—Dá para parar, por favor? Acho melhor avisar seus companheiros para pararem também. Se não, vocês se verão comigo e seus pais. Pirralho! -Diz Margaret soltando o menino.
O mesmo, sai correndo chorando. Laís vê tudo e automaticamente, muda suas expressões faciais olhando fixamente para mãe com cara de desprezo. A Senhorita Dragão percebe os olhares da filha e logo vai até a garota que estava em um canto do restaurante.
—O quê foi, meu amor? -Diz Margaret para Laís.
—Meu amor? Você me ama mesmo?
—Mas é claro! Por que está perguntando isso?
—Você não me ama não. Você é realmente um monstro! O tal "Dragão" que ouvi minha vida inteira sem entender o porquê desse apelido. Monstros não tem coração.
—E por que eu sou um monstro? -Diz Margaret sem sequer alteração na voz. Ela pouco entendia o que estava havendo ali.
—Você não sabe por que você é um monstro?
—Não, não sei. Por que sou um monstro?
—O que você fez com o meu amigo... o pegou pela roupa. O assustou e além disso, chamou ele de pirralho! Eu sou uma pirralha para você? Você me abandonou. E quando surgi, você me tratava como um "grande nada" para você! Você é a pior, a pior mãe que possa existir! Eu sou uma pirralha?
—Você não é uma pirralha. E em relação ao seu amigo, não viu o que ele estava fazendo? Estava me atropelando. Como se não estivesse ali. E eu suportei ao máximo mas a minha paciência acabou. Eu sou mais velha e mereço respeito. E só pra saber, eu não machuquei o garoto nem nada apenas, pedi para que parasse.
—Mas você assustou ele, Dragão! Você é um monstro! Você não é nada doce...-ela é interrompida.
—E você quer que eu não seja eu mesma? Você quer que eu seja igual as suas tias? -Agora o tom de voz de Margaret começa a mudar assim como suas expressões.
—É! Igual as minhas tias! E mesmo assim não vai chegar aos pés delas já que agora eu já tenho a fama de "mini dragão"!
—E você não quer ser parecida comigo? Quer dizer, eu e você temos o mesmo sangue, você é minha filha...-ela é interrompida.
—Claro que não! É óbvio que não quero ser parecida com o Dragão. Com um monstro! Eu quero é distância de você! Não quero um quarto na sua casa, não quero ficar com você! O Dragão, esses anos todos, nem para visitar sua filha! Você me abandonou! Você nem liga pra mim, se quer saber! Você é a pior mãe que possa existir no planeta! Ou até melhor, no Universo! Eu não queria ser a sua filha! Por que você tem que ser minha mãe! -Margaret permanecia calma porém com os olhos aguados.Silêncio.
—Eu sinto muito. Sinto muito por ter que ser minha filha. Poxa... eu sou a pior mãe do mundo. Eu achei que estava fazendo certo dessa vez. Pensei que estava agindo como uma boa mãe. Mas algo é certo... eu nunca vou chegar aos pés das suas tias. Eu não sou elas. E se pensa que, dentro desses 5 anos, nunca pensei em você, está enganada. Eu... bom, não importa. Não importa o que eu faça, nunca serei boa o suficiente. Só lembre dos últimos 15 dias... esquece. Eu sou uma péssima mãe. Eu vou avisar ao seu pai que eu não posso mais ficar com você. Para você não ficar com a impressão feia. E... -ela é interrompida.
—Vai embora!
—E... esquece que eu existo. Finja que nunca me conheceu. Eu sou apenas Margaret para você e as suas tias, são a sua mãe. Eu poderia bater em você mas eu não vou. Mesmo que você me deva respeito. Adeus, Laís.
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The Tate-Paxton.
FanfictionHistória baseada no filme A Proposta (2009). Casamento forjado, ataque do coração, imigração... É isso mesmo! Após este grande pacote de emoções, Andrew e Margaret se casam!