The Tate-Paxton.

Capítulo 25.-"Pianinho!"

A garotinha permanece quieta. Só olhava a mãe grifar coisas e dando ao seu assistente.

—O que você ainda está fazendo aqui, Praguinha? Você não vai ligar para o seu pai? Se não for de sua própria vontade eu mesma ligarei. -Diz Margaret olhando para a Laís.
—Me desculpa! -Diz Laís.
—Está desculpada, ora! Lembra? Desde uma semana atrás nossa relação é entre uma adulta e uma criança qualquer. Eu sou Senhorita Tate para você. E você é uma miserável criança para mim. Com isso, não me lembro de algum conflito entre nós. Agora você vai fazer o favor de ligar para o seu pai e pedi-lo que a busque. Vai! Em situações realmente comuns -entre aspas- chamaria os seguranças para levá-la e aí procurar os seus responsáveis, mas como bem conheço seus responsáveis não será necessário. Ou será? -Diz Margaret sussurrando no ouvido da pequena.

A menina olhava tudo em volta com os olhinhos aguados. Ela estava "pianinho". Já Margaret, continuava o seu trabalho.

—Desculpa, mamãe...-ela é interrompida.
—É Margaret para você.

—Mas a Margaret não é a minha mamãe? Eu vim pedir desculpa para ela. Eu tô extremamente arrependida do que eu disse para ela. A Margaret minha mamãe está aí?

—Aquela Margaret morreu. Ou então, se não morreu, está de coma. Sabe o que é coma garota? Coma é quando aquela pessoa está à beira da morte. Ela não respira mais sem a ajuda de aparelhos e permanece em um sono profundo de dias, meses, ou ela pode nunca mais acordar. Então, já era! Aquela Margaret levou muitas facadas. Coitada! -Diz Margaret rindo num tom sombrio.

A garotinha permanece imóvel assustada. Todos olhavam indiretamente para a cena.

—Agora... você não vai ligar para o seu pai? Não queira que eu ligue. Até agora você tá lidando com a Senhorita Dragão original. Não queira lidar com a Margaret melhor mãe do universo.

Laís ainda permanecia "pianinho" e não parava de olhar para a mãe.

—Ué! Você não vai falar algo? Você tem uma língua tão grande! O gato comeu a sua língua? Você não vai mexer essa mão, pegar o seu celular e ligar para o seu pai? [...] Não? Tá bom! James, cota esses itens grifados e insista no prazo de entrega. E remaneje todas as minhas reuniões de hoje para amanhã.
—Oki doki, chefe! -Diz James, o assistente.
—Obrigada!

Margaret sai do lado de James e no caminho à sua sala pega o seu celular. Laís corre atrás da mãe, que andava rápido, gritando e chorando:

—Não! Não liga! Não liga por favor! Não liga mamãe! -Diz a menina.
—Cala a boca! -Grita Margaret.

Todos do escritório-
Ooooh!

Entrando em sua sala-
—O que essa garota está fazendo aqui?! —Sai daqui! (Diz Margaret para Laís)— Eu já paguei deste mês. Eu te disse que não podia ficar com a praguinha! Eu já disse que abortei a guarda compartilhada!
—Mar Mar, se acalma! Eu não sei o que aconteceu entre você e a nossa filha, mas ela veio aí pedir desculpa para você.
—Eu não quero as desculpas dela! Eu não sou a mãe dela! A sua irmã que é a mãe dela então, a trouxe no lugar errado, meu querido!
—Claro que é você! E eu a trouxe no lugar certo.
—Não foi o que ela me disse há uma semana. Ela me disse várias coisas, que não importam agora, mas ela me disse que queria que a mãe dela fosse a tia dela. Então está feito. Não me quer como mãe, é o que terá. Esquece os 9 meses e esquece o "Tate" no nome dela. Ok? Eu quero que venha buscar a sua filha. Eu tô extremamente atarefada e com uma dor de cabeça do cão então venha buscá-la. Se não, eu a ponho no carro com o meu motorista. -Diz Margaret já mais calma enxugando umas lágrimas que escorriam.

A pequena estava sentada de frente para a porta, que era de vidro, olhando sua mãe.