Capítulo 7 :

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Arthur ficou ali por mais um tempo, explicando tudo sobre a planta, mas passava a mão no rosto e suspirava muitas vezes, mostrando claramente sua preocupação. Carla comentou algo e ele nem ao menos ouviu, estava pensando em sua mãe, que pela hora já devia estar fazendo uma série de exames. Passou a mão nos cabelos, e ela, já bastante incomodada com aquela preocupação dele, resolveu perguntar:

Carla: O que aconteceu? — olhando-o — Você parece preocupado, estou ficando incomodada.

Arthur: Não é nada, como você mesma disse, meus problemas não devem interferir no meu trabalho. — ele respondeu voltando a se concentrar no papel.

Carla: Mas já está me deixando nervosa o fato de você estar inquieto.

Arthur: Desculpe, vou me concentrar. — pegou os papéis — Enfim, como o arquiteto desenhou aqui, o seu quarto será amplo e terá uma ótima luminosidade.

Carla: Quero um quarto arejado.

Arthur: E será bastante arejado pela posição dele.

O celular de Arthur tocou e ele olhou para Carla. Não deveria atender, pois estava em seu horário de trabalho, mas ela cruzou os braços e fez um sinal com a cabeça lhe dando permissão. Ele se afastou um pouco e pegou o aparelho, vendo que era uma ligação da casa da Sra. Maria, onde Dani estava. Ficou preocupado e atendeu rapidamente.

Arthur: Alô?

Dani: Thur... — disse a voz chorosa da menina.

Arthur: O que foi, gatinha? — ele perguntou preocupado.

Gatinha? Então ele parara a hora do trabalho para falar com alguma mulher? Provavelmente sua namorada. Carla começou a ficar irritada. Aquele não era o momento e nem o lugar para as questões amorosas de Arthur. Ficou batendo o pé, impaciente, pronta para reclamar assim que ele desligasse o aparelho.

Arthur: Dê, não chore... — ele pedia em tom de súplica.

Dani: Mas eu quero a mamãe, Thur... — fungou.

Arthur: Mas você sabe que a mamãe teve que ficar no hospital para fazer os exames, esqueceu? — disse de forma carinhosa — Eu já te expliquei isso, gatinha. Mais tarde eu prometo passar aí e te levar para vê-la.

Dani: Que ridículo, eu tenho 16 anos e estou chorando com saudades da minha mãe. —  Não quero ficar aqui... —  voltou a chorar mais.

Arthur: Ajuda seu maninho... —  suplicou —  Eu estou trabalhando, não posso sair daqui. —  explicou.

Carla estava boquiaberta. Não era a namorada dele e sim a irmã, e pela conversa, ela estava chorando. O que mais a impressionou é que ele havia dito que sua mãe estava no hospital. Agora podia entender o motivo de Arthur estar inquieto.

Era preocupação, sem dúvidas. Ela havia perdido a mãe quando ainda era criança, então podia entendê-lo de alguma forma.

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