Capítulo 31 :

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Carla: Arthú, melhor entrarmos. —  ela disse baixinho.

Arthur: Quase cochilei aqui. —  ele bocejou.

Carla: É, e você está ficando todo vermelho. —  sentou-se na cadeira —  Vem comigo. Antes que você torre.

Arthur: Preocupada comigo, que lindinha. —  ele sorriu e sentou-se —  Cadê meu beijo antes?

Carla: bacana.... —  Ela segurou o rosto dele entre as mãos e lhe deu um selinho demorado —  Agora vamos!

Os dois se levantaram e caminharam em direção à entrada da casa, com Arthur abraçando-a de lado pelos ombros. Decidiram tomar um banho juntos, onde ficaram somente entre carinhos e beijos.

Arthur colocou uma calça de abrigo cinza escuro e uma camisa branca. Carla colocou um shortinho e uma blusinha lilás. Deitaram na cama pra descansarem um pouco. Estavam abraçados e ele fazia cafuné nela, mas o celular dele começou a tocar e ele pensou que pudesse ser a mãe. Esticou o braço e pegou em cima do criado-mudo, logo se deu conta de que era uma amiga da faculdade.

Arthur: Oi, Sarah. —  ele atendeu.

Carla arregalou os olhos surpresa. Arthur estava falando com uma mulher e isso a deixou curiosa para saber de onde ela era e quem era. Começou a sentir ciúmes, mas ficou calada querendo saber sobre a conversa.

Arthur: Não estou em casa, estou sem meu material, mas fale, talvez eu possa te ajudar. —  ele explicou.

Pelo visto ela era da faculdade, ainda mais perigoso, pois Arthur estava lá praticamente todos os dias. Fechou os olhos e ficou apenas ouvindo a conversa, totalmente interessada no assunto.

Arthur: É cálculo vetorial. —  ele disse enquanto com a outra mão continuava fazendo cafuné em Carla —  Dois vetores só são iguais se tiverem o mesmo módulo, direção e sentido. —  ficou calado ouvindo por um tempo —  Não Sarah, nesse caso é adição de vetores, você pode usar a Regra do Palelogramo. —  silêncio —  Isso, você escolhe um ponto qualquer, põe a origem dos dois vetores nesse ponto e traça uma diagonal a partir das linhas imaginárias que completarem o paralelogramo. Simples!

Simples? Carla não entendeu nada do que ele falou. Era como se fosse em outra língua. Sentia-se idiota, talvez até mesmo, burra. Arthur era tão inteligente e falava com uma facilidade sobre coisas que ela nem ao menos tinha noção do que era. Ele ficou mais alguns minutos no telefone com aquela menina falando sobre coisas que Ela não entendia e depois desligou.

Arthur: Não me deixam em paz nem no final de semana. —  ele comentou colocando o aparelho no lugar.

Carla: Pois é, e você disse que me daria total atenção, mas tive que dividir com sua amiga. —  virou-se para o outro lado.

Arthur: Carlinha, ela estava com dúvida. —  explicou —  Só ajudei.

Carla: Eu entendi, Arthur. —  ela disse ainda chateada.

Ele sabia que ela estava com ciúmes e sabia que quanto mais insistisse naquilo, mas ela iria se irritar. Decidiu deixar ela um pouco quieta e uma ideia surgiu em sua cabeça.

Ele levantou da cama e saiu do quarto, decidindo ir até a cozinha. Carla o viu sair e ficou ainda mais irritada. Além de ficar no telefone com a amiga, ainda sai e a larga sozinha no quarto, quando ela mais precisava de atenção. Fechou os olhos e suspirou.

Arthur encontrou Maria na cozinha e resolveu falar com ela, precisaria da ajuda da governanta. Aproximou-se e ela se virou, notando a presença dele ali.

Maria: Olá, Arthur. —  ela disse sorrindo —  Precisa de algo?

Arthur: Na verdade, sim. —  colocou as mãos nos bolsos um pouco sem jeito —  Uma ajuda.

Maria: Pode falar. —  incentivou-o.

Arthur: Gostaria de preparar um lanche pra Carla. —  explicou —  Panquecas. Só que eu precisava saber se tinham os ingredientes.

Maria: Ah, claro que tem. E se algo estiver faltando, peço para comparem. —  ela disse animada.

Arthur: E eu gostaria se eu pudesse pegar alguma flor de um dos vasos da casa. —  coçou o cavanhaque —  Pra enfeitar a bandeja.

Maria: Claro que sim, é só escolher. —  ela disse abrindo os armários —  Me diga o que precisa que eu pego pra você.

Arthur fez as panquecas com a ajuda de Maria que lhe dava os ingredientes, já que ele não sabia onde estavam guardados. Colocou tudo em um prato e a governanta preparou uma jarra de suco, onde encheu dois copos e colocou-os na bandeja. Arthur pegou uma rosa amarela em um dos vasos e foi até o quarto, onde viu Carla ainda deitada na mesma posição.

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