Capítulo 20 :

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Carla se surpreendia sempre com o quanto Arthur era esforçado e responsável, e isso a deixava um pouco mal, pois ela não fazia nada. Ajudava muito a ele, o incentivava e algumas vezes podia notar o quanto Arthur estava cansado. Havia dias que ele mal ficava com ela, pois estava com sono. Ela não reclamava, sentia saudades, mas entendia que ele precisava descansar, já que tinha um ritmo de vida agitado.

Em um domingo, depois de algumas semanas que estavam ficando, Carla resolveu ir até a casa dele durante a tarde. Dani estava na pequena varanda e sorriu ao vê-la chegar.

Carla: Oi, Dani. —  sorriu —  Tudo bem?

Dani: Tudo sim. —  disse e sorriu.

Carla:  Seu irmão está em casa? — olhou para a porta 

Dani: Tá sim! Entra lá!

Carla: Obrigada! — Ela sorriu simpática

Carla entrou devagar pela cozinha e viu Beatriz no fogão e Arthur sentado à mesa, com os livros abertos em cima dele e dormindo por cima deles. Um dos braços estava em cima da mesa e a cabeça apoiada nele. Parecia dormir profundamente. Nem mesmo o óculos ele havia tirado. O vira poucas vezes usando ele, já que só colocava para leitura. Beatriz percebeu a presença dela e sorriu.

Beatriz: Olá Carla, boa tarde! — cumprimentou-a — Pode entrar! Arthur está dormindo em cima da mesa faz quase meia hora. — explicou — Eu não quis acordá-lo, pois sei que ele não vai querer ir para a cama, vai voltar a estudar e acho que ele precisa descansar um pouco.

Carla: Tem razão. — disse aproximando-se dele — Arthur anda muito cansado.

Beatriz: Sabe que pode ficar aqui esperando ele acordar, ou você mesma pode acordá-lo. Acho que ele não vai se incomodar de ser acordado por você. — sorriu.

Carla: Eu vou deixá-lo dormir mais um pouquinho, mas vou tentar tirar os óculos dele, deve estar machucando.

Arthur: Carla. — disse sonolento.

Carla: Não queria acordar você. — Vem vamos deitar

Ela o levou ate o quarto e se deitou com ele que logo voltou a dormir. Arthur despertou depois de uma hora, passando o braço na cama e sentindo que estava sozinho. Abriu os olhos e viu que Carla já não estava ao seu lado. Bocejou e passou a mão no rosto, coçando os olhos devagar. Rolou para o outro lado e espreguiçou-se. Sentou na cama com receio de que ela tivesse ido embora. Saiu do quarto apressado e não a viu na sala e nem na cozinha, ao chegar à varanda, a viu sentada conversando com a Dani e suspirou aliviado.

Arthur: Me deixou sozinho. — comentou recostado no batente da porta de entrada.

Carla: Achei melhor deixar você descansar. — levantou-se e foi até ele — Você precisava disso.

Arthur: Mas senti sua falta quando acordei. — passou o braço em volta da cintura dela —  Achei que tivesse indo embora.

Carla: Eu não iria embora, não sou louca. — segurou o rosto dele entre as mãos, lhe dando um selinho — Está mais descansado?

Arthur: Me sinto bem melhor.

Carla: Que tal irmos ao cinema? — sugeriu.

Arthur: Carla... — ele suspirou — Sabe que não tenho dinheiro.

Carla: Mas eu estou te convidando, então, eu pago. — roubou um selinho dele — Vamos?

Arthur: Não está certo que você pague pra mim, sou eu quem deve pagar. — disse contrariado.

Carla: Mas, Arthur, depois você paga. Se agora você não pode, deixa que eu pago, quando você puder, nós vamos e você banca as despesas. — ela insistiu — Por favor...

Arthur: Não gosto disso, Carla. — passou a mão no rosto — Eu deveria ter dinheiro para te levar mas so tenho 17 reais na carteira.

Carla: Eu não me importo de pagar. — segurou o rosto dele — Vamos, Arthú... — deu um selinho demorado nele — Por favor.

Arthur: Tudo bem. — suspirou — Se isso te fará feliz.

Carla: Vai me fazer mais feliz se você deixar de ficar emburrado. — alisou o rosto dele.

Arthur: Está certo, eu vou tomar um banho e me vestir. — beijou a testa dela — Não demoro

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