12. Do abismo ao perigo.

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Dormi no sofá, e acordei na cama. Como criança, quando esquece de ir pro quarto. Mas meu anjo da guarda me levou. Ele ainda dormia profundamente do meu lado. Fiquei lembrando de cada acontecido, e tentando me livrar da lembrança do acidente do meus pais.
Levantei pé por pé para não acordá lo. Preparei um café rápido e levei para o quarto. Me abaixei na lateral da cama e passei a mão suavemente pelo seu rosto, aqueles olhos claros se abriram pra mim.
_Oi meu amor. _ Diz ele me puxando pelos pulsos, fazendo sentar na cama em cima dele. _ Bom dia!!!!_ E me tasca um beijão.
Que calor. Mas pelas minhas contas já estávamos quase em cima da hora, então precisava me ater, já que possívelmente hoje e até a recuperação de meu pai, irei cuidar da empresa sozinha.
Mas não deixei de me apertar sobre aquele lençol e a ereção matinal.
_Lucas, temos de ir. Trouxe café pra nós. _ Digo.
_ Recebi mensagem de sua mãe na madrugada, me perguntando se eu podia ajudar com as projeções e as planilhas de rotas hoje. Vou ficar com você o dia todo.
_Que bom! Temos muito trabalho a fazer. Estou pensando em começar com...
Outro beijo.
_Lucas!!! Pára... vem vamos. _Mas ele me segura com mais força. Quase machucando meus pulsos. E me olha, muito sério, desce a mão pelas minhas costas, nisso saio de cima dele. E pulo da cama. _Vamos!!
Lucas se levanta com olhar sério e se encaminha na minha direção. Me cola contra parede com força , e lambe meu pescoço literalmente, e de baixo pra cima se encosta em mim, e se encaixando entre as minhas pernas. Senti a vontade de subir nele chegando. Meu coração disparou. E quando fiz menção de erguer as pernas e ceder a vontade. Ele saiu. Com a cara mais sem vergonha que eu já vi ele fazer.
_Seu.. _Engulo em seco.
Ele começa rir.
_Vamos. _Diz ele pegando o café . _ Caso contrário vamos nos atrasar. _Se encaminha novamente perto de mim e fala sussurrando no meu ouvido, fazendo aquela voz de veludo me arrepiar, e ele notar o efeito que tinha sob mim._ A não ser que você queira, claro.
_Seu idiota! _ Digo. _ Vamos.
Mas ele não saia e não me deixava sair. Me beijou novamente. Correspondi ao beijo. Finalmente estava solta, mas a vontade era sucumbir na cama até o desejo ser satisfeito.
Coloquei uma roupa, e Lucas se vestiu também.
Ao chegar na empresa, passei as coordenadas para todos, informando o acontecido.
_ Bom Aline, você acha que consegue revisar toda mercadoria e controlar a saída ?
_ Sim. _ Diz ela. _ Qualquer coisa eu chamo você. Só preciso que assine umas entradas aqui, dois caminhões lotados de matéria prima, para encaminhar ao setor farmacêutico.
_Claro. Providencie, e leve na mesa de meu pai. Estarei lá.
Lucas era super eficiente em projeções e análises, ficou na mesa ao lado da minha, assumindo lugar de minha mãe.
_Droga. Tenho que trocar de roupa! E você também. As 14 horas temos reunião com o acionista de uma indústria química interessado na nova farmacêutica. Vou ligar pra mamãe, pra ver se consigo adiar. Caso contrário teremos de recebê lo.
_Recebê lo?_ Pergunta Lucas. _ Você não precisa de mim, certamente...
_ Preciso! Você tem que apresentar a projeção financeira e os possíveis ganhos para o cara. Temos que fechar este negócio. Temos que fechar, Lucas. E além do mais eu não sei calcular os custos.
_Tá ok. De meio dia então vou até em casa, coloco uma roupa de bundão e volto aqui.
Ligo para minha mãe. E sou informada sobre tudo, e que não há outra chance para fecharmos negócio, a não ser aguardando até setembro na abertura do capital.
_Temos de recebê lo.

Ao meio dia, me informei sobre meu pai e que viria pra casa somente na sexta feira. Então eu iria ter trabalho dobrado. Helena poderia me ajudar, mas não entendia muito, então só atrapalhava.
Coloquei uma roupa mais discreta. Me atentei para o detalhe de usar sutiã. E fui trabalhar.
Sentei na minha mesa, a do almoxarifado e saídas, pra conferir o que Aline tinha feito. E também assinei as cargas que iam chegar para farmacêutica. Vi um carro estranho chegar. E descer dele um homem de aparência jovem, um pouco mais velho que eu. Bonito, mas nada comparado ao meu Lucas.
_ Prazer sou Daniel Torres! Venho em nome da SSA Corporation. Tenho uma reunião daqui a pouco com..
_Comigo mesmo!_ Me levanto e o cumprimento, notei que seu olhar se manteve em mim, de cima a baixo. _ Ayla Allen. Muito prazer.. Aline vai levar você até a sala de espera, tem um café lhe esperando lá.
_ Obrigada._ Diz ele, fazendo sinal para Aline ir a frente dele.
Notei Lucas chegando com seu carro.
A visão dele descendo do mesmo, foi idêntica ao dia em que eu o vi pela primeira vez. Mas, mil vezes mais gostoso. Lucas ficava tremendamente gato de social, não estava de terno, mas a camisa social ficava colada nos músculos. Com toda certeza do mundo eu deveria estar de boca aberta. E estava, pois ele sorriu pra mim. E subiu as escadas. Vi algumas meninas da produção olhando pra ele. Aline entra novamente e olhando pra mim diz:
_ Olha, com todo respeito. Ele não deveria se vestir assim não! _ Comecei a rir. E ela também.
Subi para sala de reuniões e Lucas já estava no maior papo com o tal do Daniel. Quando entrei na porta carregando as pilhas de planilhas, os portfólios de projetos e mais um monte de coisa, algo engatou no meu botão da blusa,fazendo a renda do meu sutiã ficar a mostra. Daniel se envergou na cadeira, me olhando de novo de cima a baixo, Lucas correu se postar na minha frente, pegando as coisas da minha mão me dando tempo de abotoar a blusa novamente. Corei.
Bom, tudo a postos começamos, demonstrando as projeções financeiras e os balancetes. Queríamos fisgar nosso investidor no seu ponto mais fraco. Não entendia como Lucas conseguia ser bom em exatamente tudo que ele fazia, menos é claro no meu ponto forte: logística.
A tarde foi passando, sob pilhas de demonstrações, após um tempo de análise, Lucas se endireita na cadeira parecendo exausto de tanto esforçar a mente para convencer Daniel, abre folga no colarinho branco, mas que merda de hora pra chamar minha atenção pra ele!! Minha boca secou, passei a lingua nos lábios. Lucas não percebeu, mas o outro ao seu lado em questão de segundos começou falar o que não havia falado a tarde toda.
_ Bem, _ Começa._ Vi que os dois prepararam um bom material, e a análise quantitativa é bem interessante, se olharmos por este ângulo. Mas e quanto a natureza degenerativa das caixas...
_ Cartelas_ Interrompe Lucas. _ Os medicamentos serão feitos em linha de produção e não terão caixas.
_ Ahhh perfeito. _Diz Daniel. _ Bom, acredito senhores que infelizmente não poderemos fabricar medicamentos e vendê los em cartelas.
_ Que pena! _ Digo, já olhando triste pra Lucas. Poxa nos esforçamos muito.
_ Mas... se caso tenham interesse em caixas, fechamos com vocês!
_Obviamente que sim! _ Diz Lucas. _ Pensamos na cartela por ser uma embalagem mais econômica.
_ Não nos preocupamos com preço senhor, sim com ergonomia do produto!
_ Então você quer dizer que finalmente chegamos num consenso? Negócio fechado então? _Estendo a mão.
_ Com toda certeza Sta. Allen. _ Aperta minha mão e fica me fitando.
Disfarço, pois o clima ia ficar chato.
_Tudo bem então podemos ir indo. Tenho ainda que visitar meu pai no hospital.
Ele se levanta, estende a mão para Lucas, vai até a porta e diz:
_Amanhã cedo os papéis contratuais estarão disponíveis no e mail de vocês senhores. Passar bem!
_ Obrigado._ diz Lucas.
Daniel sai. Olho pra Lucas ainda sem acreditar que nós dois fechamos um contrato milionário. Entrei na porta ao lado que dava acesso a sala escura de meu pai. Lucas entra em seguida, me seguindo até a mesa. Chegando perto de mim o suficiente pra me dar um calorão.
_ Enfim aprendeu a usar sutiã? _ Me pergunta com autoridade.
_ Sim, minha blusa abriu. Será que o cara notou..
_Óbvio que notou né, ele não descolou os olhos de você. Ainda bem que viu só renda, pior seria dois pares de peito saltando pra fora.
_ Você está com ciúmes? _ Pergunto._Daquilo?
_Ayla, as vezes você não se dá conta de que é sexy ao extremo. Não estou com ciúmes, mas você tem que controlar essa boca, lambendo, instiga qualquer um.
_ Você notou? _ Pergunto.
Ele chega perto de mim e me puxa pra perto dele sem esforço pelo cós da minha calça.
_ Eu odeio quando faz isso em público sabia. Faz os caras imaginarem coisas.
_Culpa é sua de estar vestido assim.. eu que não consigo me concentrar em muita coisa, e você ainda começa me abrir a camisa..
_Estava dando troco. _ Diz ele beijando meu pescoço.
Senti um arrepio gostoso. Um barulho a porta, fez nós dois nos postarmos como gente. Lucas disfarçou na mesa, pois eu via de longe sua ereção. Também aquela roupa... meu deus!!
Era o tal do Daniel.
_ Me desculpe interromper, esqueci minha pasta e a porta de lá estava fechada. A menina me indicou entrar aqui..
_Ah sim! Tudo bem._ Digo indo buscar a pasta dele. _ Aqui está. _Entrego.
_Muito obrigada Ayla! Até mais, em breve nos veremos diariamente! Desculpa a pergunta, mas você é solteira?
_Não. _Responde Lucas no meu lugar.
_Ah me desculpe, não percebi. Perdão. Até breve então.
E sai.
Comecei a rir.
_ Não fui com a cara dele, no começo eu não sabia o porquê, mas agora eu tenho certeza._ Diz ele.
_ Amor.._ Digo.
Lucas passa por mim e vai a janela observar Daniel ao telefone, sair com seu carro de luxo.
_Esse cara não vai sentar do seu lado na mesa nunca, porque eu quebro a cara dele! Sério. Afrontoso! Ele pegou a gente se amassando e me pergunta se você é solteira!!! Palhaço!!
_Amor... vem cá. Quero te mostrar uma coisa_ E abro os botões da minha blusa pra ele.
Demoradamente Lucas me olha. Vi o ciúme dando lugar ao desejo. Vi que ele olhou o pessoal saindo do final do expediente, e se adiantou para porta trancá la.
_Esse palhaço. _Diz. _ Não sabe nem bater na porta!!!
Vou até onde ele está, o abraço pelas costas. Ah que cheiro delicioso que ele tem!!!
Desço minhas mãos para o seu pau durinho e por cima daquela calça aperto com gosto.
_ Ayla... Não. _ Ele diz.
Continuei.
_Se você me provocar, vai ter que aguentar. _ Ele diz ainda de costas.
Desabotoei toda minha blusa. Ele se virou pra mim, olhei ele todinho com aquela roupa, como ele estava lindo, delicioso. Dei um suspiro de vontade.
Ele passou as mãos com delicadeza pela renda se demorando com carinho nos mamilos. E eu sentindo já um fervor nas pernas. Suspirei denovo. Grudei seu pau com mais força, ele meteu as mãos nas minhas calças alcançando minha boceta. E ficou fazendo carinho ali também, chegou mais perto de mim. E novamente fez aquilo com a língua no meu pescoço. Era uma espécie de beijo seilá. Desceu pros meus peitos.. e parou.
Fiquei olhando o.
_ O que foi? _ Pergunto.
_Pensei ter ouvido um barulho. _Diz saindo para janela.
_Não deve ser nada. Vem cá..
_Eu não acredito!!!_Diz Lucas em pura raiva. _Ele tá ali embaixo.Voltou. Vou perguntar qual o problema desse cara!!!
O tal do Daniel havia voltado. Vi aline indo entregar algo pra ele. Um papel.

INCANDESCENTE®Onde histórias criam vida. Descubra agora