Capítulo 9 :

1.2K 82 15
                                    


Carla: Quantos anos tem sua irmã? —  ela perguntou tentando ser simpática e conhecê-lo melhor.

Arthur: Tem Dezesseis, mas parece que tem cinco. –—   ele respondeu ajeitando a mochila no colo.

Carla: Ah! —  Ela sorrir de lado. —  Deve ser uma boa menina. —  comentou.

Arthur: Sim, me sinto orgulhoso de ter uma irmãzinha como ela. —  olhou pela janela.

Carla: Bem, agora acho que precisa me dizer como chegar até sua casa, já estamos em Nova Iguaçu.

Arthur: Claro! —  olhou para frente —  Pode seguir reto.

Arthur continuou dando as instruções até que param em frente à uma casa amarela, que ele indicou ser a da Sra. Maria. Agradeceu à ela e saiu do carro. Dani quando viu o irmão se aproximando, ela levantou-se e imediatamente correu até ele, que se agachou para recebê-la em um abraço.

Arthur: Hey, gatinha! O que aconteceu?

Dani: Eu estou triste, Thur... —  disse agarrada ao pescoço do irmão.

Carla saiu do carro e olhou a cena. Uma menina abraçava Arthur de uma maneira tão terna, que sentiu como se o irmão fosse a vida daquela menina. Era como se ele fosse seu herói.

Carla nunca teve um irmão, nem ao menos alguém com quem sabia que podia contar. Sua mãe morrera quando ainda era criança e seu pai estava todo o tempo trabalhando. Suas únicas companhias eram suas amigas quando estava na escola, ou suas bonecas quando estava em casa. Quis se aproximar, queria conhecer aquela menina, queria conhecer a vida de Arthur.

Dani: Quem é ela, Thur? —  perguntou assim que viu a Carla próxima aos dois —  Ela é bonita! —  comentou com a sinceridade.

Arthur olhou para Carla. Olhou para a irmã que olhava para a desconhecida de maneira curiosa. Ele tinha que apresentar as duas, afinal, Carla tinha lhe dado carona até ali.

Arthur: Dani, essa é a Carla. —  ele disse.

Dani: A mimadinha? —  perguntou inocente olhando para o irmão.

Arthur arregalou os olhos na mesma hora, totalmente sem saber o que fazer. Olhou para Carla, que estava olhando para ele com uma expressão que ele não conseguia definir. Estava totalmente envergonhado, mas sabia que no fundo, sua irmã não tinha culpa, aquilo era uma reação espontânea, ele era o culpado por não tomar cuidado com o que fala perto dela.

Arthur: Na verdade... — ele começou sem nem ao menos saber como terminar e suspirou —  Me desculpe por isso, srta. Diaz.

Carla: Está tudo bem. —  ela sorriu levemente —  Prazer. —  acenou para a menina.

Dani: Prazer, eu sou a Daniela. — Ela sorriu.

Ele ficou olhando as duas, mas notando de maneira mais intensa, o sorriso que Carla estava nos lábios. O mais bonito que já vira. Era tão meigo que era até mesmo difícil acreditar que daquela mesma boca saíam palavras arrogantes. Ela era realmente um mistério, uma inconstância que o deixava confuso.

Uma hora dizia que não estava interessada nos problemas dele, outra hora lhe oferecia carona. Não sabia quem ela era de verdade.

Arthur: Dani, eu preciso voltar para o trabalho. — ele disse

Dani: Mas Thur... Eu quero ir pra casa. — Ela cochichou — Eu já posso ficar sozinha!

Arthur: Eu sei, mas você é menor de idade. —  alisou o braço da menina .

Dani: Eu preciso terminar de fazer meus cookies eu tenho uma encomenda.

Arthur: Vamos fazer o seguinte.  Vamos até em casa, pegamos os materiais para você.

Dani: Tudo bem. — disse um pouquinho triste.

Carla via a cena totalmente abismada com o carinho no qual Arthur tratava a irmã. Quem visse de fora acharia que se tratava de uma adolescente mimada, mas sabia que a questão não era essa. Sentia falta desse tipo de carinho e abraçou o próprio corpo, sentindo-se estranha diante daquela situação.

Arthur olhou e notou que Carla parecia distante, mas não ousou comentar nada. Já estava confuso o suficiente.

Arthur: Não precisa mais se incomodar, srta. Diaz. — ele disse olhando para ela assim que se levantou — Pode cuidar das suas coisas, não quero mais atrapalhar.

Carla: Não está atrapalhando. — ela disse num tom de voz mais baixo — Eu posso te levar até o trabalho, eu também quero passar por lá para falar com meu pai.

Comentários, POR FAVOR!

MEU ANJO! 😇Onde histórias criam vida. Descubra agora