Senti meu braço formigar. Abri meus olhos, vi sangue por toda cama, Ayla estava nua, sem vida ao meu lado. Gritei, implorei para que ela acordasse. A sentia gelada, caindo molemente sobre a cama.
Senti mãos me segurando para não cair no abismo, em que ela estava caindo.
_Lucas!!! _Ouvia sua voz, eu precisava ir buscá la!.
Lucas!!! _ Recobrei meus sentidos, e vi Ayla viva, na minha frente.
_ O que foi amor? _ Perguntou me. Senti ela me abraçando. A abracei apertado.
_Foi um pesadelo.
_Você estava implorando pra te levarem no meu lugar. Gritava meu nome. Me assustei e te acordei.
_Desculpa. Vamos voltar a dormir.
A abracei e não consegui mais pegar no sono até de manhã. Fiquei remoendo aquela memória que não existia dela morta. E me perguntando porque meu subconsciente estava a vendo assim?
Quando o sol estava entrando pela janela do meu quarto fazendo aquecer as cobertas me levantei. Fui até a cozinha, fritei ovos, fiz um café. Escutei passos leves na escada, Ayla havia se levantado também.
_Preciso de um banho. Ainda é cedo não é? _ Pergunta.
_É sim! _ Respondo. _Você precisa ir na sua casa colocar outra roupa. Levantei cedo pra gente não se atrasar._Informo.Notei que ela estava encarando uma parede da minha casa em especial. Que não tinha notado antes.
_Quê ISSO? O que são todas essas armas?
_A coleção de meu pai. _Larguei tudo que estava fazendo e a levei mais perto.
_Aqui tá vendo? _ Apontei com a mão. _ Temos pistolas, de vários milímetros, gosto da ponto 40. Tem um considerável poder de fogo. A sequência de disparos dela também é a melhor.
_Ahh meu Deus, é um Fuzil?
Ri da cara de espanto dela. E fico surpreso por conhecer armas.
_ Sim é um fuzil.
_Lucas este não é qualquer fuzil. É um AK 47!
_Ayla, como você sabe disso?
_Fiz um curso de defesa pessoal e participei do clube de tiro. Meu pai meio que me obrigou, Helena também fez. Mas só eu aprendi a atirar.
_Tá de brincadeira? _ Pergunto, me surpreendendo ainda mais com ela._Você sabe atirar com todas?
_Sim. _Responde. _ Menos Riffle, e a besta._ Aponta.
_Balestra. _ corrijo.
_Dá no mesmo!
_Estou surpreso com você. Com esse olharzinho doce, quem diria, pode ser mortal.
_ Porquê seu pai gosta de armas?
_Meu pai serviu o exército a décadas. Daí o exagero. _Aponto as metralhadoras e semi metralhadoras expostas através do vidro blindado.
_Podemos comer? Estou com uma fome. _ Ela diz.
_Claro. _ concordo. _ Também estou.
Ayla se sentou de calcinha e camiseta na Banqueta da cozinha, fez um pãozinho com ovos e começou comer, conversando comigo sobre a grande demanda de mercadoria que iria chegar hoje. Eu mal conseguia prestar atenção, pois ela pegava um pedacinho de pão, comia e levava os dedos a boca chupando os, para limpá los.
_Ayla pare de fazer isso por favor. _ Puxo seus dedos da boca.
_Que foi?
_ Olha aqui o que foi? _Levanto minha camiseta, a cabeça do meu pau estava até pra fora da cueca.
Ela ri.
_ Você não sabe nem comer direito! Aprenda que isso deixa qualquer um louco.
_Desculpa. _ Ela diz dando a volta na mesa. _ Não é minha intenção.
Começo a rir.
_ Você nunca tem intenção de mexer comigo como mexe. _ A coloco sentada em cima do balcão. Ayla tira a blusa. Que mulher de outro mundo!!!! Tiro minha camiseta também.
_Você é lindo demais! _Passa as pernas por trás da minhas costas e com uma força que eu desconhecia que ela tinha, me leva pra ela. E me beija com a ferocidade de um animal percorrendo uma caça. Derrubei algumas coisas na cozinha, nem percebi, não via mais nada. A paixão que eu sentia por ela me deixava bobo. Suas mãos percorriam meu corpo, e ela também me deu aquele beijo,compulsando a língua quente por todo meu pescoço. Com uma mão pegou a xícara com café passando o creme nos dedos e levando a sua boca, limpando o excesso com a língua.
Mexi a cabeça reprovando. E ao mesmo tempo adorando, fazendo um sorriso aparecer na sua boca.. Ela levou o restante aos meus lábios, e se aproximando mais, com sua língua retirou o excesso agora de mim. Aquilo era delirante.
_Você não sabe o que sou capaz de fazer com você! _Digo, puxando seus cabelos. Ouvindo um gemido de excitação.
Ouço um carro chegar!
_Droga! Meus pais._ Digo. _ Vem.
Juntei uma xícara quebrada no chão. As camisetas e corri com ela pra cima.
Voltei vestindo calças ainda sem camisa, e comecei a limpar a bagunça antes de minha mãe entrar em casa. Com uma tolha sequei o café pelo chão. Me ajeitei parecendo o cara mais natural no mundo com outra xícara.
Minha mãe entra antes do meu pai.
_Oi filho. _ Diz me abraçando. _Você está quente. Está com febre?
_Querida. _ Diz meu pai. _Acho que o motivo da febre desse rapaz esta ali. _ Aponta, me fazendo cuspir café, rindo.
Ayla descia as escadas.
_Oi minha querida! _Diz minha mãe.
_Finalmente você está fazendo este moço feliz, depois de tanto tempo!!!
Ela deu um sorrisinho tímido, até demais para quem antes estava como estava.
_Temos de ir._ Digo.
_ Claro. _ Diz ela.
Subimos. Tomei um banho, rapidão. Coloquei a roupa de bundão novamente. Quando sai, vi ela me olhando com desejo.
_ Não sabia que se vestia assim. Você fica bem...bem demais.
_ Meu antigo trabalho... eu só podia ir de terno.
Ela se levanta de olho na minha gravata, abre a boca deliciosa como quem ia falar algo e se cala.
_Vamos? _ Digo dando um tapinha no bumbum.
_Vamos.
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INCANDESCENTE®
RomanceEm memória de Juliana Fronza - Professora de língua portuguesa. ●1°lugar no ranking por 80 dias consecutivos! ✓Eleita melhor história de sentimento dentre 24.7 mil histórias ✓Prêmio cexpo2021 categoria Melhor Roteiro ✓ Prêmio cinemateca SP _ Melhor...