Capítulo 15

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GIZELLY

Na manhã seguinte, acordei um tanto estressada. Não gostei nada de saber que Rafaella iria sair com o amigo que dar em cima dela constantemente e que por um acaso já se beijaram em outra ocasião. Eu tentava a todo custo não sentir ciúmes, afinal, ele veio primeiro que eu e a amizade deles é de anos. Tenho que confiar nela, no entanto. Após minha higiene pessoal e meu banho matinal, acordei Lee para a escola. Fiz todo o café da manhã quieta, enquanto Albert falava coisas aleatórias comigo e eu só conseguia responde-lo com palavras automáticas e monossílabicas.

- Filho, já terminou? Mamãe só está te esperando.- Perguntei assim que voltei do quarto já de dentes escovados e minha bolsa no braço.

Ele levantou da mesa e enquanto ia escovar os dentes, guardei os frios as quais comemos no café e sobrou, e lavei a louça. Logo ele apareceu com sua mochila nas costas.

Pegamos o caminho da garagem e encontramos o carro. Em vinte minitos já estávamos na escola onde ele estuda, nos despedimos e ele entrou. Em seguida, peguei a reta da Gelado Gostoso. No caminho, eu tentava entrar em contato com os meninos da obra onde apareceu uma infiltração na fábrica. Consegui falar com Felipe Prior e ele me garantiu que entraria em contato com Igor e os dois estariam em meu escritório logo. Alguns minutos depois cheguei na sorveteria encontrando Pyong na entrada.

- Bom dia, Gigi!-

- Bom dia, Pyong!- O cumprimentei adentrando o local sem ao menos parar para papear como sempre costumávamos fazer.

- Ih! Hoje ela ta com a macaca.- Ouvi Ivy dizer enquanto eu subia a escada. Logo entrei e me sentei em minha mesa.

- Bom dia, Nathalie! Transfira meus compromissos de hoje para amanhã, por favor.-

- Aconteceu alguma coisa, Gi?-

- Vou resolver de uma vez por todas o problema na fábrica que já era pra Vanessa ter resolvido.-

- Eita que o caldo já ta grosso essa hora da manhã.- Vanessa entrou na sala bem na hora. - Bom dia pra você também!- Eu não disse nada, apenas a encarei séria por alguns segundos e voltei a focar em meus papéis. - Já ligou para os meninos?-

- O que você acha Vanessa?- Respondi ainda de olho nos documentos, e antes dela responder, Marcela chegou animada.

- Bom dia!-

- O tempo ta fechado aqui, Ma. Tente mais tarde.- Vanessa brincou.

- O que houve?-

- Os meninos estão vindo pra irmos até a fábrica ver o estrago feito lá. Resolve o faz-me rir deles e acerta depois.- Respondi e Marcela assentiu. Logo levantei e segui em direção a escada. Vanessa veio atrás.

Desci e Pyong já agitava tudo junto das meninas. Fui em direção a porta já que Felipe e Igor ficaram de chegar em minutos. A verdade era que eu já estava com dor de cabeça demais para acumular mais uma. A infiltração estava se estendendo e isso me traria um prejuízo enorme mais a frente.

- Desculpa, Gi. Eu ia ver essa semana ainda...- Vanessa tentou se justificar.

- Ta tudo bem! Eu que estou de mau humor hoje... Eles estão vindo ali, vamos lá resolver isso logo.-

Os meninos chegaram e nos cumprimentaram. Os levei até a fábrica e procuramos pelos danos colaterais causados pela infiltração. Descobrimos que o motivo da infiltração é uma cozinha gourmet que o vizinho construiu ao lado, resultando na danificação da parede da fábrica, contribuindo também com a desvalorização do meu imóvel. Devido à deterioração das argamassas e pinturas, fazendo a tinta da parede criar bolhas e descascar. Resolveria isso antes mesmo do reboco cismar de cair ou até mesmo dar mofo.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora