Capítulo 5 :

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Pegou um lápis e uma folha e procurou começar logo o trabalho, anotando algumas ideias, e tentando parar de pensar em Carla e em toda sua frescura. Nem percebeu a hora passar e quando viu o relógio, já havia passado dez minutos do seu horário de saída, o que o fez sair correndo para não se atrasar para a faculdade. Depois de horas, chegou exausto em casa, indo direto para o banho e sentando-se na mesa em seguida para jantar.

Beatriz: Como anda o trabalho, filho? —  perguntou.

Arthur: Bem, mas agora peguei um projeto que sei que vou me estressar. — ele respondeu colocando suco no copo.

Beatriz: Por quê? — ela sentou-se à mesa.

Arthur: Fui escalado para equipe que vai construir um duplex para a filha do meu chefe. — respirou fundo — Ela é insuportável e muito mimada.

Beatriz: Já a conheceu?

Arthur: Infelizmente. Terei que ir amanhã até o terreno da construção com ela. Vou precisar de muita paciência para lidar com a mimadinha.

Beatriz: Como se chama?

Arthur: Carla. Ou melhor, Srta. Diaz. — revirou os olhos — Vou comer logo e descansar porque amanhã o dia vai ser agitado.

Beatriz: Tenha calma, meu filho.

Arthur: Eu terei, mamãe. — olhou-a — Amanhã você irá para o hospital fazer os exames, certo?

Beatriz: Sim, terei que ficar internada.

Arthur: Papai irá com a senhora? — Ela assentiu. —  Vou tentar encontrar alguém para ficar com a Dani.

Dani: Quem vai ficar comigo, Thur? — a irmã perguntou.

Arthur: Amanhã eu decidirei isso, gatinha. — passou a mão pelos cabelos dela

Dani: Eu posso muito bem ficar sozinha.

Beatriz: Mas você e menor de idade. Vem vamos dormir.

Arthur: Boa Noite! —  Deitou-se na cama, estudou um pouco e logo dormiu.

Acordou um pouco mais cedo, despediu-se da mãe, que foi levada de carro por uma vizinha até o hospital.

Estava impaciente, olhando as horas todo o tempo. Quando desceu no ponto perto do local onde encontraria Carla, viu que estava meia hora atrasado. Andou apressado e a viu encostada no carro de braços cruzados, sem dúvidas estava impaciente e ele suspirou pesadamente para aguentar o que viria. Quando se aproximou, ela virou-se para olhá-lo, com uma expressão séria.

Carla: Sabe que horas são? —  ela perguntou elevando a voz.

Arthur: Nove e meia. —  ele respondeu.

Carla: Está meia hora atrasado, sabia? —  colocou as mãos na cintura.

Arthur: Eu sei, me desculpe, tive um problema.

Carla: Isso não me interessa! —  ajeitou os cabelos —  Você é obrigado a chegar aqui no horário! Eu fiquei te esperando debaixo desse sol estragando a minha pele.

Arthur: Poderia ter ficado na sombra. —  ele respondeu sem nem pensar.

Carla: A questão aqui é que você não deveria se atrasar! —  virou-se e começou a caminhar para dentro do terreno —  Vamos logo com isso porque tenho muita coisa a fazer.

Arthur respirou fundo, para controlar a vontade que tinha de mandá-la para o espaço. Porém, ele era o empregado e ela a filha do chefe e se queria manter seu emprego, tinha que engolir algumas coisas. Colocou as mãos no bolso e foi caminhando logo atrás dela.

Carla tinha um andar gracioso, mas ele sabia que ela estar de salto naquele terreno cheio de terra, não foi uma boa escolha. Ela logo começou a caminhar com mais dificuldade, reclamando de onde pisava.

Carla: Mas que droga! Vai acabar com o salto do meu sapato!

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