Shattered Ice

AGRADECIMENTOS

Se você chegou até aqui, então você é um dos dois casos:

1) Acredita em destino como Alec.
2) Não acredita em destino, mas deu uma chance para, como Safira.

Seja lá qual for o motivo que o levou a ler Shattered Ice até o final, sou grata de qualquer forma.

Escrever essas palavras está sendo mais difícil do que escrever o livro em si, e acredito que seja porque eu nunca pensei muito que esse momento chegaria. Quando comecei a escrever esse livro, não pensava direito na possibilidade de levá-lo até o final, mas pensava muito sobre se eu conseguiria escrevê-lo até o fim. Isso porque já escrevi rascunhos e mais rascunhos de histórias, mas nunca levei-as até o fim, apenas meus poemas. E foi com Shattered Ice que descobri o quanto me identifico com o ato da escrita, o nível de paixão que sinto ao entrar em minha própria bolha de introspeção do mundo e dar vozes e vida aos personagens constantemente.

Este livro se tornou a minha constante, assim como o gelo era a de Safira. Se tornou uma parte tão especial da minha vida e de meu desenvolvimento, que sinto como se uma parte de mim estivesse indo junto com o livro. Tanta coisa aconteceu nos oito meses que passei escrevendo, dificuldades, mudanças... Mas fiz desse livro uma de minhas prioridades. Prometi a mim mesma que iria continuar atualizando constantemente e que não iria abandoná-lo. Tive momentos em que passei alguns dias bloqueada, sem conseguir escrever uma frase sequer, e em outros, escrevi um capítulo em apenas um dia. A escrita é totalmente conectada ao seu emocional, ao que está dentro de você. Ela é inconstante, mas muito íntima.

Eu me cobrei demais durante esse processo porque queria transmitir algumas coisas primordiais, e usei uma técnica que aprendi em um curso chamada "Fluxo de Consciência", introduzida no Brasil por Clarice Lispector. Basicamente, nós tentamos transcrever de maneira crua o complexo processo de pensamento dos personagens. Tentamos dar palavras para a associação de ideias em suas mentes, e isso explica a falta de acentuação em algumas partes, palavras juntas, em itálico e espaçadas. Isso foi utilizado nos momentos mais exasperantes dos personagens, e ao longo do livro, acaba diminuindo, pouco a pouco. Porque assim como esse fluxo caótico vai diminuindo, os personagens vão se curando. A acho fascinante e é a maneira que encontrei para auxiliar-me a expor essa intensidade emocional nas palavras, principalmente no amor, que não poderia ser menos caótico. Essa é a emoção que está sempre rodeada de fluxos, impossível de ser contida.

Sou completamente apaixonada pela patinação, é o meu esporte preferido e um de meus hobbies. Por isso, não havia temática melhor para o meu primeiro livro do que esta. É tão mágico quanto Safira e Alec fazem parecer.

Primeiramente, queria que os leitores conseguissem sentir a química e a intensidade da conexão entre Safira e Alec, a maneira como o amor deles realmente ultrapassa uma barreira que costuma nos limitar quando decidimos perseguir algo: o tempo. E isso me leva a segunda coisa, a vida. Esse livro foi escrito durante o final do ano de 2020, até a metade de 2021, ou seja, durante a pandemia do coronavírus. E eu sempre tive um objetivo claro desde o início, uma mensagem que gostaria de transmitir ao longo dos capítulos, mas isso acabou intensificando-se durante um dia muito ruim que tive. Claro que durante esses tempos difíceis que estamos enfrentando, temos vários desses dias, e está tudo bem. Porém neste dia em especial, foi um dia que encontrei muita dificuldade para enxergar esperança no mundo, na situação que estava enfrentando. Não consegui enxergar possibilidades, mas tive um grande anseio de viver. Todos nós provavelmente tivemos um momento durante isso tudo em que repensamos na maneira como estávamos levando à vida. Se estávamos aproveitando da maneira que deveríamos ou não. E eu percebi que eu não estava.

Estava levando a vida da mesma forma que Safira: com dificuldade de pular para novos desafios, colocando limitações invisíveis em meu próprio caminho e não me permitindo. E cheguei a conclusão de que o mundo é vasto demais e o tempo é incerto, mas ele não para. Então a maior mensagem por trás desse livro é aproveitar a vida ao máximo. Eu queria dar um sopro de esperança a vocês em um momento tão angustiante.