain: Irei trocar de roupa pois essa está furada, algum problema com isso?– ela assentiu.

Hinata: Faça isso no vestiário.– olhava para cima.

Pain: Muito longe.– percebeu que ela estava vermelha– Não sabia que era tão tímida.

Hinata: Não é timidez.– batia os dedos no colchão– Você começou a tirar a roupa do nada e...

Pain: Acho que eu iria fazer alguma coisa?– arqueou uma sobrancelha.

Hinata: Eu não sei.– ele ficou levemente indignado– Não confio em você.

Pain: Se não confiasse, não dormiria tão pesado nessas últimas noites.

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