35. Serotonina.

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( Este capítulo contém cenas de conteúdo  sexual forte)

Conhecer a noite de Bangkok era demais. Estava super curiosa pra saber onde o badboy mais gostoso do mundo iria me levar, e ficava espantada com cada coisa.
Entramos numa rua lotada de prostitutas, a walking street. Ficava na cidade vizinha Pattaya.
Haviam barracas com comidas, bares e muitas luzes piscando placas totalmente diferentes e incomuns.
Isso sim era novidade para mim. Show de streappers que atiravam bolas de ping pong com a boceta, e por aí vai.
Peguei um papel na rua que uma das trans me entregou e fui repreendida por Lucas, a devolvê lo. Só depois quando estávamos em casa que ele me explicou o porque disso tudo. Que lá as coisas eram diferentes e normalmente quando a propaganda era demais, pagavasse para entrar, e para sair. Se você não tinha dinheiro para sair dos lugares com quantias exorbitantes que beiravam a loucura, poderia até ser morto. E ele sabia quais desses locais eram assim.
Mas o mais interessante disso tudo foi eu saber que o ex patrão dele, dono de uma multinacional, era também dono de prostíbulos em Pattaya, um tanto incomuns. Principalmente o que ele me levou. Era uma espécie de bar de streappers, mais acima de nossas cabeças as pessoas estavam trepando e trocando de casais. Era decididamente um club de swing. Já me veio um monte de besteira na cabeça achando que ele queria que eu fosse com ele para aquelas cabines de vidro. O ciúme me consumia, achando que ele tinha ficado com alguém ali. Mas ele me disse que não várias vezes.
E me surpreendeu ainda mais quando me levou para um esconderijo nos fundos que tinham 3 quartos. Eram salas de sadomasoquismo. Entrei no quarto 1, perguntei pra ele em qual ele gostaria de me comer, e quando ele me disse que era no 3, nem quis olhar o 2. O 3 era o que tinha de pior, ou melhor; Não sei dizer.
Não sei explicar porque eu gostava daquilo. Não consigo definir o que acontecia com meu corpo quando me aproximava daquelas coisas malucas. Fiquei imaginando se era por isso que nunca consegui atingir um mísero orgasmo quando estava com Yan. Lucas nunca soube disso. Mas acho que não deveria ser algo relacionado ao masoquismo. Pois eu relaxava demais com Lucas, e ele poderia me comer com a mão que eu gozaria. Era o jeito com que ele me pegava, era a vontade, o calor do corpo. Tudo era diferente demais. A primeira vez que vi ele, senti vontade de tocar naquele corpo e chupar ele todinho. E eu nunca senti vontade de fazer isso, pois não era um prazer desferido em mim, era no outro. Você sentir prazer em dar prazer, realmente é algo que somente uma minoria de pessoas consegue fazer. E assim, aos pouquinhos fomos descobrindo as melhores coisas da rendição ao sexo.
E o masoquismo como a maioria desconhece, não é dor. É prazer. Existem o extremos, sim. Mas provar disso, descobrir e explorar juntos, era o que de melhor eu encontrava nele. Rimos, e aproveitamos muitas coisas daquele quarto endiabrado.
Ele se demorou em cada um dos brinquedos, poupando o prazer pro final. Com medo de não conseguir testar tudo. Eu ficava mais e mais louca e atingir o auge do prazer era cada minuto mais fácil. Gostaria de um lugar daquele pra nós. Principalmente aquele balanço erótico, que acho que foi o que ele mais gostou também, sentia até os músculos da coxa dele tremer se segurando pra não gozar. E sabe o que era melhor nele? Ele pensava em mim, por isso não me preocupava, ele se segurava ao último, não era uma foda casual, em que um trepa no outro, fazem movimentos de vai e vem e pronto acabou.
Ele começava, ia pro paraíso e voltava pro início denovo. Era quase como uma estrada a se percorrer. A estrada do prazer. O jeito calmo de me tocar, e o jeito dominador que aflorava apenas quando eu dava o sinal.
Ele nunca fazia algo que eu não queria, e eu não precisava dizer o que eu queria pra ele. Ele entendia, ele sabia, não sei como, mas sabia.
Eu sai dali, querendo voltar. E comecei me preocupar com um fato. O de eu não ter tomado mais nenhum método contraceptivo.
Lucas não estava nenhum pouco preocupado. Mas eu estava, não queria um bebê agora. Minha irmã já estava grávida, e ia depender muito da gente, então isso era uma coisa que não passava na minha cabeça. Mas na dele sim. Os seus olhos se estreitaram, quando confessei que havia esquecido de me cuidar. E ele não tava nem aí, nenhum pouco preocupado. Corri pra farmácia do shopping, e engoli de uma vez um contraceptivo de emergência.
Voltamos pro nosso hotel para passar a noite. E na manhã seguinte iríamos para mais uma reunião verificar a qualidade da mercadoria para fecharmos o contrato.

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