Capítulo 66:

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Ao abrir a porta, logo notou o silêncio. Então fechou a porta e caminhou até a cozinha, vendo Carla guardando a louça. Ela percebeu a presença dele e virou-se, vendo-o com o rosto abatido. Preocupou-se na hora e o viu largando a mochila em cima da cadeira. Foi até ele e parou em sua frente, notando ainda mais seu desanimo.

Carla: O que houve, lindo? —  perguntou bastante preocupada.

Arthur: Fui demitido. —  ele disse num tom de voz baixo, mostrando sua frustração.

Carla chocou-se com isso. Arthur sempre foi competente e muito trabalhador, não tinha motivos nenhum para ser demitido, deveria ter uma explicação para aquela situação. Por mais que não conseguisse pensar em nenhuma.

Carla: Mas por quê? —  perguntou confusa.

Arthur: Ao que tudo indica, fui incompetente na minha função. —  colocou as mãos nos bolsos, encolhendo os ombros.

Carla: Você é maravilhoso, Arthú! —  abraçou-o apertado —  Não acredito que isso esteja acontecendo.

Arthur: Nem eu. —  respirou fundo —  Quero ficar um pouco sozinho, Carla. Preciso pensar. —  ele disse sem querer parecer rude com ela.

Carla: Tudo bem. —  soltou-o devagar —  Acho que é melhor para você.

Arthur: Depois conversamos melhor.

Ele segurou o queixo dela e lhe deu um selinho calmo, virando-se e caminhando para o quarto. Pegou suas coisas e foi para o banheiro, tomou um banho calmo e deitou-se na cama. Não falou nada com a mãe. Deitou com o intuito de dormir, já que estava sem ânimo para assistir aula. Mas as palavras de Carlos Diaz ainda ecoavam em sua cabeça.

Quando Carla entrou no quarto, ele fechou os olhos, tentando fingir que estava dormindo. Por conta disso, acabou pegando no sono, acordando no meio da madrugada. Aproveitando que estava sem sono, levantou da cama com cuidado para não acordar Carla e pegou seus livros, caderno e todo o resto, no intuito de estudar ainda mais.

Se não tinha competência suficiente, iria correr atrás do prejuízo. O tempo estava gelado do lado de fora. Depois que ajeitou todo o material na mesa, decidiu fazer um chocolate quente. Preparou tudo e sentou-se à mesa, lendo um pouco enquanto segurava a xícara com uma das mãos. Deixou-a em cima da mesa e pegou o lápis, começando a fazer o primeiro cálculo.

Duas horas depois, mesmo voltando a ter sono, ele não quis dormir. Como estava desempregado, não precisava mais acordar cedo, então ele aproveitaria a madrugada para se empenhar mais nos estudos. Algumas vezes desanimava achando que aquela talvez não fosse a carreira certa. Talvez seu talento estivesse em outra coisa, mas mesmo assim, resolveu continuar estudando, não podia perder o foco.

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