Capítulo 83 :

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Carla: Agora poderei seguir uma carreira, poderemos finalmente nos casar na igreja como tanto queríamos, já que agora nossa vida está completa. —  alisou o rosto dele.

Arthur: Você me deu um lindo presente. —  beijou-lhe os lábios devagar —  Você será a noiva mais linda do mundo, sem dúvidas.

Carla: E você o noivo mais lindo. —  ela sorriu —  Cadê minha bebezinha? —  olhou a filha —  Daqui a pouco ela vai querer mamar.

Arthur: Ela está com um pouco de sono. —  Arthur entregou a filha à Carla.

Ela foi até a mesa e lá foi cumprimentada pela sogra, o sogro e a cunhada, que já estava com Dezenove anos de idade.

Maria Clara descansava tranquila no colo da mãe e enquanto o pai lhe fazia carinho na barriguinha, ela segurou o dedo dele, fazendo Carla e Arthur sorrirem. Ele beijou a bochecha da noiva e ficou ali brincando com a filha pensando na vida.

Nos últimos tempos foi promovido em sua empresa, ganhava um bom salário e continuava planejando com Rodolffo construírem seu próprio negócio no ramo de construtoras. A cada dia esse sonho ficava mais próximo e ele sentia-se realizado por estar conseguindo alcançar seus objetivos.

Carla precisou amamentar a filha e com a companhia de Arthur, decidiram ir até o jardim do salão, onde a brisa de verão refrescaria o abafado que estava lá dentro. Ela tirou um dos seios para fora e ofereceu à filha, que começou a sugar com vontade, mostrando que estava com fome. Arthur sempre adorava ver essa cena, achava incrível ver sua filha sendo amamentada e a forte ligação maternal do momento.

Carla: Ela tem o apetite como o seu, lindo. —  comentou ainda chamando-o pelo apelido que dera quando começaram a namorar.

Arthur: E é linda como você, amor. —  ele disse com um dos braços por cima dos ombros dela.

Carla: Você também é lindo. —  Carla sorriu —  Acho que depois de mamar, ela vai pegar no sono rápido.

Arthur: Posso colocar ela pra arrotar? —  ele perguntou.

Carla: Claro que pode, amor. —  ela concordou feliz.

Quando Maria Clara sentiu-se satisfeita, largou o bico do seio da mãe e Lua ajeitou o vestido assim que Arthur pegou a filha no colo. Ela colocou a fralda no ombro dele e deixou que apoiasse a filha ali, dando leves tapinhas em suas costas. Maria Clara não demorou em arrotar e Arthur ajeitou-a no colo enquanto Carla guardava a fralda na bolsinha.

Ao voltarem para o salão, ficou estarrecida em ver uma pessoa que não via há muito tempo. Arthur também não podia acreditar e temeu por aquele reencontro. Carlos Diaz  estava parado na entrada do salão.

Carla caminhou até ele, com a mão apoiada no braço de Arthur, para que ele não a deixasse sozinha. Ao parar de frente para o pai, pôde notar que ele já estava mais velho e aparentava ter mais idade do que na realidade. Ela não soube descrever a sensação que sentia, era um misto de surpresa, saudade e curiosidade.

Carlos: Carla... —  chamou o nome da filha em um tom de voz que há tempos não ouvia, mesmo antes de sair de casa —  Vim aqui por muitas razões.

Carla: Quais? —  ela perguntou ainda surpresa.

Carlos:  Estou arrependido de muita coisa, e quando soube que você tinha me dado uma neta, percebi os erros que cometi. —  ele confessou.

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