Capítulo 43

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RAFAELLA

Acordei no dia seguinte com o choro do bebê no berço. Levantei para socorre-lo, na intenção dele não acordar Lee que dormia ao meu lado na cama. Peguei ele em meu colo e segui para fora do quarto com ele ainda chorando. Eu tentava acalma-lo com sua chupeta mas era em vão. Fui em direção a cozinha e encontrei minha mãe já fazendo o café da manhã e minha cunhada sentada em uma das cadeiras. As duas conversavam.

- Bom dia!- Cumprimentei as duas e elas me responderam um bom dia em uníssono. - Fazer a mamadeira dele, parece que acordou com a corda toda hoje.- Falei indo em direção ao armário atrás de suas coisas.

Noite passada quando cheguei, ele parecia ter se animado ao ver seu irmão chegar comigo. Brincaram bastante antes de dormir e eu não imaginava que ele amanheceria enjoado outra vez essa manhã. Terminei de fazer a mamadeira e sentei com ele, posicionando-o deitado em meu colo. Porém, ele não quis a mamadeira, rejeitou empurrando-a com as mãoszinhas.

- Que foi, mamãe? O que cê quer?- Perguntei e ele continuou chorando. Então resolvi tirar o peito pra fora e mais uma vez ele negou. - Meu filho?-

- Ele deve ter tido um pesadelo, filha.- Minha mãe chamou minha atenção.

- Vai lá pra fora com ele, cunha. Pra ver se ele desperta mais.- Dani me sugeriu.

Levantei e fui com ele para o quintal. Ele se acalmou quando viu os cachorros correndo de um lado para o outro no gramado. Esperei alguns minutinhos para me sentar na poltrona externa e tentar dar-lhe de mamar novamente. Dessa vez ele pegou a mamadeira. Não demorou muito para Lee aparecer de pijama e os cabelos todo bagunçado. Ri com seu jeito sonolento. Ele se aproximou e sentou ao nosso lado. Logo ouvimos um som que Nicolas fez com a boca enquanto mamava, chamando atenção do irmão.

- Bom dia amor! Dormiu bem?- Perguntei ajeitando seus cabelos. Ele afirmou com a cabeça. - Vai lá tomar seu nescauzinho... Pede a vovó pra fazer.-

- Meu irmãozinho tava' chorando, tia Rafa?-

- Ele estava.-

- Por que?-

- Ele quer ir pra casa dele, ele não gostou de passar tantos dias aqui.- Respondi e ele continuou calado observando Nicolas enquanto mexia em seus pezinhos.

Sorri com seu jeito carinhoso. O jeito todinho de Gizelly. Por um momento lembrei dela e o aperto no peito voltou. Eu ainda estou chateada com ela, porém, não deixo de sentir sua falta. Esperava minha chateação passar pra poder conversarmos sem mais uma briga ou discussão. O toque do telefone celular da minha mãe tirou-me de meus devaneios, quando ela veio me entregar na varanda.

- É a Gi, Rafinha.- Resolvi atender.

CHAMADA DE VÍDEO ON

R: Oi Gi.

G: Oi Rafa, tudo bem aí? ─ Ao ouvir a voz de Gizelly, Nicolas voltou a chorar.─ O que houve?

R: Acordou assim hoje.─ Respondi enquanto me levantava com ele em meu colo.

G: Ei, filho? ─ Ela o chamou e ele parou o choro para olhar a tela, logo voltou a chorar deitando a cabeça em meu ombro.─ Ei bebê? Fala pra mamãe o que foi? ─ Ele fez o mesmo processo, parou o choro olhando pra tela e voltou a chorar escondendo o rosto em meu pescoço. Soluçando enquanto cessava o choro. ─ Não sabe o que é?

R: Tô vendo que vou ter que voltar pra casa antes do que eu queria. Pelo visto ele não quer ficar aqui.

G: E o Lee, ta bem aí?

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora