Capítulo 53 :

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Carla: Como pode ser tão seco comigo? — ela perguntou levantando-se.

Arthur: Não estou sendo seco, estou sendo realista. Sabe que não posso te acompanhar nessas festinhas, mas mesmo assim você insiste em vim me perguntar.

Carla: Porque você é meu namorado!

Arthur: Só que você esquece que seu namorado não tem a mesma vida que você! Preciso estudar, Carla! — disse levantando um pouco a voz.

Carla: E eu sempre deixei você estudar, nunca te atrapalhei, só vim te fazer um convite e você é extremamente frio comigo. Ainda por cima, joga na minha cara que estou com a vida ganha e não faço nada não é mesmo?! — colocou as mãos na cintura.

Arthur: Você está exagerando. — tirou os óculos.

Carla: Não é exagero não, você sabe muito bem da verdade! Sou uma desocupada não é?! — disse irritada — É, Arthur! Eu sou mimada! Talvez você mereça uma mulher à sua altura, talvez a Sarah seja ideal para você. A burrinha da Carla é uma boba mesmo! — ela saiu do quarto com rapidez.

Arthur ficou apenas olhando-a sem dizer uma única palavra. Sua cabeça já estava doendo e com essa briga entre ele e Carla, agora estava latejando. Quando caiu em si, se dando conta do que havia acontecido naquele quarto, recostou-se na cama e fechou os olhos suspirando.

Arthur: Porra, ela ta com ciúmes da Sarah? — perguntou-se, se dando conta que nunca lhe disse que Sarah e Rodolffo tinham um lance, a dando margem para pensar outras coisas.

A última coisa que precisava era brigar com Carla e ficar sem ela. Sua intenção nunca foi magoá-la e nem dizer que sua vida era fácil. Ela agora estava se achando uma mulher burra e ele jamais pensou isso dela. Suspirou com raiva de si mesmo e juntou tudo. Colocou o material em cima da escrivaninha e olhou pela janela do quarto. Era um dia lindo e perdeu a oportunidade de aproveitá-lo, pois brigou com Carla.

Aquela relação era complicada, Carla queria ir à uma festa, provavelmente uma das quais estava acostumada, de uma de suas amigas mimadas, mas ele não poderia acompanhá-la. Não tinha roupa adequada para aquele tipo de festa, não tinha tempo e nem disposição para pensar em algo do tipo.

Tinha tanto a fazer e estava começando a se convencer de que apesar de gostar muito de Carla, tinha que deixá-la livre para que ela pudesse curtir o que sempre esteve acostumada, no meio de pessoas no mesmo nível social. Sentou na cama e passou a mão no rosto.

Não queria abrir mão dela, mas tampouco queria resumir a vida dela a finais de semana trancada dentro de uma casa pequena, sem curtir programas de namorados. Talvez ficar longe dela fosse a melhor solução.

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