Carla: Tem sim! — Carla se manifestou — Faça o que for preciso, doutor. — olhou para o médico — Apronte tudo e realize a cirurgia. Seu José vai assinar os papéis da autorização.Arthur: Como assim? — Arthur olhou para ela — Não temos dinheiro suficiente, Carla. Você sabe disso. — levantou-se.
Carla: Eu vou dar o resto do dinheiro. — colocou a bolsa — Eu só preciso ir até em casa.
Arthur: Carla... — as palavras morreram em sua garganta.
Ele não queria que ela arcasse com uma despesa que não lhe dizia respeito. Ambos estavam separados, não eram nada um do outro e portanto, Beatriz não fazia mais parte da vida de Carla. Mas não quis ser contra, afinal, era a vida se sua mãe que estava em jogo. Apenas assentiu, concordando com ela.
Carla: Fique com sua mãe, eu já volto! — Se despediu de Jose e virou as costas e saiu apressada.
Arthur e Jose ficaram ali conversando com o médico para saber todos os procedimentos. Arthur sabia que era uma cirurgia de risco, mas tinha de ser feita, não havia outra opção. Estava aliviado pelo fato de saber que a cirurgia agora era algo real. A ajuda de Carla seria muito bem vinda e ele ficaria eternamente agradecido.
Com menos um peso em suas costas, ele resolveu ir até a cantina do hospital para comer e caso Carla voltasse, ela ligaria para seu celular, se quisesse encontrá-lo. Após fazer um lanche, Arthur voltou para a sala de espera e Carla ainda não tinha voltado, mas não demorou a acontecer.
Ela apareceu no final do corredor caminhando até ele. Olhá-la o fazia perceber o quanto sentia saudades de seu cheiro e suas carícias. Ele a queria, mas ao mesmo tempo, sentia-se magoado pelo que aconteceu. Era uma luta interna que estava vivendo, sem saber se ouvia a razão ou o coração.
Carla: Pronto, Arthur. — ela disse assim que chegou perto dele — Já podemos resolver tudo.
Arthur: Olha, Carla... — levantou-se — Eu nem sei como te agradecer por isso que está fazendo.
Carla: Acho que vamos ter tempo para conversar depois, primeiro vamos pensar na sua mãe. Cade seu pai.
Arthur: Ele foi ate a cantina comer alguma coisa.
Esperaram Jose voltar, que não demorou tanto. Os três caminharam até a recepção onde estava a ficha de Beatriz. O médico que estava cuidando do caso assinou a responsabilidade da cirurgia e José assinou a permissão.
O médico explicou que o procedimento para o preparo da cirurgia e o término dela, seria até a manhã seguinte, o que fez com que Arthur suspirasse impaciente, pois não via a hora de sua mãe voltar a ser a mulher saudável de antes.
Dr: Acho melhor vocês ir para casa e descansar, Sr. Picoli. — o médico sugeriu — Amanhã de manhã vocês voltam. Não terá muito que fazer por aqui.
Arthur: O doutor tem razão, Pai. Melhor irmos para casa descansar, amanha voltamos. — O pai concordou abatido.
Carla: Eu levo vocês até em casa. — tocou-lhe o braço
O médico afastou-se e Arthur assentiu, sabendo que não estava em condições de ir para casa, além do mais, estava preocupado com o pai que estava abatido e de carro chegariam muito mais rápido.
Caminharam pelos corredores e desceram pelo elevador, totalmente calados. Quando a porta se abriu, ela saiu em direção a porta principal, mas ele a segurou pelo pulso. O toque quase a fez estremecer, mas ela respirou fundo.
Arthur: Carla , antes de irmos embora, quero conversar com você. — ele disse soltando o pulso dela devagar.
Carla: Tudo bem. — virou-se para ele — Pode falar.
Arthur: Não aqui, vamos até o jardim do hospital. — ela assentiu. — Pai o senhor pode esperar aqui, enquanto eu converso rapidamente com a Carla?
José: Posso sim, enquanto isso eu vou ao banheiro. — ele saiu deixando os dois sozinhos.
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MEU ANJO! 😇
Hayran KurguSinopse: Arthur Picoli precisava urgentemente de um emprego e conseguiu um nas empresas Diaz. Sentia-se aliviado, pois o dinheiro que ganharia ali era o que precisava para economizar e pagar a cirurgia que a mãe tanto precisava. O que ele não contav...