43. O casamento

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Lucas.

Ayla havia machucado a perna, por conta do sexo gostoso que fizemos na noite passada.  A ajudei com o curativo, e assim que ela deitou na cama, adormeceu quase instantâneamente. De manhã lá pelas 10 Helena apareceu buzinando na nossa casa, levantei rápido, deixei ela entrar. Vinha com um segurança em sua cola, e a minha noiva gostosa, tinha mania de me deixar possesso de ciúmes, desceu só de camiseta as escadas, vi o tarado não tirar os olhos dela.
As duas conversavam baixinho. E o cara sem a mínima noção, continuava comendo Ayla com os olhos. Resolvi ir com elas atrás do vestido. Passei por Ayla, dei um pegão na sua bunda e a fiz subir pra colocar uma roupa. Notei o palhaço desviando olhar pra ela.
_ Esse teu segurança é um tarado.
_ Você que é muito ciumento._ Diz Helena.
Levantei a sobrancelha pra ela.
_ Helena preciso de uma ajuda sua em uma coisa..
_ No que? _ Ela pergunta.
Então sem demora expliquei o que eu queria e subi atrás de Ayla. Ri dela no closet, imaginando sua cara quando descobrisse o que eu estava tramando.
Na estrada a perna de Ayla voltou a sangrar. Levamos ela até Matheus que voltou a trabalhar acompanhado de um segurança, e enfim eu descobri o que estava fazendo Ayla ter aquela apetite voraz por sexo. Um hormônio, e eu acho que só eu que ainda não sabia.
No shopping a perigosa provou vários vestidos e se interessou pelo mais sedutor que encontrou. Vermelho, só pra variar!
Só de olhar pra ela, já me animei. Imagine no casamento, quando estiver vestida pra matar.
_ Nem pensar Ayla. _ Digo _Ah não ser que.. _ E falo baixinho no ouvido dela, pra que Helena não ouça. _ Que eu possa rasgar ele todinho depois do casamento. _ Jamais iria proibí la de usar algo. Obviamente que tinham roupas que eu não gostava, como aquele vestido branco que quase mostrava sua boceta, mas este era magnífico.
Saímos dali e fomos almoçar na casa dos pais delas. 
Na tv a notícia de uma menina que foi raptada chamou atenção, parece que era a garota que era para ter dividido apartamento com Helena em Londres. Todo mundo começou colocar caramiolas na cabeça, pois parece que Sólon estava por trás.
Conseguimos mais uma semana de aulas online. E jurei que não tocaria nela, enquanto sua perna não estivesse melhor.
Na outra segunda, semana do casório eu e Ayla fomos para aula com 3 seguranças.
As pessoas nos olhavam, desconfiados.
_ Oi casal. _ Diz Rafa. _ Ansiosos?
_ Ansiosos por quê? Não é eles que vão casar!! _ Diz Alan.
Rimos.
Ayla não estava com uma cara muito boa. Ainda mais quando viu aquela garota que Yan havia pago na outra ocasião para tentar me fazer perder a linha. Ela passou mal e teve de ir ao banheiro.
Vi Suzanna se aproximar da nossa mesa.
_ É verdade? _ Diz ela. _ Que você vai ser pai?
_ É sim. _ Respondo olhando pra porta pra ver se Ayla sairia. Estava preocupado com ela e com o fato de me ver falando com Suzanna.
_ Tem plena certeza que é seu? _ Diz ela com sorriso maldoso.
Sacudi a cabeça e não respondi. Me levantei e fui até a porta do banheiro feminino. E fiquei esperando Ayla ali, e também tentando imaginar quem teria contado pra Suzanna.
Ayla sai com cara de choro do banheiro.
_ Vem amor.. _ Digo. _ vamos. _ E saio com ela dali passando por uma Suzanna rindo debochada.

A semana passou rapidinho. E na sexta via Ayla impaciente trocando mensagem com Helena, que estava organizando seu novo apartamento, e se preparando para casar amanhã.
_ Ela me enlouquece. _ Disse Ayla. _ Quer trocar as músicas de novo. Pediu pra você colocar, num pendrive, ela vai te ligar pra pedir.

Quando sábado enfim chegou, todas mulheres se reuniram na casa do meu sogro. Quando digo todas, é todas mesmo.  Helena, Ayla, minha mãe, minha sogra e Heidi.
_ Quer dizer então que vem bebê por aí? _ Diz Heidi.
_ Vem sim. _ Dei um sorriso.
_ Parabéns Lucas, você vai ser um pai ótimo! Você conseguiu o que queria né? _ Pergunta ela. _ Eu fico imaginando tudo que você passou pra estar com ela assim. _ Sorri pra minha irmã. Não sabia o que dizer.
_ Quero saber quando vocês vão casar de verdade. _ Diz meu pai.
_ E precisa? _ Pergunto.
_ Óbvio que sim. _ Diz Heidi. _ Dúvido que ela não queira.
Nunca pensei muito nisso. Quando a pedi em casamento, pensava sim em casar com todo ritual. Mas depois que a gente começou morar junto, vi que isso não tinha tanta importância. Que o que importava de fato era eu estar com ela.  Do lado dela pra todo sempre. Pouco me importava onde estaria, contanto que ela estivesse comigo.
E nunca me perguntei o que ela queria de fato, se morar junto pra ela estaria tudo bem, ou se também tinha planos de se casar numa igreja como Helena.
Fiquei pensando naquilo.
Os pais de Matheus chegaram, o pai era a versão mais velha dele. Senhor Robert foi buscar um uísque envelhecido e abriu para os homens tomarem. Heidi havia ido se arrumar. As mulheres estavam horas lá dentro se arrumando e quanto mais a hora passava mais agoniado Matheus ia ficando.

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