ETHAN

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— Kat, o que acha de... — interrompo a frase no meio quando entro na sala do meu avô e a encontro com a bunda para cima. Sua saia é rodada e tão leve que ela corre risco de subir até mesmo se uma brisa soprar.

Honestamente não sei como estou conseguindo lidar com a Kate. Ela é realmente uma demônia. Achei que como amigos as coisas iriam melhorar, mas não aconteceu. Me enganei terrivelmente, as coisas só complicaram e estão em um nível quase insuportável. E o pior de tudo é que eu agora não consigo me afastar. Me pego ansioso feito um maricas de merda só para o nosso horário de almoço, ou para as visitas já que ultimamente minha diversão número um é ir até seu apartamento para fazer absolutamente nada.

Katherine Backham se tornou a porra do meu ponto fraco e eu não consigo me afastar ou evitar de me preocupar e cuidar dela. Sim, eu cuido dela mais do que deveria, eu que era o cara das bocetas, agora sou um verdadeiro capacho. Me acostumei com seu jeito desbocado, sua risada, sua provocação e até mesmo a forma estranha dela comer comida japonesa. Kate me leva ao limite, mas ao mesmo tempo me acalma. Ao seu lado eu não sinto as horas passarem, ela me distrai como ninguém. E eu achei mesmo que depois de um tempo iria conseguir voltar a minha rotina normal, óbvio que não aconteceu.

Me apeguei com a personalidade da minha demônia e sua ousadia desmedida. Sinceramente não sei como estou conseguindo resistir às suas investidas. Estou sendo tentado de formas inimagináveis. Mas me mantenho firme. Não quero tornar mais íntimo o que quer que seja essa relação estranha. A minha intenção inicial foi nos tratarmos apenas como amigos e é isso que está acontecendo.. bom, salvos nos momentos que Kate me provoca tanto que eu simplesmente me deixo levar. Ainda assim, não transamos. Exatamente pasmem, eu não fiz sexo nesse período e me sinto horrível. Meu pau simplesmente decidiu sozinho que não vai subir para nenhuma outra mulher. A maldita Katherine ocupa todos os meus pensamentos. E seis meses sem sexo para um cara feito eu parecem seis anos, é a porra de uma tortura, e eu estou literalmente subindo pelas malditas paredes.

— Oi Ethanzinho... — ela olha por sobre o ombro e volta a mexer na gaveta. Kate sabe que eu odeio quando ela me chama assim, mas nessa posição qualquer coisa que ela falar vai soar sexy pra caramba.

— Está procurando alguma coisa? — questiono sem conseguir desviar os olhos do seu traseiro empinado e sinto meu pau começar dar sinal de vida.

— Eu estava, mas não estou achando. — resmunga se chacoalhando um pouquinho e engulo em seco, mas acabo soltando um palavrão e ela da risada.

Demônia.

— Porque não vamos almoçar, depois você procura. — sugiro e ela levanta.

— Estou morrendo de fome. Tem problema se o Colin for com a gente... ele reclamou, faz tempo que não nos falamos direito. — caminha até mim.

— Diz para ele que você tem dono. — resmungo.

— Tenho? Achei que éramos amigos. — suas sobrancelhas arqueiam-se.

— Sim, eu sou seu amigo, você não precisa de outros. — sorrio de lado.

— Acredito que no seu mundo imaginário isso de certo, mas na realidade eu vou ter quantos amigos eu quiser.

Claro que com a nossa aproximação Colin foi obrigado a se distanciar. O que é ótimo. Bom, as vezes eu não consigo evitar que ele suba para ajudá-la já que as redes sociais da oficina estão exigindo muita atenção da Kate e isso piorou muito no último mês já que avô decidiu finalmente abrir uma concessionária em parceria com a BMW e já até iniciou as obras. Obras estas que estão deixando todos malucos. O resultado é que tem muito trabalho acumulado na oficina e pouco mecânico. Ainda sim, não me agrada que o modelo mauricinho fique o dia todo ao lado da minha demônia.

Tentação InesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora