Capítulo 44

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GIZELLY

Quatro dias depois
Sexta-feira...

Desembarquei no aeroporto de Goiás duas horas depois, o relógio apontava para quase meio dia

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Desembarquei no aeroporto de Goiás duas horas depois, o relógio apontava para quase meio dia. Pedi um carro pelo aplicativo e não demorei muito para estar a caminho de onde meu coração palpitava em desejo e saudades. Saudades dos meus filhos e da minha namorada. Essa manhã eu acordei decidida em resolver as coisas, assim como Rafaella que deu abertura para isso. Durante esses dias, desde segunda-feira que ela me mandou mensagem enquanto esteve na praia com os meninos, voltamos a nos falar com a mesma freqüência de antes. No entanto, não tocamos no assunto. Optei por conversar pessoalmente, assim não correríamos risco de má interpretação em nosso diálogo, ou melhor, DR.

Cerca de meia hora, chegamos ao condomínio de chácaras. Ao me reconhecer, um dos porteiros liberou minha entrada. Assim que saí do aeroporto em direção a casa, avisei Rafaella. Ela então me esperava. O carro estacionou no portão de garagem e então o motorista me ajudou com a mala. O portão não demorou para ser aberto e quando adentrei ele puxando a mini mala de rodinhas pela alça, vi Rafa vindo com Nick em seu colo. E ela estava linda, deslumbrante com sua bermuda jeans e uma blusa fresca despojada. Lee logo que me viu, saiu correndo agarrando minhas pernas, tirando-me de meus devaneios. O peguei em meu colo e enchi seu pescoço e bochecha de beijos.

- Ei filhinho! Saudades que a mamãe estava.-

- Meu irmãozinho quer você, mamãe.- Ele disse assim, eu o devolvi para o chão.

Enquanto isso, Rafa já se aproximava, e quando Nicolas bateu os olhos em mim, abriu o berreiro. Chorou, porém, se jogando em meus braços. Peguei ele do colo da Rafa e ele deitou a cabeça em meu ombro.

- A mamãe ta aqui, filho.- Mexi com ele, que logo levantou a cabeça e me olhou. Um sorriso grande cresceu em seus lábios com os olhos aguados. Isso nos fez rir. - É choro de felicidade, filho?-

- Viu, mamãe?- Lee voltou a dizer.
- Ele queria você.-

- To vendo, filho... Ele estava com saudades.- Falei e Nick voltou a deitar a cabeça em meu ombro. Virei minha atenção para Rafa que só sabia sorrir boba. - E você, ta bem?-

- Estou bem.. Agora melhor ainda, vendo ele assim. Ele ta feliz.- Que saudades que eu estava dessa voz, desse cheiro, desse sorriso. - Vem? Vamos entrar.- Ela me chamou, tirando-me de mais um de meus devaneios.

Rafa puxava minha mala enquanto entrávamos na casa e o bebê em meu colo. Ele segue agarrado em meu pescoço. Cumprimentei Renato e sua esposa que estavam na sala e logo vi Tião saindo da cozinha. Conversamos por alguns minutos sobre a viagem e tudo mais, antes de Rafaella me chamar até a cozinha onde sua mãe estava.

- Oi Gigi, saudades minha filha.- Ela disse me abraçando, porém só pude retribuir com um de meus braços, já que o outro segurava Nicolas.
- Como tem sido tudo? Você está bem?- Perguntou carinhosamente.

- Estou bem sim, dona Gê....-

- Que isso, sou sua sogra ainda. Me chame como sempre me chamou.- Ela me interrompeu e eu olhei Rafaella de canto, que fez sinal positivo com o olhar.

- Ok. Estou bem sim, sogra.- Falei sem jeito e ela sorriu. - As coisas vão bem! Só ta faltando vocês aparecerem.-

- Nós vamos voltar com a Rafinha no fim do mês e passar uma semaninha lá. Isso é, se ela não cismar de voltar com você né?!- Ela disse brincalhona e dessa vez quem ficou sem jeito foi a Rafa. - Nós vamos almoçar agora, filha. Cê comeu alguma coisa na rua ou vai sentar com a gente?- Perguntou e antes de eu responder, Dani entrou na cozinha respondendo por mim.

- Por que vocês duas não vão almoçar juntas? Vão dar uma volta.- Ela sugeriu e eu gostei da idéia.

- Ué, se a Rafa topar eu topo.-

- Uai, vamos!-

- Só preciso ajeitar o Lee...- Respondi e mais uma vez fui interrompida pela Dani.

- Ah não, vocês vão e eles ficam.-

- Que isso gente, não quero incomodar deixando meu filho com vocês.-

- Não é incomodo algum, filha. Ele é bonzinho.- Dona Genilda respondeu.

- E também estou devendo uma pra Rafa. Essa semana ela ficou com a Sosô pra gente... Deixa os meninos aí e não se fala mais nisso.-

Olhei pra Rafa e ela encolheu os ombros.

- É pegar ou largar.- Respondeu com ar de risos. Então resolvi aceitar.

Como o bebê já havia almoçado, Rafa achou melhor entrarmos com ele para o quarto e tentar fazer ele dormir. Pois se estiver acordado, não vai nos deixar sair. Passamos longos minutos deitadas com ele na cama já que o mesmo estava elétrico, passando por cima de nós duas, pra lá e pra cá. Lançando seus gritinhos finos animados. Enquanto isso, Rafa e eu conversávamos sobre esses dias em que eles passaram aqui. Me atualizando tudo sobre o pequeno. Me contou também sobre a visita de Flávio há uma semana atrás e tudo que aconteceu aquele dia, o que conversaram e etc...

Contei como foi meus dias lá no Rio e também sobre a festa que Marcela nos levou na boate de sua amiga. Contei sobre ela e a dona da festa, e Rafa ouvia tudo embasbacada. Suas expressões me fazia rir a cada novidade que eu contava. Falei sobre Caon me chamar e se declarar bêbado, o que fez ele rir ainda mais. E por último, contei sobre a Sarah. Contei o que ela fazia e sobre a minha fuga, o que fazia ela rir e ao mesmo tempo fazer caretas de ciúmes bobos. Ela me contou que conhece a tal Sarah me pegando de surpresa, porém, não aprofundamos muito o assunto quando vimos que Nick já havia desmaiado de bruços, deitado sobre meu peito, com seu rostinho em meu pescoço.

- Ele realmente estava com saudades. Dormiu sentindo seu cheiro.- Ela disse apontando para o pequeno.

- E eu também estava morrendo de saudades dele.. Desse cheirinho de bebê dele.- Falei cheirando e beijando todo seu rostinho.

- Vamos tentar colocar ele no berço sem acorda-lo.. Se não, já era.- Rafa falou já levantando da cama. Fiz o mesmo, mas com muito cuidado.

E quando o coloquei deitado de bruços, que é como ele gosta de dormir, ele fez menção de choro, levantando a cabeça com os olhos fechados. Rafa segurou a chupeta em sua boca enquanto eu batia em sua bundinha por cima da fralda, até que ele se acalmou e voltou a dormir.

Segundos depois deixamos o quarto. Rafa avisou sua mãe sobre a mamadeira e eu deixei minhas recomendações com Albert antes de sairmos.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora