Jantar

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Dante Bernadi

Tinha conhecido os irmãos de Kate, eles pareciam aprontar muito já que estavam juntos no canto como se planejassem o plano perfeito para hoje.

Já Ella estava falando com a minha madrasta e Kate estava com as duas, mas parecia estar mais distraída enquanto as duas conversavam.

-Dante.- o pai dela se aproxima.- O que você fez?

-O que?- fico confuso.

-Kate está quieta.- ele fala baixo.- Ela gosta de falar com Ella, mas está quieta.

-Não fui eu.- me defendo.

-Claro, nunca é.- ele fala sarcástico.

-Sr.Reed, a adega é lá em baixo, gostaria de ver?- meu pai se aproxima.

-Pode me chamar de Chris.- ele sorri.- Claro.

Eles começam a ir para a cozinha e Chris toca o ombro de Ella falando alguma coisa antes de sair do cômodo. Kate os segue com o olhar e depois olha para os irmãos.

-Tudo indo bem.- Pietro chega.

-Claro.- suspiro.

-Vim só pegar um pouco de comida, tenho que fazer guarda.- ele dá tapinhas nas minhas costas.- Continue assim, campione.

Reviro os olhos e percebo Kate olhando para mim, mexo a cabeça e aponto para a varanda. Ela assente e começa a caminhar discretamente até lá.

Bebo o resto do uísque e vou mais atrás dela, o frio da noite parece não ter fim e começo a tirar meu blazer para colocar nos ombros dela.

Kate apoia os braços na sacada e ajeita o blazer, faço a mesma coisa com ela e viro o rosto para observá-la, ela parece mais distraída do que qualquer outra coisa.

-Por agora, por que só não aproveitamos?- pergunto em voz baixa.

-Fala como se as coisas fossem fáceis.- ela passa os dedos pela pedra.

-São fáceis se você quiser que seja.- seguro o queixo de Kate.- Por favor.

-Kate! Podemos brincar?- os irmãos dela aparecem.

-Claro.- ela balança a cabeça e sorri.- Que tal chamarmos as irmãs de Dante, hein?

-Elas estão no jardim.- falo.

-A gente vai chamar elas.- eles correm.

Ficamos sozinhos de novo e Kate olha para mim, ergo meu corpo com um pouco de esperança de que ela esqueça isso e tente apenas aproveitar.

Tudo que eu quero e que ela se aproveite de mim. Adoraria isso, na verdade.

Ela permanece calada, mas se aproxima. Sinto seus dedos acariciar em meu rosto e seguro a mão dela, ela me observa beijar sua mão e então a ponta dos dedos.

A mão de Kate está fria e minha respiração parece fazer ela tremer, sorrio quando ela toca minha nuca e acaricia os cabelos curtos da nuca.

Seus lábios encostam na minha bochecha e ela se afasta indo embora, encosto meu corpo na sacada e passo meus olhos por ela, desço até sua bunda e tento não pensar em muita coisa.

Não sabia o que significava isso, mas queria dizer que eu e ela estávamos bem, não?

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Ela Não É MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora