Capítulo 12 :

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Na manhã seguinte, após chegar em seu escritório, estava tão concentrado e se assustou ao ouvir o telefone tocar. Pegou o aparelho e atendeu.

Arthur: Diga, Laura.

Laura: A Srta. Carla Diaz está aqui para falar com o senhor. — ela comentou e ele arregalou os olhos.

Arthur: Mande-a entrar. — colocou o fone no ganho.

Carla estava ali e nem ao menos havia dito que iria. O que ela queria? Ela bateu na porta e ele deu a permissão para que entrasse. Carla estava com os cabelos ondulados, maquiagem leve, uma saia jeans, blusinha vermelha e sapato preto de salto. Isso não ajudaria em nada a missão de tirá-la da cabeça.

Carla: Bom dia! — ela disse se sentando.

Arthur: Bom dia. — ele respondeu e olhou-a curioso — O que faz aqui, Carla? — respirou fundo — Perdão, Srta. Diaz.

Carla: Pode me chamar de Carla. — sorriu levemente — Já que vamos conviver um pouco mais por conta da construção do duplex, acho que é melhor pra melhorar nossa relação. Acho que vamos nos entender mais.

Arthur: Se você pensa assim... — recostou-se na cadeira — Carla... — sorriu um pouco.

Carla: Ficou melhor. — ajeitou os cabelos — Eu vim para comentarmos sobre o que faltou ontem.

Arthur: Ah, claro! — ele abriu a gaveta e tirou a pasta. — Aqui estão!

Carla: Posso fazer um pedido? — olhou-o.

Arthur: Óbvio!

Carla: Eu queria que as pastilhas do banheiro da minha suíte fossem brancas e rosas.

Arthur: Tudo bem, mas não é a mim que tem que dizer isso, Carla. — pegou um lápis — É ao arquiteto.

Carla: Eu achei que você lidava com essas coisas também.

Arthur: Não, eu só cuido da estrutura, o arquiteto e o decorador vão cuidar dos detalhes.

Carla: Ah sim. — ajeitou a bolsa no colo — Então vamos ver o resto.

Arthur: Faltou comentarmos sobre a cozinha. — estendeu os papéis para ela — Terá cerca de 12 m² e será acoplada com a sala de jantar. — olhou-a — O que acha?

Carla: Eu gostei. — sorriu — Apesar de que cozinha não é o meu forte.

Arthur: Por quê? — perguntou bastante curioso.

Carla: Não sei cozinhar, nunca tentei na verdade. — deu de ombros.

Arthur: Você nunca precisou disso.

Carla: Você já —  olhou-o curiosa.

Arthur: Com certeza. —  juntou os papéis —  Acho que já falamos sobre tudo em relação à planta.

Carla:  Caso eu pense em outra coisa, te aviso depois.

Arthur: Avise, só não demore muito, porque depois que as obras começarem, vai ser difícil modificar alguma coisa. —  Arthur explicou.

Carla: Tudo bem. —  olhando-o —  E sua mãe? Como está?

Arthur: Está bem. —  suspirou —  Estamos agora esperando os resultados dos exames.

Carla: Vai ficar tudo bem. Eu não sei o que ela tem, e nem quero que pense que sou intrometida, mas de qualquer forma, vai dar tudo certo. —  sorriu de maneira simpática.

Arthur: Obrigado, Carla!.

Carla: Não precisa me agradecer. —  levantou-se —  Eu preciso ir.

Arthur: Até mais. —  ele se levantou e foi até a porta, abrindo para ela.

Carla se despediu e saiu. Arthur fechou a porta e respirou fundo.

Arthur: Ô bixa bonita do carai. —  Suspirou alto.

Foi pego de surpresa com a presença dela ali. Não tinha sido arrogante e nem mimada, até mesmo aceitou que ele a chamasse de Carla.

Se achava que estava confuso antes, agora estava ainda mais. Ela estava diferente e aquilo o intrigava. Voltou para sua cadeira e acomodou-se.

Carla Diaz

Lá embaixo, sentada em seu carro, Carla estava pensando em Arthur. Queria estar mais perto dele, conversar sem que o clima parecesse profissional. Ele era um homem interessante, e ontem tinha comprovado que ele era especial de alguma forma.

Estava pensando nele vestido com aquelas roupas sociais, incrivelmente bonito, se perguntando como seria o tom de pele dele por baixo daquela camisa, o peitoral que parecia ser forte e a barriga definida. Ficou pensando em alguma desculpa que pudesse dar no dia seguinte para aparecer no escritório dele novamente.

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