NARRADOR
Três meses depois
Os meses se passaram, e com eles a correria. Rafaella e Gizelly decidiram colocar os planos feitos, há três meses atrás, em prática. Os preparativos para o casamento estavam em andamento. Optaram por ser uma cerimônia pequena para familiares e amigos mais chegados. O salão a qual foi escolhido para o tal evento, já havia sido alugado e o buffet ia de vento e popa. O casamento aconteceria daqui há algumas semanas. Os convites já haviam sido entregues aos poucos e muitos dos convidados já confirmavam a presença.Nesse meio tempo, Nicolas completou seus mêsversários e estava prestes a andar. Ficava em pé sozinho, porém, dava alguns passos e caía. As duas mães, com muita paciência, incentivava-o a praticar passos pois a intenção era receber as alianças das mãos dos filhos.
Por outro lado, a casa a qual escolheram para comprar juntas e morar após o casamento, não ficava tão longe das atuais casas em que moravam. Ficava no mesmo bairro. É uma casa grande, com quatro quartos, três banheiros, cozinha, sala, copa e um quintal grande. Não se desfizeram de seus casas, e sim, colocaram para aluguel. A mudança já acontecia aos poucos. Rafaella e Gizelly saíam toda semana, e juntas escolhiam os móveis de cada cômodo.
Quanto a fábrica Granulado ー Gelado Gostoso de São Pulo, deu tudo certo. A inauguração junto com a abertura de mais uma loja, foi um estouro. Tudo corria conforme o esperado.
GIZELLY
- Chega né?! Vamos pra casa?-
Estávamos no shopping comemorando o mêsversário de Nick. Rafa e eu os levamos para brincar no playground, comer besteiras e tudo que eles pediam. Já estava tarde e todos cansados quando os chamei para irmos pra casa.
- Ah mamãe! Por que?- Lee protestou.
- Porque a mamãe trabalha amanhã e a tia Rafa também.- Falei enquanto esperávamos Rafaella que havia entrado no carrossel junto com o pequeno.
Estávamos entrando nos últimos meses do ano e o shopping estava todo tematizado com coisas natalinas e a decoração chamou atenção de Nicolas. Achávamos graça dele apontando para tudo e falando coisas que só ele entendia. Dando seus gritinhos animados em cada decoração que se movia próximo de onde estávamos. O carrossel a qual Rafaella havia entrado para ele brincar, é o típico de carrossel dos anos dois mil. É um carrossel de cavalos onde a criança senta do animal de brinquedo e fica dando voltas em círculos. Cada vez que eles passavam em nossa frente, Nicolas esticava um de seus bracinhos e acenava com um tchau desengonçado, fazendo Lee e eu retribui o aceno com um sorriso no rosto. Rafaella revirava os olhos, não vendo a hora do brinquedo parar e ela sair dele. Isso me fazia rir.
- O Lee pode comprar um balão, mamãe?-
Virei para onde ele chamava minha atenção e vi quando uma criança passou por nós com um balão de gás hélio nas mãos.
- Onde tem esses balões, filho?- Perguntei e ele encolheu os ombros.
- Depois a gente procura.-Assim que o tempo do brinquedo terminou, Rafa foi a primeira descer e me entregou Nicolas suspirando alto. Ri de seu jeito e entreguei a bolsa em suas mãos. Logo ela deu as mãos para Lee e fomos em direção a saída. Já tínhamos lanchado e quando estávamos prestes a sair do shopping, Nicolas apontou para o tal carrossel, desde então, estávamos esperando.
- Quase dez minutos parada, vendo tudo girar.- Ela reclamou bufando, e eu ria ainda mais. - Vai rindo! A próxima vez vou colocar você pra ir com ele.-
- Eu fui na roda gigante da galinha pintadinha. Quer mais mico que esse?- Falei numa falsa Indignação e ela riu alto. - Todo mundo me olhando. Eu era a única mãe acompanhando o filho.-
- Ah para! Todo mundo viu que você estava com um bebê, Gizelly.-
- Mesmo assim.. O shopping inteiro olhando pra mim.-
Depois de eu ter pago o estacionamento, achamos os balões a qual Lee pediu, próximo a escada rolante. Comprei dois de desenhos animados, um para cada, e subimos em direção ao estacionamento a procura de nosso carro, que não demorou muito para acharmos. Ao contrário de mais cedo quando chegamos, o ambiente estava quase vazio. Prendemos os meninos nas cadeirinhas e entramos em sequência.
Chegamos em casa em menos de uma hora. Estacionei o carro e seguimos para o elevador. Nicolas já dormia, deitado no ombro de Rafaella e Lee dava indícios de sono também. Entramos em meu apartamento e os levamos direto para os quartos. Minutos depois de eu ter feito companhia até Lee dormir, saí de seu quarto deixando o abajur ligado e fechei a porta. Rondei a casa me certificando de que tudo estava em ordem, portas e vidraças fechadas, e voltei para o corredor, entrando em meu quarto. Rafa já havia tomado seu banho e estava passando seus cremes para se deitar.
Entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Em seguida, vesti meu pijama e deitei de bruços em minha cama, enterrando meu rosto no travesseiro, minha posição favorita. Já estava tudo escuro e Rafa parecia ter dormido. Porém, quando me aconcheguei o seu lado, senti sua mão me alcançar, envolvendo minha cintura, e sua perna em cima das minhas. Sorri com o ato e virei de barriga para cima, retribuindo o abraço. E assim nos entregamos ao sono.
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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.
FanfictionÚltima parte e final de Procura-se uma mãe.