Capítulo 73

926 115 7
                                    

4/10 FIM

GIZELLY

Chegamos ao chalé faltando poucos minutos para meia noite. Entramos e subimos para o quarto com calma. Tiramos nossas roupas já que havíamos deixado o aquecedor ligado, a casa estava quentinha no entanto. Apenas de roupas íntimas, me atrevi a descer atrás da garrafa de vinho a qual havíamos comprado mais cedo. Busquei por duas taças as quais também compramos junto com a garrafa e subi novamente. As taças é artesanal, havia nossos nomes gravado nela e o nome da Cidade a qual estamos. Enchi uma delas e entreguei para Rafa, logo enchi a outra e brindamos. Em seguida, tomamos o primeiro gole.

- Nossa! Delicioso.- Ela elogiou o líquido vermelho escuro.

- Gostoso mesmo. Docinho né?!-

- Cê ouviu ele dizendo? Que apesar de ser suave e doce, ele consegue embriagar o mais rápido possível sem que percebemos.-

- Mas é por ele ter esse gosto. As pessoas vão tomando sem sentir o álcool fazendo efeito.- Falei me sentando sobre o divã nos pés da cama. Logo enchi mais um pouco minha taça.

- Desse jeito aí mesmo!- Disse rindo, apontando para minha taça. Ri junto e a puxei por sua mão, até que se sentasse de lado em meu colo.

- Me peguei pensando em tanta coisa hoje...- Comentou pensativa, virando sua taça. Fiz o mesmo, esperando por sua conclusão. - Sabia que ainda tenho o bilhete que você deixou pra mim junto com meu café da manhã?- Franzi o cenho tentando me lembrar.

- Qual deles? Eu sempre deixo bilhetes carinhosos pra você, toda vez que faço seu café da manhã.-

- O primeiro, amor.-

- Quando viajamos pra Angra?- Perguntei me lembrando do que ela dizia e ela assentiu com um sorriso.
- Sério?-

- Sério! Eu guardo tudo que você me dar, meu bem. Eu vi esse bilhete quando estava arrumando as coisas no nosso closet.-

- Eu estava tão nervosa aquele dia.- Falei e ela franziu o cenho. - Era nossa primeira viagem juntas e sozinhas. Estava no início da paixão, os hormônios em festa.- Minha fala a fez rir alto.

- Eu sei que estava em festa. Essa mão boba sua deixou transparecer.-

- E você rir né?! Fiquei tão sem graça aquele dia. Não sabia onde enfiar minha cara no dia seguinte.- Falei e ela riu ainda mais. - É sério.-

- Cê é boba, Gi. E se te tranquiliza, eu queria muito me entregar aquela noite, mas acabei travando.-

- Tranquiliza só um pouquinho...- Falei brincalhona e ela riu. Logo aproximou nossos lábios e os selou. - Quer mais vinho?-

- Não! Chega de beber por hoje né?! Acabamos com aquela garrafa de vinho rosê no jantar.-

- A é, amanhã você vai está passando mal enjoada e vai dizer que foi a mistura do rosê com o tinto.- Falei debochada lembrando de quando ela deu essa mesma desculpa quando descobriu a gravidez. Ela pareceu se lembrar e semicerrou seus olhos para mim.

- Cê acha que vai ser o que? Dedo não engravida, nem língua.- Sua resposta me fez rir alto.

- Que linguajar é esse, patricinha de Goiânia?-

- Não sou patricinha.- Deu de ombros.

- Vamos colocar os dedos e a língua pra trabalhar então?- Perguntei e ganhei um tapa em meu braço em resposta. Ri ainda mais. - Ué...-

- Para de falar assim! Seja mais romântica.-

- Ta bom! Vamos fazer um amorzinho gostoso agora? Consumar nosso casamento?- Minha pergunta a fez rir.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora