The Tate-Paxton.

Capítulo 32.-"Machão!"

—Onde a Margaret está?
—Está no quarto vovó... Por que?
—Por nada meu filho.... Por nada! -Diz a Vovó rindo e dando mini tapinhas no rosto dele.

A Vovó Annie, como sempre foi muito curiosa e excêntrica, sobe em direção ao quarto dos pombinhos. A porta estava um pouquinho aberta e, então resolve entrar onde a Senhorita Tate retocava sua maquiagem.

—Vovó! Meu Deus! que susto! -Diz Margaret assustada.
—Oi querida! Perdoe-me por entrar sem bater antes... ora a porta estava um pouquinho aberta então...
—Imagina Vovó!
—Não está gostando da festa? Procurei você por todos os cantos até perguntar para o meu neto onde sua donzela estava!

—Eu estou gostando sim, Vovó.
—Mesmo? Faz tempo que a Senhorita não está mais por lá...
—Mesmo, Annie. Eu só vim tomar um ar... quer dizer, é muita gente! Entretanto, aproveitei para retocar a maquiagem, sabe?
—Sei... coisas de mulher! E você está tão deslumbrante nesse vestido, querida!

—Obrigada, Vovó!
—De qual marca é? É visível que é de grife!
—É um Yeves Saint-Laurent... ganhei do Andrew...
—Oooh! Meu neto tem tão bom gosto, não é mesmo?
—Sim... é verdade!

—Mas... então conta para a Vovó... está de quantos meses?

—O quê?! Do que você está falando, Annie? -Diz Margaret espantada.

—Do bebê ora! Sou uma velha, mas eu sei de tudo, minha jovem! Seus peitos estão inchados, você subiu e ficou quieta aqui, Andrew que carregou as suas coisas... o que mais deduziria?

—Uau, Vovó... A Senhora é boa mesmo... tem uns olhos de águia, não é mesmo? -Diz ela irônica encarando a Vovó.
[...]

Já era de noite. Andrew e Margaret estavam em seu quarto. Andrew escovava os dentes e a Senhorita Tate arrumava a cama.

—Andrew... é... tem uma coisa que você deve saber... eu estou esperando um bebê. -Diz ela fechando as cortinas sem olhar para ele.

Já Andrew ao ouvir o dito, totalmente espantado, logo cospe na pia.

—Meu Deus! Por que você não me contou, Margaret? Quer dizer... desde quando sabe?
—1 semana... foi o resultado do exame...
—Por que você não me contou, Margaret?! Hein?! Eu não merecia saber desde o começo? -Diz ele um pouco exaltado.

—Pra começar... machão! Por que você está exaltado? Huh? Eu não te contei logo do princípio porque eu não sabia como! Ok? Eu, muito possivelmente, não vou te dar um filho saudável! O filho que você sempre quis e que tanto encheu a minha paciência! Ok? Além das chances mais extremas de eu morrer no parto, eu posso perder o bebê a qualquer momento, ele pode nascer com deformação, síndromes e vários outros problemas! Foi por isso, machão, que eu não te contei desde o início! E quer saber? Como você nunca percebeu nessa semana? -Diz ela também um pouco exaltada.

—Pra começar, Dragão, você não quer esse filho? Não a obriguei em tê-lo! Lembra? E segundo, eu não desconfiei porque era algo que a minha mulher deveria me contar!

—Só para lembrá-lo, eu nunca disse que não queria. E engraçado né? A sua avó que me vê uma vez a cada 3 meses percebeu. Achei até engraçado, inclusive. Ela me disse que como os meus seios estavam inchados eu estava esperando um filho. E você, que vive 24 horas por dia, 7 dias da semana comigo não foi capaz de notar. -Diz ela bem calma e serena.

—Isso é coisa de mulher, Margaret! 

—E essa é a resposta que você me dá? Poxa... eu nunca achei que não fosse possível você notar só porque sou mulher! Então quer dizer que se tivermos uma filha, e ela está diferente, possivelmente com algo incomum, você não percebe porque ela é mulher? Entendi tudo agora. Quer saber, Drew? Eu não achei que essa seria a sua reação. Quer dizer... eu posso morrer dando a luz ao seu filho e bom... não importa mesmo não é? Boa noite para você.