O dia seguinte amanheceu frio, Arthur colocou um paletó por cima da camisa social para se proteger do clima gelado. O telefone do escritório tocou e ele atendeu rapidamente.Arthur: Diga, Laura.
Laura: Sr. Picoli, a Srta. Carla Diaz está aqui querendo falar com o senhor. — ela explicou.
Carla? Ali novamente? O que ela queria? Pediu para que Laura a deixasse entrar e assim que ouviu as batidas na porta, ele mesmo levantou e abriu-a.
Carla: Bom dia! — ela entrou na sala sorrindo.
Arthur: Bom dia. — respondeu confuso — O que faz aqui, Carla? — perguntou bastante curioso.
Carla: Tive algumas dúvidas. — disse colocando a bolsa em cima da cadeira e ficou em pé.
Arthur: Sobre o que? — ele voltou para perto da mesa, mas também ficou em pé.
Carla: Sobre o quarto de hóspedes do meu duplex.
Arthur a olhou, adorando vê-la daquela forma. Definitivamente ela estava diferente, e ele imaginou que talvez ela não tivesse mais a intenção de ser grossa e mimada.
Agora além de atraído pela beleza dela, sentia-se atraído por essa nova Carla que estava conhecendo. Uma menina simpática, escondida por trás das roupas de grife. Ele a olhou discretamente de cima a baixo, vendo-a com uma bota preta de salto, calça jeans, suéter nude. Fechou a mão, segurando a vontade de chegar perto dela e acariciar sua bochecha, sentir o quanto sua pele parecia ser macia.
Arthur: Bem, Carla... — ele disse abrindo a gaveta e tirando a pasta — Eu acredito que tem um quarto de hóspedes, mas vou verificar. — abriu a pasta e pegou os papéis — Você quer mais de um quarto? — olhou-a.
Carla: Não, eu acho que um está bom, mas não quero que seja muito pequeno. Entende?
Arthur: Claro! — verificou a planta — Pelo que posso ver aqui, será bastante espaçoso. — olhou-a em seguida.
Carla: Então está ótimo! — cruzou os braços — Sabe, Arthur, confio em você. Parece ser muito competente.
Arthur: Obrigado. — colocou os papéis na mesa — Procuro estudar o máximo que posso pra tentar ser um ótimo profissional, afinal, é o que eu gosto de fazer.
Carla: Tudo isso parece muito difícil.
Arthur: Depende, cada pessoa tem facilidade com algo. Eu, por exemplo, sou bom com números, por isso escolhi engenharia. — sorriu.
Carla: Você vai ser um ótimo profissional. — ela sorriu.
Arthur: Carla, posso te fazer uma pergunta? — perguntou um pouco inseguro.
Carla: Claro!
Arthur: Por que mudou sua forma de lidar comigo?
Carla: Na verdade, Arthur... — ela suspirou e caminhou até a janela, olhando através do vidro — Eu percebi que fui estúpida demais no dia que nos encontramos no terreno, quando você chegou atrasado. — virou-se olhando para ele — Até porque, me senti mal depois que descobri os problemas que estava passando com sua mãe. Vê a sua irmã daquele jeito, me fez notar o quanto vocês estavam sofrendo.
Arthur: Entendi. — ele suspirou — Não sou de me atrasar, muito pelo contrário, gosto de ser muito pontual. — comentou colocando as mãos nos bolsos — Porém naquele dia, foram muitos contratempos. Minha mãe precisou ir para o hospital, eu precisei encontrar alguém que pudesse ficar com a minha irmã.
Carla: E ela ainda continua com a vizinha? — Ela perguntou realmente interessada.
Arthur: Sim. Eu ia levá-la para a casa de uma de nossas tias, mas não tive tempo.
Carla: Espero que não se incomode que eu pergunte, mas... — olhou-o nos olhos — O que sua mãe tem?
Arthur: Cálculo renal. — ele aproximou-se dela e também olhou através do vidro — Ela precisa de uma cirurgia para retirar a pedra que está dentro do rim dela, mas é uma cirurgia cara e eu estou tentando juntar dinheiro para pagar. Enquanto isso ela fica fazendo exames periódicos e controlando as dores com remédios e bebendo bastante água. Às vezes ela tem crises, outras vezes fica bem. — explicou.
Carla: Entendi. — colocou o cabelo atrás da orelha — Arthur...
Arthur: Diga. — olhou-a.
Carla: Quer sair e almoçar comigo? — Ela perguntou um pouco insegura — Sei lá, eu queria comer uma besteira, estava pensando em Mc Donald's.
Comentários
VOCÊ ESTÁ LENDO
MEU ANJO! 😇
FanficSinopse: Arthur Picoli precisava urgentemente de um emprego e conseguiu um nas empresas Diaz. Sentia-se aliviado, pois o dinheiro que ganharia ali era o que precisava para economizar e pagar a cirurgia que a mãe tanto precisava. O que ele não contav...