Vida Nova

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Kate Reed

Abro meus olhos e um vento suave corre pelo quarto onde estou, respiro fundo afastando um travesseiro branco e fofo enquanto me sento.

Meus cabelos deslizam pelos meus ombros ficando para trás, o quarto parece muito branco na primeira vista. Logo uma brisa passa novamente e olho para o lado.

Perto da cama tem uma porta aberta que dá para uma varanda bonita e as cortinas brancas quase transparentes balançam com o vento.

Saio da cama e percebo que ainda estou de camisola, vou até a porta e toco a maçaneta tentando abrir a porta. Mexo na porta várias vezes e nada de abrir.

Olho envolta lentamente e minha visão foca na varanda, rapidamen corro até lá tomando cuidado com o chão gelado da manhã. Assim que saio sinto o sol quente em meus ombros, braços e rosto.

Apoio minhas mãos no parapeito e olho para baixo observando que a casa fica perto de um penhasco.... literalmente só tem mar ali.

-Ah, Deus.- engulo em seco.

-Acho melhor você sair daí.- uma voz masculina me assusta e solto um grito.

Viro de frente para Dante Bernadi e ele me observa com os olhos brilhando, passa os olhos por todo meu corpo e isso me faz sentir como se eu estivesse totalmente exposta para ele.

-O que você fez?- franzo as sobrancelhas.- Meu pai...

-Vai demorar para achar você.- ele dá um passo para mais perto de mim.- Infelizmente tive que tirar o colar de você.

Toco meu pescoço e sinto ele completamente liso, respiro fundo e com raiva enquanto Dante tira uma caixinha retangular do bolso de veludo vermelho.

-Por que?- pergunto.

-Tinha um rastreador, e não posso deixar eles saber que você está aqui...

-Acha que ele não vai saber onde você mora?- levanto as sobrancelhas.

-Ninguém sabe, querida.- outro passo.- Nunca fazemos negócios aqui em casa e nossos homens são extremamente leias.

-Meu pai vai me achar de qualquer jeito.- travo o maxilar.

-Tenho dúvidas.- ele coloca a caixinha no parapeito.- Um presente de desculpas.

-Pelo sequestro ou por tirar o colar de mim?- pergunto com raiva.

-Pelos dois.- ele cruza os braços.- Não precisa abrir agora.

-Não quero isso.- empurro para ele.- Pode ficar.

-Comprei para você, Kate.- ele empurra novamente para mim.

-Vai ser um colar com outro rastreador?- sorrio com raiva.

-Claro que não.- Dante sorri.- Não preciso de rastreadores, sou bom no que faço e não vou perder você de vista.

-Eu vou dar uma chance para que você me deixe ir.- falo lentamente.

-Não.- ele começa a se afastar.- Tem uma roupa na poltrona, compraremos roupas pela tarde.

-Não, não, não....- começo a seguir ele.- Eu não vou...- ele abre a porta.- Dante!

Encaro a porta trancada e percebo que a chave dela estava no bolso dele, respiro fundo e olho envolta mais uma vez. A roupa realmente está em cima da poltrona.

Mordo o lábio e me aproximo, só vou ver o que ele acha que eu vou usar. É um vestido branco de marca e simples, tem alcinhas finas e parece ser feito de um tecido mais grosso.

Ela Não É MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora