4/10 FIM
GIZELLY
Chegamos ao chalé faltando poucos minutos para meia noite. Entramos e subimos para o quarto com calma. Tiramos nossas roupas já que havíamos deixado o aquecedor ligado, a casa estava quentinha no entanto. Apenas de roupas íntimas, me atrevi a descer atrás da garrafa de vinho a qual havíamos comprado mais cedo. Busquei por duas taças as quais também compramos junto com a garrafa e subi novamente. As taças é artesanal, havia nossos nomes gravado nela e o nome da Cidade a qual estamos. Enchi uma delas e entreguei para Rafa, logo enchi a outra e brindamos. Em seguida, tomamos o primeiro gole.
- Nossa! Delicioso.- Ela elogiou o líquido vermelho escuro.
- Gostoso mesmo. Docinho né?!-
- Cê ouviu ele dizendo? Que apesar de ser suave e doce, ele consegue embriagar o mais rápido possível sem que percebemos.-
- Mas é por ele ter esse gosto. As pessoas vão tomando sem sentir o álcool fazendo efeito.- Falei me sentando sobre o divã nos pés da cama. Logo enchi mais um pouco minha taça.
- Desse jeito aí mesmo!- Disse rindo, apontando para minha taça. Ri junto e a puxei por sua mão, até que se sentasse de lado em meu colo.
- Me peguei pensando em tanta coisa hoje...- Comentou pensativa, virando sua taça. Fiz o mesmo, esperando por sua conclusão. - Sabia que ainda tenho o bilhete que você deixou pra mim junto com meu café da manhã?- Franzi o cenho tentando me lembrar.
- Qual deles? Eu sempre deixo bilhetes carinhosos pra você, toda vez que faço seu café da manhã.-
- O primeiro, amor.-
- Quando viajamos pra Angra?- Perguntei me lembrando do que ela dizia e ela assentiu com um sorriso.
- Sério?-- Sério! Eu guardo tudo que você me dar, meu bem. Eu vi esse bilhete quando estava arrumando as coisas no nosso closet.-
- Eu estava tão nervosa aquele dia.- Falei e ela franziu o cenho. - Era nossa primeira viagem juntas e sozinhas. Estava no início da paixão, os hormônios em festa.- Minha fala a fez rir alto.
- Eu sei que estava em festa. Essa mão boba sua deixou transparecer.-
- E você rir né?! Fiquei tão sem graça aquele dia. Não sabia onde enfiar minha cara no dia seguinte.- Falei e ela riu ainda mais. - É sério.-
- Cê é boba, Gi. E se te tranquiliza, eu queria muito me entregar aquela noite, mas acabei travando.-
- Tranquiliza só um pouquinho...- Falei brincalhona e ela riu. Logo aproximou nossos lábios e os selou. - Quer mais vinho?-
- Não! Chega de beber por hoje né?! Acabamos com aquela garrafa de vinho rosê no jantar.-
- A é, amanhã você vai está passando mal enjoada e vai dizer que foi a mistura do rosê com o tinto.- Falei debochada lembrando de quando ela deu essa mesma desculpa quando descobriu a gravidez. Ela pareceu se lembrar e semicerrou seus olhos para mim.
- Cê acha que vai ser o que? Dedo não engravida, nem língua.- Sua resposta me fez rir alto.
- Que linguajar é esse, patricinha de Goiânia?-
- Não sou patricinha.- Deu de ombros.
- Vamos colocar os dedos e a língua pra trabalhar então?- Perguntei e ganhei um tapa em meu braço em resposta. Ri ainda mais. - Ué...-
- Para de falar assim! Seja mais romântica.-
- Ta bom! Vamos fazer um amorzinho gostoso agora? Consumar nosso casamento?- Minha pergunta a fez rir.
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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.
FanfictionÚltima parte e final de Procura-se uma mãe.