Capítulo 84 :

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Carla:  Como soube? —  ela perguntou.

Carlos: O mesmo detetive que contratei antigamente, foi contratado novamente e ele me deixou a par do que acontecia com você. Talvez tenha sido novamente uma atitude infantil de minha parte, mas quando descobri que estava na faculdade, que havia construído uma vida de casada e tinha tido uma filha, me dei conta de que fiquei de fora de coisas importantes da sua vida. —  Ele explicou mostrando-se arrependido —  Queria ter entrado na igreja com você.

Carla: Eu e Arthur ainda não nos casamos na igreja. —  ela disse alisando as costas do noivo que permanecia calado.

Carlos: Não pretendem se casar?

Carla: Pretendemos, agora que me formei, vamos resolver isso. —  ela explicou.

Carlos: Eu gostaria de entrar na igreja com você, mas sei que não sou merecedor disso. —  olhou para Carla e em seguida para Arthur —  Sei que errei bastante, mas gostaria de provar que abençoo essa união de vocês, mostrar que realmente me arrependi do que fiz.

Carla: Seria maravilhoso... — Ela disse emocionada, deixando o sentimento falar mais alto que todas as mágoas.

Carlos: Obrigado, querida.

Carlos abraçou a filha e Arthur ficou apenas observando. Podia entender o sentimento de Carla naquele momento. Sentiram muita raiva no passado, por terem sido desafiados a desistirem de seu amor, mas decidiram lutar e enfrentaram as barreiras.

Depois de dois longos minutos abraçados, Carla e Carlos se soltaram e ela estava com lágrimas nos olhos. Tentou secar com a ponta dos dedos, tomando cuidado para não borrar a maquiagem.

Carlos: Posso pegar minha neta? —  perguntou receoso.

Arthur: Claro. —  foi a vez de Arthur responder.

Entregou a filha ao avô, que mesmo um pouco sem jeito, acabou conseguindo segurar a pequena Maria Clara no colo. Carlos sorria bobo diante daquele pequeno pedaço de gente e Arthur colocou a mão na cintura de Carla, satisfeito com o rumo da situação.

Carlos: Ela me lembra você quando criança, Carlinha. — ele comentou.

Carla: Acho que ela tem os olhos de Arthur. —  ela disse sorrindo.

Carlos: Sem dúvidas ela tem os olhos dele. —  concordou.

Ficaram ali por mais um tempo Maria Clara bocejou, fazendo o avô decidir entregá-la para a mãe. Carla a pegou com cuidado e ficou ninando ela, enquanto Arthur ficou segurando a bolsa da filha. Carlos olhou para ele e resolveu perguntar um pouco receoso pela resposta:

Carlos: Podemos conversar a sós, Arthur?

Arthur: Sim. —  ele respondeu.

Eles foram até o jardim. Ao chegarem lá, ficaram de pé e Arthur colocou as mãos nos bolsos da calça.

Carlos: Eu decidi conversar a sós com você, pois acredito que te devo um grande pedido de desculpas. — Ele começou a falar —  Você foi um funcionário brilhante, um dos melhores que conheci até hoje e por meu egoísmo acabei demitindo você. Meu maior defeito foi ser muito ambicioso, e desde sempre coloquei os negócios acima da família.

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