Capítulo 4

1.1K 114 16
                                    

GIZELLY

Meu telefone celular despertou às sete horas e quarenta minutos. Levantei indo direto para o banheiro e fiz minha higiene pessoal. Em seguida fui até o quarto do meu filho para acorda-lo. Ele pega na escola às nove. Depois dele ter acordado, o ajudei no banho e preparei seu café da manhã. Enquanto ele se alimentava já pronto, voltei para o meu quarto em busca do meu banho.

No chuveiro eu pensava na noite anterior. Em o quanto eu fiquei ansiosa o dia todo para encontra-la. Rafaella me encantou desde a primeira vez que a vi em seu trabalho, enquanto procurava por Albert Lee. Aqueles olhos verdes, a elegância, o corpo, a voz, o sorriso, tudo. Tudo nela me encantou. Depois daquele dia, nos encontramos novamente na inauguração da GG em Ipanema. E quando a vi pela terceira vez na casa da Manu, foi a confirmação de que eu tinha que ir atrás dela. Todas as vezes que eu olhava pra ela, ela já me olhava e disfarçava o olhar para outro canto.

Flashback on

"Amiga, acho que vou indo."

Estávamos na varanda conversando e rindo de bobagens ditas por mim e por Manuela. Rafaella só sabia rir.

"Poxa amiga, agora que a brincadeira está ficando boa?!"

"Amanhã trabalho logo cedo, além de tudo sou eu quem abro a loja. Esqueceu?"

"Esse seu trabalho te suga. Mas tudo bem, vou te acompanhar até lá em baixo."

"Não amiga, não precisa. Fica aqui com a Gizelly, eu sei o caminho. Depois nos falamos ta?! Tchau e beijinhos. Tchau Gizelly, muito prazer."

"O prazer é todo meu, Rafaela."

Depois que ela saiu, Manu virou sua atenção para mim.

"Eu vi em."

"Viu o quê? Oxe."

"Suas olhadas nela."

"Você não me disse que essa Rafa que você tanta fala, é linda assim."

"E acabou de terminar o relacionamento. Está solteirinha.."

Debruçamos no para-peito na sacada e olhamos para baixo. Lá estava ela, entrando em seu carro e dando partida.

"Como ela é? Gostei dela."

"Uma ótima pessoa, Gi. É gerente da loja onde você a viu."

"Gerente daquela loja enorme? Deve dar um duro danado."

"Sim, as vezes acho que eles vão consumir ela."

"Pera! Como sabe que eu estive lá?"

"Ela comentou."

"Será que ela aceitaria sair comigo?"

"Ela quer te conhecer, óbvio que vai aceitar."

"Mas ela não é hétero?"

"Sim e não. Ela já ficou algumas vezes com meninas quando éramos do ensino médio, em algumas festinhas onde ficávamos bem loucas. Mas depois ela nunca mais se envolveu com uma. Mas era apenas beijos, nada a mais."

"Me passa o telefone dela?"

Flashback off

- Mamãe, o Lee já terminou.- Meu filho chamou minha atenção na porta do banheiro, tirando-me de meus pensamentos.

- Vai escovar os dentes, filho. Mamãe já está indo.- Falei e ele saiu.

Quando voltei para o quarto, minha roupa já estava sobre a cama. Peguei em meu telefone celular e mandei uma mensagem para a mulher que tomava conta de todo meu pensamento aquela manhã. Larguei o celular de volta na cama e me arrumei. Minutos depois de eu estar sentada sobre a escrivaninha terminando minha maquiagem, o aparelho telefônico vibrou. Terminei meu reboco antes de pega-lo já saindo do quarto com minha bolsa pendurada em meu antebraço.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora