Capítulo 3 :

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No dia seguinte, eu estava no escritório dando toda minha opinião sobre os papéis do novo projeto. Estava em pé, segurando uma xícara de café na mão.

Arthur: Na verdade, Sr. Diaz. O terreno que escolheu é muito bem localizado, e eu acredito que sua filha não terá reclamações quanto à essa questão.

Carlos: É que minha filha é muito exigente.

Arthur: Mas ficará satisfeita. — ele colocou a xícara de volta na bandeja — Outra questão que precisa ser verificada é a condição do solo. Pelo que parece no projeto, está em perfeito estado para que seja base de uma construção, porém, se o senhor me permitir, eu gostaria de checar pessoalmente.

Carlos: Claro! — confirmou imediatamente — Quanto mais detalhes puderem ser analisados, para mim está melhor.

Arthur: Por enquanto, olhando por alto todas as informações, eu acredito que o terreno está ótimo. — cruzei os braços.

Carlos: Que bom! Me sinto realmente seguro em dar prosseguimento ao projeto.

A porta se abriu rapidamente, revelando uma figura feminina baixinha, de cabelos loiro, com uma expressão furiosa.

Fiquei parado, de braços cruzados, olhando aquela mulher. Era linda, foi sua primeira impressão, mas ela pareceu nem notar a presença dele ali.

Carla: Papai, mas que absurdo é esse? — ela perguntou em um tom de voz alto, mostrando sua irritação.

Xxx: Perdão Sr. Diaz, eu tentei impedi-la, mas sua filha entrou sem me dar ouvidos. — apareceu a secretária logo atrás, desculpando-se.

Carlos: Tudo bem, Claudia. — Ele fez um sinal com a cabeça – Pode voltar para seu lugar — O que houve, Carla?

Carla: Acabou o limite do meu cartão de crédito! — colocou as mãos na cintura — Fui à uma loja com minhas amigas e na hora de efetuar o pagamento, o cartão não autorizou a compra. Passei a maior vergonha de toda a minha vida!

Carlos: Querida, por Deus, estou trabalhando. — suspirou — Não é o momento de falar de compras.

Carla: Mas são as minhas compras! — bateu com o pé no chão — Eu vou para Paris no final de semana e o senhor acha que irei com roupas velhas?

Arthur a olhou de cima a baixo discretamente. As roupas da filha de Carlos Diaz estavam longe de parecerem velhas, poderia até chutar de que aquela era a primeira vez que eram usadas. Respirou fundo sem saber o que fazer, pois ouvi-la falando todas aquelas coisas era de dar nojo.

Era tão fútil que isso se notava a quilômetros de distância, o que era uma pena, pois ela era linda.

Carlos: Carlinha, se controle. — sugeriu — Está fazendo um escândalo na frente de um dos meus funcionários.

Foi o momento em que notou que não havia somente ela e o pai na sala. Estava tão furiosa que nem ao menos notara o rapaz alto e forte que estava de braços cruzados.

A primeira informação que sua mente registrou foi o quanto ele era bonito. Alto, sério e com os músculos sendo realçados pela manga da camisa grudada por conta dos braços cruzados.

Respirou fundo e olhou de volta para o pai, ainda com as mãos na cintura e esperando alguma atitude.

Carlos: Diga à Claúdia para que libere o outro cartão. — Carlos disse após um longo suspiro de impaciência.

Carla: Até que enfim! — disse se animando e batendo palminhas — Nos vemos à noite, papai! — ela virou-se e saiu da sala rapidamente.

Carlos: Me desculpe, Arthur. Mas desde muito cedo lido sozinho com ela.

Arthur: Não tem problema, Sr. Diaz.

Carlos: Então ficamos combinados de que você irá ao terreno pessoalmente. Só gostaria que esperasse que eu desse a notícia para a Carla. Gostaria que ela fosse com você, para que veja onde ficará localizado o duplex e para que você possa explicar para ela tudo que me disse aqui.

Arthur: Tudo bem. — concordei

Arthur saiu do escritório do chefe, vendo a filha dele parada de frente para a mesa da secretária. Agora que a raiva dela havia dado lugar a uma expressão mais feliz, ele conseguiu notar o quanto o sorriso dela era bonito. Olhou-a de cima a baixo novamente, vendo-a com um vestido rosa claro, mostrando belas pernas. Rapidamente ele desviou o olhar e entrou no elevador, rumo à sua sala.

Onde não corria o risco de ser pego olhando para a filha do seu chefe. Sentou-se na cadeira suspirou pesadamente. Pelo visto teria que ir com ela até o terreno e isso não prometia ser um dos momentos mais agradáveis de sua vida. Apesar de Carla ser uma bela mulher, era tão insuportável que em dois minutos na mesma sala que ela já o deixara impaciente. Resolveu voltar ao trabalho, concentrando-se na tela do computador que estava à sua frente.

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