6. Tirando a máscara.

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Entramos cada um no seu carro. E fomos para minha casa. Lucas me seguiu, parou no portão fazendo sinal pra que eu visse meu celular.
" Quer sua calcinha de volta? "
Comecei a rir.
" Deixa com você "
" Vou te levar até lá dentro, tudo bem?"
Abro a janela e digo que tudo bem!
Havia visita na nossa casa, vou esperar ele chegar pra descer.
Lucas era tão de casa que já tinha descido. Estava dando boa noite enquanto disfarço dos meus trajes impróprios e vou para o banho. Adoraria que ele viesse comigo. Mas era impossível dado momento.
Quando voltei, vi Lucas, meu pai e mãe sentados na varanda conversando. A visita já tinha ido embora. Estava de pijama, mas este não era transparente.
_ Ué não vai lá em casa? Já tinha até conversado com seus pais._ Diz um Lucas pensativo.
_É? Sėrio?_Olho pra minha mãe.
_ Quem deve saber é você! É de maior e com juízo.
_Então eu vou. _ Respondi sorrindo._ Eu posso ir assim? Você me traz amanhã cedo?
_ Você finge que eu não trabalho aqui também né.? _ Lucas
_ Mas não é sempre que você vem. Você trabalha na estrada._ Digo.
_Porque você não leva uma roupa mocinha? E vem vestida. _ Diz minha mãe.
_ Gente o papo tá bom, mas eu vou tomar banho._ Diz meu pai.
_Vamos Lucas, meu pai acabou de tocar a gente. _ Digo rindo.
Lucas abre a porta do carro, pega um casaco e coloca sobre mim. Minha mãe volta com roupas. Quais Lucas segura. Lucas corre abrir a porta do carona pra mim.Me sento, ele a fecha.
Seguimos em direção a casa dele. Conversamos sobre tudo, desde ração de cachorro até previsão do tempo no caminho.
_ Se fim de semana for de sol, você quer ir a praia comigo e com a galera? _ Ele pergunta.
Ele está me incluindo nos planos dele? Isso fez meu estômago revirar. Fiquei um pouco sem reação.
_ E aí vamos? _ Pergunta novamente.
_ Se você quiser minha companhia é claro que vou._Respondo.
Lucas encontra minhas mãos. As leva a seus lábios e as beija.
_ Que bom. Bem, chegamos! _ Diz em frente a sua casa depois de um tempo quietinhos._ É bem provável que todos estejam dormindo. Mas avisei que você vinha comigo.
Ao descermos do carro estacionado na garagem, sua cachorra Mel, aparece balançando o bumbum com o rabo, e dando espirrinhos de felicidade arreganhando os dentes para o dono.
_ Ei menina! _ Diz passando a mão na barriga de Mel que agora estava de pernas pro ar, se debatendo com o carinho.
_ São de uma raça adorável, não é mesmo?_ Digo.
_ São sim. Vem.._ Convida Lucas.

Passei por um hall com ele, que levava a uma escada mais ao canto. Subimos.
Seu quarto era imenso se comparado ao meu. Uma cama macia ao centro, com uma tv gigante na frente. A porta do banheiro fica a esquerda, e ao lado havia um closet.
Meu estômago continuava embrulhado com a proposta dele, e eu estava me sentindo estranha de estar na casa dele, com ele.
_ Eu preciso de um banho. _ Ele diz. _ Como você já tomou, vou te poupar deste trabalho._ Sorri com aquele olhar malicioso.
E ele sai arrancando as roupas indo pro banheiro. Como eu não perderia a visão por nada, fui atrás. E foi aí que eu a vi. Uma imensa banheira de porcelana, igual a de filmes antigos. Maravilhosa.
_ Este costumava ser o quarto de minha irmã antes dela casar. É meio cafona, mas é deliciosa, quando se quer relaxar._Diz.
Me aproximo da banheira, me distraindo da visão de Lucas pelado nas minhas costas.
_ Poderíamos relaxar? _ Pergunto.
Vi um sorriso de canto, bem aquele sorriso que me deixava excitada vindo na minha direção.
_ Imaginei que diria isso!_ Diz o gostoso.
_ Então.. será que.._ Continuo.
Lucas me cala com um beijo, passando suas mãos por trás de mim, alcançando o registro que fez imediatamente a banheira começar lotar de água quente.
_ Óbvio que sim meu amor_ Diz ele.
Meu estômago embrulhou de novo com ele falando comigo daquele jeito.
Enquanto estava com ele, desde sábado pela manhã não houve uma única vez em que eu não pensasse em trepar com ele. Tudo era motivo pra eu me grudar naquele pau e não soltar mais. Que louco! Eu parecia ser outra pessoa, nunca fui uma maníaca sexual, pelo contrário. Mas ele proporcionava em mim algo que eu nunca tinha experimentado. E era muito bom me sentir assim.
_ Espere. Você faria uma coisa se eu te pedisse? _Pergunta.
_ Bom, tudo vai depender do que é.
Lucas correu pro closet e voltou com uma camiseta branca nas mãos.
_ Gostaria que entrasse nua na banheira vestindo esta camiseta.?
Topei. Peguei a camiseta na mão e voltei para o quarto colocá_la. Prendi para o alto meus longos cabelos.
Quando retornei a banheira estava cheia. Lucas aguardava sentado dentro dela. Entrei no lado oposto e fiz menção de me sentar.
_ Só não molhe na parte dos peitos, por favor! _ E me puxou de frente pro seu colo.
Senti seu pau gostoso e quentinho bem pertinho de mim.
_ Sabe por que te pedi pra colocar essa camiseta e vir aqui? _ Fiquei quieta e ele continuou. _ Vou te contar o que eu tive vontade de fazer ontem com meu copo de água. Por isso fiquei aquele tempo parado na sua frente. _Lembrei dele parado na minha frente no sábado quando enfim eu percebi que ele existia. Lucas pegou um pouco de água quentinha com as mãos e colocou sobre a camiseta onde ficavam meus peitos. Imediatamente a camiseta deixou transparecer todo meu seio.
_ Que delícia!_ Diz. _ Você é muito gostosa, eu nem acredito na minha sorte!
E me puxa pra uma metida gostosa na água. Com beijos deliciosos, eu me perdia naquela sensação. Como alguém pode adivinhar o que você quer sem você precisar dizer? Ele fazia tudo parecer melhor, mais que perfeito. E depois do prazer, os beijos quentes foram se esvaindo, transformando se apenas em carinhos gostosos. Já era hora de sair da água, estava ficando gelada.
Lucas sai primeiro, me alcança uma toalha. Só aí me dei conta do frio que estava fazendo. Me grudei na toalha e fui em busca do meu pijama.
Lucas entrou no closet e saiu vestindo uma cueca branca, como as que já o vi usando e uma regata cinza. Puxou o edredom pra mim, e me cobriu. Ligou a tv, e também se cobriu. Notei na parede a quantidade de livros que ele tinha.
_Nossa quantos livros!!_ Digo.
_Nem me fale, tá vendo estes três ali em cima ? _ Apontou para bancada da TV, fiz que sim com a cabeça._Tenho que terminar até terça feira. E não fiz nada ainda, culpa sua morena.
_Você tá fazendo faculdade?_ Pergunto.
_ Sim. Estou no penúltimo semestre de economia.
_ Nossa. Eu tive de trancar a minha, estou praticamente a três meses parada.
_É eu sei. Sua irmã me contou que aquele palhaço estava te ameaçando._Diz._ Mas porquê não volta semestre que vem, eu também estudo na Carpeli, e você pode ir todo dia comigo. Aí não passa mais medo.
Fiquei calada. A idéia de vê lo todos os dias me deixava com aquela sensação no estômago.
_ Será que íamos mesmo estudar? _Digo ainda sentada na cama.
_ Claro que íamos, não foi você quem disse que somos adultos e não dois adolescentes? _ Me pergunta.
_Já não sei mais._ deixo escapar. _Você me faz esquecer quem eu sou.
Ele começa rir. E faz cara de espanto.
_ Você deve estar com fome né? _ Me pergunta.
_Se eu dizer pra você que estou comendo mal desde ontem cedo, você acredita? Eu não sinto fome.
_ Eu também estou assim. Acho que é o nervoso por estar com você. Aceita um chocolate então? _ Pergunta pegando um pacote dentro da gaveta. Não pude deixar de notar a grande quantia de camisinhas lá. Disfarcei. Será que ele trazia mulheres ali? Ele me entregou o chocolate. Abri e comi um tablete. Entreguei pra ele. E vi que ele ficou serio me olhando.
_ Sabe, mesmo você não lembrando direito de mim. Eu conheço você como a palma da minha mão. E sei certinho quando alguma coisa te incomoda. E pode ter certeza que sei o que é.
Fico vermelha.
_ Você está enganado. Não tem nada de errado._ Me aninho nas cobertas.
_Você ficou preocupada porque viu isso? _ E puxa a gaveta pra cima da cama. Começou a rir, vendo que eu me enfiei ainda mais nas cobertas e como não respondi, deduziu que sim. _ Olha, você é a única mulher que veio na minha casa, a única mulher que vai dormir aqui comigo. Não tem porque você se preocupar, eu não te magoaria jamais na vida. E o que eu fazia com as outras mulheres, é passado.
Fiquei quietinha. Pensando no que ele dizia ponto a gaveta no chão. Me virei pro seu lado, coberta e quentinha, e pisquei devagar ouvindo o que ele acabou de dizer.
Como ele sabia o que fazer sempre na hora certa, me aconchegou perto dele, até que o sono estava me pegando.
_ Boa noite meu amor_ diz baixinho me selando um beijo na testa.
_ Boa noite. _ Me aninho mais em seus braços e caio no sono.

INCANDESCENTE®Onde histórias criam vida. Descubra agora