Dia 11/01
17:00
Hinata estava sentada na beliche de Itachi enquanto o ajudava com os ferimentos em suas costas. Mesmo passando o antisséptico nos cortes que tinham em sua pele, Itachi não parecia sentir dor, ele apenas segurava o riso por sentir que as mãos da mulher estavam trêmulas por conta de timidez.
O Uchiha sabia que não podia se apegar a ela já que a mesma iria ser transferida para outra prisão mais tarde. Ele suspirou, estava começando a gostar um pouco da presença dela ao seu lado, era uma boa companheira.
Enquanto terminava de tratar os machucados, Hinata se perguntava mentalmente se estava parecendo uma completa idiota por se sentir tão nervosa ao vê-lo sem camisa. Ela nem conseguia focar direito no que estava fazendo, sentia seu rosto pegar fogo.Itachi: Por que está tão nervosa?– se virou ao ver que ela ja tinha terminado a parte das costas.
Hinata: P-Por que eu estaria?– disfarçou.
Itachi: Talvez seja porque nunca tocou em um homem antes?– sugeriu, mas logo soltou uma risada descartando a hipótese– Acho que exagerei.
Hinata: V-Você...– disse de forma fraca por conta da vergonha–...Não exagerou.
Itachi: O quê?!– arqueou as sobrancelhas surpreso.
Hinata: Deixa pra lá!– falou antes de colocar o frasco de antisséptico na cama e se levantar em seguida.
Itachi: Para onde vai?– disse depois de vestir a parte de cima do uniforme.
Hinata: As celas são muito quentes, acho que vou para a biblioteca.– prendeu o cabelo em um coque frouxo.
Itachi: Quer companhia? É arriscado ficar sozinha.– se levantou.
Hinata: Eu estou com a sua "arma".– tirou do bolso a mesma escova de dente da qual havia ameaçado furar Tobirama.– Eu peguei quando ele saiu da lavanderia.
Itachi: Tudo bem...– suspirou– Qualquer coisa estarei aqui.– Ela assentiu, mas antes que pudesse sair da cela, o Uchiha lhe chamou– Hinata, evite falar com Sasuke caso encontre-o, certo? Não ouça nada do que ele lhe falar.
Hinata: T-Tudo bem.– falou antes de seguir de volta para a biblioteca que ficava bem próxima de sua cela.
A Hyuuga imaginou que ler poderia ser uma ótima maneira para passar seu tempo até que anoitecesse. Uma das coisas que mais gostava de fazer era ler livros de receitas quando tinha em torno de 16 anos de idade. Amava as receitas de sua falecida avó, talvez seja por conta daquilo que teve o sonho de ir para a faculdade de gastronomia. As lembranças que tinha ao lado de sua avó eram simplesmente incríveis, sentia saudades dos momentos que passara ao lado dela.
Enquanto andava com um sorriso nostálgico no rosto, acabou lembrando de quando fez o primeiro bolo da casa dos avós. Tudo havia dado errado naquela receita, parecia que o bolo se tornava radioativo de tão mal feito que se tornara.
Assim que entrou na biblioteca e pegou um livro aleatório da estante, Hinata se sentou em uma mesa que estava no canto do local e resolveu focar toda sua atenção naquilo. Sem se importar com os falatórios dos homens que estavam perto....
Sakura andava pelos corredores da penitenciária em direção do vestiário das carcereiras. Ela estava um tanto irritada por conta de bronca que havia levado de Madara por ter agredido Tenten, mas sabia que se pudesse faria mil vezes aquilo de novo.
Mesmo estando um pouco irritada, quando pensava naquela jovem mulher que provavelmente estava na cela 12, acabava ficando um pouco mais tranquila. Hinata tinha um olhar, um sorriso, um jeito tão calmo que acabava tranquilizando aqueles que pensavam nela. A Haruno ficava completamente desconcertada ao lembrar da cena que aconteceu nos chuveiros dos detentos.
Assim que entrou no vestiário, Sakura entrou na segunda cabine e tirou seu celular do bolso para que pudesse fazer uma chamada sem que a vissem. A mesma digitava o número de forma hesitante, estava completamente nervosa em saber se fazia aquilo ou não.
Em um longo suspiro, Sakura tentou parecer decidida e logo colocou o celular ao lado da orelha esperando ouvir ao voz da pessoa da qual havia ligado, mas tudo o que pôde ouvir foi a caixa postal dizendo para gravar um recado.
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Fantoche
FanficComo pode uma pessoa ter que pagar após fazer justiça com as próprias mãos? Essa é a pergunta que Hinata fazia-se enquanto era levada por uma viatura até a penitenciária de assassinos mais perigosos da região. ~Terminada~