Carla foi a festa de sua amiga e por insistência de seu pai, teve que ir acompanhada de Gustavo, um rapaz loiro que era filho do dono de uma rede de supermercados. Ele passou toda a festa falando sobre viagens e aquilo estava entediando e deixando ela irritada. Agora ela passava a entender o quanto era chata quando só falava sobre futilidades.Ao conhecer Arthur, passou a conversar sobre outros assuntos e pensar nele a fez sentir saudades. Ainda estava chateada com tudo que aconteceu. A frieza dele ainda lhe doía, a recusa e o modo grosso como falou com ela, tudo aquilo a magoou.
Respirou fundo e tentou sair da mesa, afastando-se de Gustavo. Dando a desculpa de que precisava ir ao banheiro, ela afastou-se no jardim da mansão e sentou no banquinho. Permitiu-se chorar e pensar em Arthur. Fazia uma semana que não o via e nem falava com ele, tudo havia terminado entre os dois.
Se ele não pudesse acompanhá-la à festa, ela não se incomodaria de ir sozinha, mas a maneira como falou, a deixou tão mal a ponto de sentir seu coração doer.
Ele nunca havia sido grosso e frio dessa forma, talvez realmente estivesse começando a se enjoar dela. Uma hora sua beleza iria ser algo comum, sem novidades e ele iria se preocupar mais com o conteúdo, algo que ela não poderia oferecer, já que não estava na universidade assim como ele.
Isso a levou a pensar em Sarah, que estava sempre ao lado dele enquanto estavam na faculdade e agora, estando longe de Arthur, ela teria oportunidade de conquistá-lo, usando toda sua inteligência e seus pontos em comuns com ele.
Carla nem sabia quanto tempo ficou ali pensando e chorando, mas abriu a bolsa e tentou retocar a maquiagem.
Foi embora exausta e cansada de ouvir os papos de Gustavo, quando ele a deixou em frente à mansão, Carla sabia que ele ia tentar lhe dar um beijo, por isso caminhou para o portão apressada, jamais pensando na possibilidade de beijar outro homem que não fosse Arthur. Era ele que amava, e como o amava.
Mesmo com a briga, ainda sentia que pertencia a ele. Entrou em casa indo direto para o quarto, sentindo um vazio imenso tendo a certeza de que amava Arthur, mas que não o teria mais em sua vida. Teria de aprender a viver novamente sem os carinhos dele.
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Um temporal começou durante a madrugada e Arthur acordou com o barulho dos trovões.
Arthur: Oi pai, esta tudo bem? — perguntou enquanto seu pai verificava se as janelas estavam fechadas.
Jose: Oi Arthur, esta sim, estou vendo se não vai molhar aqui dentro. — respondeu.
Arthur foi em direção a cozinha encontrando com sua mãe.
Arthur: Oi, mãe. — ele aproximou-se e sentou-se na cadeira.
Beatriz: E você, meu filho? — perguntou — Por que acordou?
Arthur: Acordei com o barulho e resolvi beber agua. — ele comentou.
Beatriz: Achei que não estivesse conseguindo dormir por causa da Carla. — ela comentou.
Arthur: Estou tentando esquecê-la. — suspirou.
Beatriz: Pelo visto não está tendo muito sucesso. — disse olhando fixamente para o filho — Acho que vocês deveriam conversar. Você gosta tanto dela.
Arthur: Às vezes acho que eu a amo. — passou a mão no rosto — Está sendo difícil ficar longe dela, mas me dei conta da realidade. Não posso estar com ela, ela faz programas diferentes dos meus, não tenho tempo suficiente para dedicar à ela.
Beatriz: A Carla nunca pareceu reclamar ou se chatear por não sair com você.
Arthur: Eu não sei, mãe. — passou as mãos nos cabelos — Estou confuso.
A campainha tocou e ele olhou assustado para a mãe. Estava de madrugada e chovendo bastante, não havia a possibilidade de estarem recebendo visitas. Ele levantou-se e caminhou até a porta.
Arthur: Eu atendo pai. — disse enquanto se aproximava.
José: Eu vou para o meu quarto. — Arthur assentiu.
Arthur: Tudo bem! — olhando pelo olho mágico, se surpreendendo ao ver quem estava do outro lado da porta.
Abriu-a rapidamente e encontrou com Carla toda molhada, com um vestido roxo, na altura dos joelhos, que estava todo colado ao corpo por conta da chuva. Ela abraçava o próprio corpo e tremia de frio. O coração dele se comprimiu ao vê-la dessa forma e notou que ela carregava uma mala.
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